A mais óbvia, que é mais fácil criticar, é a dos que negam a ciência enquanto tal com base em argumentos de fé. Os criacionistas que acreditam numa Adão à imagem de Deus e numa Eva saída de uma espécie de clonagem imperfeita da sua costela e num mundo feito à maneira de uma empreitada semanal. É fácil criticá-los e gozá-los, mas eles acreditam no que acreditam por uma espécie de cegueira para com os factos nascida das suas crenças metafísicas.
Para mim, é mais complicado quem nega parte das conquistas da Ciência com base num relativismo pretensamente sofisticado, bem-pensante, em que tudo parece equivalente (menos as fés religiosas, curiosamente) e intermutável. Não são apenas os que acham que as vacinas são uma conspiração global, nem só os que consideram que um unguento da Amazónia tem tanto valor quanto um antibiótico e que é eurocêntrico impor os nossos valores culturais e sanitários. Penso em especial nos que relativizam o núcleo essencial daquilo que, ao nível da Educação, que capacite as crianças e jovens com um conjunto de conhecimentos sobre o que é consensual ter sido alcançado pelo nosso conhecimento científico.
Pode parecer que não mas, infelizmente, mesmo entre nós, esta facção (mesmo quando afirma o contrário) vai ganhando cada vez mais posições.
Há gente medíocre para quem o Saber ocupa mesmo lugar… não sei se por limitações próprias se por preconceito cultural e social (e o pior é aquele que acha que os “pobrezinhos” são naturalmente mais burrinhos…).

Gostar disto:
Gosto Carregando...