E os deputados silvas, porfírios ou outros de sua graça, podem falar em “interpretações” (uns por manifesta iliteracia, mas outros por manifesta má fé)as vezes que quiserem, mas o que esteve em causa foi mesmo o atropelo das regras. Se tivessem vergonha, deviam cobrir-se alcatrão e penas, mas andarão por aí, como de costume, como se nada tivesse acontecido.
Como de costume, as respostas – lembram-se daquelas inconstitucionalidades dos tempos do engenheiro que, apesar de o serem, por já terem produzido efeitos (injustos) permaneciam até serem corrigidas? – chegam tarde e optam por aceitar que as maldades fiquem feitas.
Entretanto, diz-se que se vigiará o próximo concurso, mas esse já terá regras diferentes, porque, pelo menos e ao que parece no seguimento do que este ano terá acontecido off the record, como se depreende da nota ministerial de 25 de Agosto, ME, Fenprof e ANVPC deverão estar de acordo em mudá-las (já foram feitas diversas declarações públicas a este respeito) e assim dificilmente se poderão corrigir os desmandos deste ano. Aliás, basta ver como alguns sindicatos já andam a retirar apoio judicial aos colegas que pretendem avançar mais com a contestação por esta via.
Não é assim que se corrigem injustiças e isto é um convite a que todos os anos se façam falcatruas e se aposte na “não perturbação” do ano escolar para não as corrigir.
O que acho verdadeiramente incrivel é a total falta de senso dos “dirigentes” e respetiva corte e a regra básica (que sempre se verifica) de que um procedimento ilegal ou injusto por muito pontual que seja hoje, se não for assumido e corrigido, corre o risco de se tornar a regra e atingir aqueles a quem hoje esse provedimento não incomoda. É caso para dizer que quando a hora chegar (e vai chegar) não se queixem nem se espantem. Nessa altura ninguém estará a salvo dos desmandos alheios. Num mar sem regras infestado de tubarões há sempre um tubarão maior.
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Exactamente.
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Consequências políticas do comunicado do Provedor de Justiça?…
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Niente de rien.
A parte da vergonha na cara, política ou outra, desapareceu. incluindo da SEstado que disse que nada se tinha passado.
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