Afinal, os RIPA são Ainda mais Imprestáveis do que Eu Pensava

O ano passado não tive acesso a RIPA’s (Relatórios Individuais das Provas de Aferição), por ter o meu agrupamento decidido não fazer provas de aferição em 2015-16. Feitas as de 2016-17, tive agora acesso aos relatórios relativos à minha DT de 5º ano e fiquei pasmo ao perceber que as provas de aferição são mesmo um desperdício de tempo e recursos sem praticamente nenhuma vantagem para os envolvidos, a começar pelos alunos.

Não conhecia o “formato”, pelo que a “descoberta” da coisa em concreto foi mesmo assim espécie de calduço bem aplicado na mona. A “escala” de avaliação/aferição das questões é “descritiva” no que isso pode ter de mais inconsequente. Em boa verdade é de menor legibilidade do que o tradicional certo, certo com tracinho(s), incompleto ou cruz/traço a sinalizar uma resposta errada. As quatro páginas, em média, de “relatório” sobre as duas provas dificilmente esclarece quem não estiver esclarecido e, para grande parte dos encarregados de educação, é quase irrelevante.

IMG_6009

Acredito que pessoas com muito mais saber do que eu estiveram na concepção destas provas, assim como da sua “avaliação qualitativa”, mas a verdade é que o “produto” é muito menos útil do que a velha classificação das provas de aferição pré-Crato, as quais permitiam ainda estabelecer algum tipo de comparação com as ferramentas de avaliação interna.

Claro que eu posso fazer um trabalho de agregação da informação e de “leitura” dos “resultados”, mas esse é o “velho paradigma” e, para isso, bastava-me fazer uma ficha de avaliação das minhas sem o aparato de uma prova nacional que dá origem a este tipo de coisa.

Querem poupar dinheiro e gerir de forma eficaz os recursos? Acabem com esta parvoíce.

Realmente… estamos completamente entregues à bicharada.

RIP

 

A Norte, Tudo Está Bem

O engraçado é que, neste momento, em grande parte das escolas faltam preencher mais horários do que nos últimos anos, apesar do “enorme esforço” para uma colocação “atempada” ou “antecipada” dos professores. Isto quando os “actores” (neste caso, SPN, ANDE e Confap) decidem representar todos, em coro, o mesmo “guião” (no futebol é “cartilha”), estão tudo bem.

Não vale a pena ser “pessimista” diz um dos “actores”. Depende… quero ver se forem accionadas certas “parcerias” para ele se pronunciar sobre um tema que lhe dividirá as lealdades.

Novo ano letivo esperado com otimismo pelos professores e pais

closeau