O documento relativo à Estratégia TIC 2020 na Administração Pública é uma coisa com mais de 250 páginas (Estrategia TIC 2020 na AP_2017) que me faz lembrar o “velho” PTE socrático e não são escassos os pontos em comum e alguns dos protagonistas, a começar pela principal promotora do novo simplex.
Em nada me parece que vá reduzir o labirinto burocrático, apenas lhe colocando uma nova camada, brilhante até entrar em colapso por falta de meios para a sua manutenção nos sectores onde consiga funcionar em pleno (excepto no caso do Fisco).
Para a Educação (página 11), a estratégia essencial é a da submissão quase completa a plataformas informáticas centralizadas (e sabemos bem como funcionam sempre às mil maravilhas as que vamos conhecendo…) para maior eficácia financeira, a padronização dos processos e o reforço de todas as tendência da gestão escolar tal como as conhecemos e desgostamos (pelo menos uns quantos, porque há sempre cristãos-novos em conversão acelerada à “eficácia”).
O problema vai muito para além de as “plantaformas” não funcionarem bem, é o facto de as escolas terem de repetir à exaustão os dados em várias (todas não funcionando bem, em especial quando há muita gente a usá-las ao mesmo tempo).
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Exacto.
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Quando as plataformas não estão convenientemente ligadas a redes de velocidades aceitáveis e quando não existe cruzamento de dados das varias base de dados, estamos falados…
Leis é à FARTAZANA, eficácia e qualidade no mundo digital é que nada.
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Duas plataformas (uma para a área de alunos, outra para a área administrativa e financeira, incluindo concursos e mobilidade) em vez da multiplicidade que existe actualmente, parece-me correcto.
Sistemas centralizados, em vez dos programas caros e manhosos comprados pelas escolas a empresas informáticas, que funcionam mal e colocam problemas de confidencialidade dos dados, também julgo adequado.
Claro que tudo isto pressupõe uma condição essencial, que é os novos sistemas serem adequadamente concebidos, planeados e executados. Caso contrário vale mais ficarem quietos.
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Desculpa lá mas não li no papel que vai existir um sistema centralizado para a gestão corrente nas escolas (sumários, avaliações, etc) agora entregue a empresas privadas que têm os dados todos armazenados em servidores não muito bem defendidos.
E gostava de saber o que vai acontecer com a massa imensa de informação já depositada n@ MISI@ e nas outras plataformas já existentes e se vamos de ser nós a fazer o trabalho de sapa (leia-se… introdução novamente de todos os elementos).
Estranho que não tenhas destacado a passagem “gestão das diferentes componentes de negócio do recrutamento e gestão de carreiras…”. 🙂
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Na minha maneira de ver, mais do que as duas plataformas que referi provavelmente já são plataformas a mais. E estou-me a centrar nas necessidades das escolas, obviamente.
Claro que um sistema bem concebido englobaria toda a informação do MISI e de outras bases de dados já existentes e faria a incorporação automática, nessas bases, dos dados que agora têm de ser exportados pelas escolas. E daria resposta às necessidades do quotidiano escolar – matrículas, faltas, sumários, avaliações, etc, substituindo os programas das empresas usados actualmente.
Isto é o que eu defendo, não sei se é exactamente isto que se pretende fazer…
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