Cada rodada política tem o seu fetiche, o seu plano, a sua solução, a sua fórmula mágica. Este ano há 190 experiências-piloto “pafistas” (programas ou projectos de autonomia e flexibilidade); há 4 anos houve uma quantidade similar de contratos de autonomia. O arraial de propaganda em seu redor foi parecido. São “projectos” radicalmente diferentes? Nem por isso. A diferença é maior ao nível da conversa sobre as coisas, pois os objectivos eram semelhantes, apenas divergindo na tonalidade de alguns meios.
Pelas minhas bandas, fez-se o balanço de quatro anos de autonomia e apenas uma em trinta e duas medidas ficou por implementar (a que mais exigia uma participação activa e regular dos encarregados de educação) e só um dos indicadores de sucesso não foi ultrapassado.
No entanto, parece que a coisa está morta-defunta e não se fala na possibilidade de renovação do contrato, mesmo que com reformulação dos objectivos para novos patamares, porque a obrigação é sermos todos “paf”.
A mim isto não parece autonomia e muito menos flexibilidade. E muito menos estabilidade.