Então e os R(elatórios de) E(scola das) P(rovas de) A(ferição)?

O Iavé prometeu-os para dia 11, mas deve ter-se-lhes encravado o meile. Ou então decidiram fazer qualquer coisa de jeito e isso demora. Pronto, eles escreveram “a partir de”… pode ser no infinito ou mais além.

Deixo imagem, não se lhe vá dar sumiço.

Olha lá se fossem as escolas a atrasarem-se a exportar os dados ou coisa assim.

REPA

No Pasa Nada!

Já tinha percebido que o que está a dar é ser-se “técnico especialista”.

É que quando foi nomeado para o Ministério da Educação, a 1 de dezembro de 2015, o ministro e seu amigo Tiago Brandão Rodrigues atribuiu-lhe as funções de adjunto. Ora, segundo a lei 11/2012, que estabelece o regime jurídico a que estão sujeitos os gabinetes dos membros do governo, os adjuntos estão sujeitos ao regime de exclusividade, ficando impedidos de exercer qualquer tipo de atividade fora dos ministérios. Desta forma, não só a atividade de assessoria paralela de Lino Teixeira seria ilegal assim como a sua situação de gerente da empresa violaria a lei.

Mas em abril deste ano, o ministro Tiago Brandão Rodrigues alterou o seu estatuto no ministério passando Lino_Teixeira de adjunto para técnico especialista, autorizando que trabalhasse na tutela em regime de part-time, sendo remunerado com 80% do vencimento de um adjunto, o que representa 1.400 euros líquidos. Além disso, o ministro autorizou o seu assessor “a exercer outras funções”. Com a alteração de estatuto, o assessor do governo já não fere a lei. “Os técnicos especialistas prestam apoio na sua área de especialidade e não estão sujeitos ao regime de exclusividade, devendo no entanto o exercício de outras funções ser expressamente autorizado no respectivo despacho de designação”, lê-se no número 2 do artigo 6º. 

Isto faz-me lembrar aquela chefe de gabinete do secretário que era o que era até dizerem que não era.

nopasanada

Isto É que É Preparar o Futuro

Deixo apenas a notícias e as pessoas atentas certamente que se aperceberão da hábil teia em desenvolvimento.

A Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica – Porto lança uma nova licenciatura este ano letivo – em Educação.
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Organizado em três áreas de estudos – gestão de projetos e recursos educativos, lideranças e gestão socio-escolar e, ainda, ação estratégica e sucesso educativo –, o curso destina-se a jovens que pretendam exercer funções não docentes de coordenação e gestão de projetos educativos, em contextos escolares e não escolares, no âmbito da educação formal e não formal.
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Psicologia da Educação, Organizações Educativas e Administração Educacional, Conceção e Gestão de Programas Educativos e Formativos e Inovação e Mudança em Contexto Educativo são algumas das unidades curriculares que serão abordadas no decurso dos três anos.
A Educação tem muito para dar… há é que saber antecipar… ou preparar a “Educação para o século XXI”, a municipalização, os “projectos”  e depois fornecer a mão-de-obra especializada às autarquias.
lampadinha21

Há Coisas Estúpidas e Coisas Muito Estúpidas

Na primeira categoria podemos incluir, com gentileza, testes diagnóstico no 9º ano. Na segunda, testes diagnóstico no 9º ano em disciplinas onde foram feitas provas de aferição no 8º. Apesar daquilo ter sido uma treta e escassamente prestável, a verdade é que há malta (grupos, departamentos, pedagógicos) que têm escassa moralidade para queixar-se da falta de tempo para leccionar conteúdos ou desenvolver actividades relevantes para as aprendizagens dos alunos.

Clown

Ainda Quanto a Horários

Pelas minhas bandas, os pedidos de horários para as coadjuvações e outras estratégias resultantes dos planos locais de sucesso decorrentes do PNPSE têm sido todos invalidados, uma, outra e outra vez, desde finais de Agosto. Eu sei que eles não prometeram nada no papel… mas depois do primeiro ano, deixam-se agora as coisas a meio? Ou é só depois da “solução política” que há mais horários?

Duvida

Agora Já Aparecem Muitas Soluções para um Problema…

… que dia 25 de Agosto poucos detectaram e, se bem me lembro, nenhuma destas organizações que agora aparecem a reclamar por justiça ou a apresentar “soluções” (caso do SIPE), mas apenas porque tiveram de o fazer ao empurrão. Mais grave… querem dar a entender que o problema são as regras do concurso, quando o pessoal está a reclamar para que elas sejam cumpridas, porque não o foram. A “injustiça” é outra… é “ilegalidade” dos procedimentos de colocação, mas o discurso de alguns sindicatos é diferente… e a “luta” parece-me ser outra. Relembremos que a 25 de Agosto o ME fez saber que tinha procedido à colocação apenas em horários completos após indicação de “injustiças” por parte de organizações sindicais e de professores contratados (só há uma).

 Portanto, cuidado, porque alinhar em mais coisas “extraordinárias” e em “novas regras” que não tenham a ver com a graduação profissional nos concursos internos e externos é arriscar-se a voltar a ser mistificado.

sindicatooo

Facilita Muito

Quando já nos conhecemos quase todos há algum tempo. Para o bem e o mal, mas comigo tem sido basicamente para o bem. A continuidade, mais do que apenas “pedagógica” é uma grande vantagem para o trabalho de professores e alunos. Em quase rodas as disciplinas ou mesmo em todas, só se deve mudar por motivo de força maior. É como com as DT… há mudanças sistemáticas que só servem para perdas de tempo em reaprendizagens de processos, em recomeçar formas de relacionamento e trabalho entre as pessoas. Assim como só cria instabilidade e insegurança, em especial nos alunos. Compreendo mal, muito mal, que os prós da continuidade sejam muitas vezes esquecidos em favor de outras coisas.

BartSimpson