E Agora Coisas (Mais) Sérias

Attention Span: Under Optimal Conditions*
• Between ages 2 and 3 children have an attention span ranging from 3-4 minutes
• When children begin Kindergarten (approximately age 5), attention spans rise to a maximum of 5 to 10 consecutive minutes
• Between ages 6 and 8, the maximum time for focused attention, during instructional time, can stretch to 15-20 minutes when children are engaged in a single learning task.
• From age 9 to 12, the best estimates of an adolescent’s “focused attention” do not exceed 22 to 35 minutes, when they are engaged in learning.

***

Typical attention span: When trying to estimate realistically how much time a child can focus on one activity, you can use the following formula (source unknown):
Attention span for learning = chronological age + 1
For example, an eight-year-old child (8+1=9) would have a nine-minute attention span for a learning activity. This information can be quite useful when the tutor is planning his activities for the tutoring session. By planning a variety of literacy activities based on the child’s age and attention span, the tutor is more likely to maintain the child’s attention and limit inappropriate behavior.

Toma lá com 90 minutos aos 10 anos e não se fala mais em “interesse dos alunos”.

attention-span-of-typically-growing-children

Human Attention Span Shortens To 8 Seconds Due To Digital Technology: 3 Ways To Stay Focused

The Human Attention Span in the Digital Age – What does it mean for the workplace?

Attention Spans In The Age Of Technology

Pois… o problema é que a tecnologia não melhora a capacidade de concentração… pelo contrário, cria mais fontes de distracção.

 

O Argumento “Ad Cratum”

Claro que na falta de coisa mais fundamentada ou sustentável, os spinadores do Méééé sacam do que acham ser o argumento definitivo para calar quem quer que ouse chamar a atenção para a sucessão de trapalhadas na Educação, desde coisas estranhas em exames com suspeitas muito próximas do inner circle ministerial ao não cumprimento das regras dos concursos, passando por invalidações que não deveriam ser, adjuntas com acumulações incompatíveis, fretes curriculares a associações de professores amigas da vida saudável e mais o que em seu tempo se saberá.

E o argumento é: então no tempo do Crato era melhor?

A  minha resposta é: rai’s parta, infelizmente parece-me mais ou menos na mesma no que à minha situação diz respeito e de igual modo quanto a incompetência, má fé ou abuso de poder por bandas da tutela.

E explico: se é verdade que o Crato arranjou as vinculações “extraordinárias” de que discordo, este governo manteve-as em vez de fazer um concurso de vinculação decente e agora diz mal de quem a elas concorreu. Se é verdade que o Crato expandiu a área dos qzp fazendo com que gente seja colocada em zonas que não faziam parte do quadro a que concorreram e no qual ficaram vinculados, este governo manteve esse desenho dos qzp e agora acusa os professores injustamente de não quererem aceitar colocações feitas com desrespeito pelo decreto-lei que ele próprio fez publicar. O Crato manteve a carreira congelada? Este governo também, com a agravante de parte dos actuais governantes o terem sido também no período em que nos enterraram em dívidas, pelo que têm responsabilidade no início da coisa e não se percebe quando pensa terminá-la.

Não há PACC? Nunca haveria se não tivesse sido criada pela ditosa MLR (sim, também sei usar o passado como arma).

Sobre o resto… as verdasquices e flexibilidades, nem vale a pena falarmos.

Estávamos melhor com o Crato? Bem espremido, não estávamos muito pior e isso é que me entristece porque até defendi este tipo de geringonça. Que agora parece pensar que os pecados do passado justificam toda a porcaria que fazem.

Crato

 

Já Agora…

… não esqueçamos que há outro “grupo curto” de professores que foi atropelado pela incompetência ou má-fé do Mééé/DGAE, que são aqueles que viram a sua candidatura invalidada ao concurso de VE mas a sua reclamação deferida como válida e que ainda permanecem no limbo à espera de uma colocação que foi atribuída outrém. Será que a secretária Leitão também acha que nada disso aconteceu e o deputado silva, porfírio em plena desgraça, achará que foi sempre assim, que eles queriam manipular as colocações para ficarem perto de casa e que agora é que é bom e antes é que não?

Alcatrao

Que Mal Compare, Mas a Malta do Mééé Faz-me Lembrar a Minha Gata, Mas em Versão Idiota

A minha gata ronrona muito quando está satisfeita. Porque lhe fizemos vontades, porque antecipa que lhe vamos fazer qualquer coisa boa ou apenas porque está satisfeita consigo mesma. Por exemplo, quando se esconde no roupeiro ou atrás de alguma coisa que a deixe fora do nosso campo de visão, sem rabo de fora, fica excepcionalmente feliz e ronrona altíssimo.

Já a a malta do ME (com a secretária Leitão à cabeça) e os seus enviados para as redes sociais e alguns blogues padecem de um mal parecido, mas em mais idiota que é, na impossibilidade de se manterem calados sobre um assunto desconfortável, tentarem fazer-nos acreditar que quando falam estão mesmo a falar de alguma coisa que tenha a ver com o assunto da conversa actual, ou seja, a mudança das regras do concurso de mobilidade interna. Ronronam altíssimo, mas de modo que dá logo para perceber o que estão a tentar esconder e que é um rabo de todo o tamanho, mais o lombo, a cabeça, as patas…

Jogos de Poder

Primeiro a publicação, depois a crítica e retirada de circulação, seguindo-se o anúncio de publicações em parceria com a CIG. Merecia uma investigação a sério tudo o que levou a que a Porto Editora a voltar a colocar no mercado os cadernos de actividades polémicos. Tenho umas ideias, mas pode ser tudo um suponhamos.

Meninas

(argumentar que os livros foram feitos por mulheres é, em última instância e em termos de absurdo, dizer o mesmo que os campos de concentração eram aceitáveis porque tinham kapos judeus. Por favor, há argumentos moderadamente válidos e muito menos estúpidos…)

Ao Cuidado do Mééé, dos seus Apoiantes e Conselheiros na Sombra, dos Deputados Silva, Porfírios de Sua Graça e Demais Spinadores, Bem Como do Próprio Provedor

Do Código do Procedimento Administrativo, que até é novo:

Artigo 10.º
Princípio da boa-fé
1 – No exercício da atividade administrativa e em todas as suas formas e fases, a Administração Pública e os particulares devem agir e relacionar-se segundo as regras da boa-fé.
2 – No cumprimento do disposto no número anterior, devem ponderar-se os valores fundamentais do Direito relevantes em face das situações consideradas, e, em especial, a confiança suscitada na contraparte pela atuação em causa e o objetivo a alcançar com a atuação empreendida.

(…)

 Artigo 16.º
Princípio da responsabilidade
A Administração Pública responde, nos termos da lei, pelos danos causados no exercício da sua atividade.

(…)

Artigo 174.º
Retificação dos atos administrativos
1 – Os erros de cálculo e os erros materiais na expressão da vontade do órgão administrativo, quando manifestos, podem ser retificados, a todo o tempo, pelos órgãos competentes para a revogação do ato.
2 – A retificação pode ter lugar oficiosamente ou a pedido dos interessados, produz efeitos retroativos e deve ser feita sob a forma e com a publicidade usadas para a prática do ato retificado.

Mas há tanto mais que se poderia aplicar ao que se passou com o concurso de mobilidade interna dos docentes… e ou a governante com a tutela da coisa não percebe nada do assunto que parece ser da sua formação académica ou praticou (ou deixou que praticassem) actos perfeitamente atentatórios das regras mais básicas dos procedimentos administrativos. E não é questão de “interpretação” e muito menos se podem corrigir, um ano depois, em circunstâncias completamente diferentes.

Uma vergonha, para não dizer um nojo. Porque um tipo não se habitua a que isto seja assim, nem nos podemos conformar com aldrabices de Estado. Escrevi e repito: nada tenho a ganhar/perder directamente com o que se passou sem ser como cidadão, por acaso funcionário do Estado, que se envergonha quando os decisores políticos dão cobertura a coisas destas.

Alcatrao

Como Em Outros Tempos, o ME Apostou na Ilegalidade do Facto Consumado

E os deputados silvas, porfírios ou outros de sua graça, podem falar em “interpretações” (uns por manifesta iliteracia, mas outros por manifesta má fé)as vezes que quiserem, mas o que esteve em causa foi mesmo o atropelo das regras. Se tivessem vergonha, deviam cobrir-se alcatrão e penas, mas andarão por aí, como de costume, como se nada tivesse acontecido.

Como de costume, as respostas – lembram-se daquelas inconstitucionalidades dos tempos do engenheiro que, apesar de o serem, por já terem produzido efeitos (injustos) permaneciam até serem corrigidas? – chegam tarde e optam por aceitar que as maldades fiquem feitas.

O Provedor de Justiça considera que o concurso para professores do quadro este ano foi inadequado e injusto para alguns docentes, mas reconhece que a sua repetição prejudicaria o arranque do ano escolar.

Numa nota divulgada no site da Provedoria de Justiça, José de Faria e Costa explica, citando as queixas recebidas, que os docentes alegam que a opção de colocar a concurso – na primeira fase – os horários completos (22 horas de aulas por semana) resultou no “desrespeito pela ordenação concursal assente na graduação”.

Como resultado, houve muitos docentes menos graduados que obtiveram colocação na primeira reserva de recrutamento em escolas que docentes mais graduados haviam escolhido preferencialmente.

Entretanto, diz-se que se vigiará o próximo concurso, mas esse já terá regras diferentes, porque, pelo menos e ao que parece no seguimento do que este ano terá acontecido off the record, como se depreende da nota ministerial de 25 de Agosto, ME, Fenprof e ANVPC deverão estar de acordo em mudá-las (já foram feitas diversas declarações públicas a este respeito) e assim dificilmente se poderão corrigir os desmandos deste ano. Aliás, basta ver como alguns sindicatos já andam a retirar apoio judicial aos colegas que pretendem avançar mais com a contestação por esta via.

Não é assim que se corrigem injustiças e isto é um convite a que todos os anos se façam falcatruas e se aposte na “não perturbação” do ano escolar para não as corrigir.

Justiça

Unanimidade

Quando algumas pessoas falam no “interesse dos alunos” e afirmam que é preciso ouvir a sua opinião na própria construção do currículo, que tal se ouvissem o que pensam no 2º e 3º ciclo das aulas de 90 minutos? No inquérito à minha dt sobre o que menos gostam na escola, é das respostas que, sem sugestão prévia de respostas (porque há inquéritos manhosos que levam a resposta quase definida na pergunta ou na forma como se apresentam as possibilidades), foi unânime.

100

 

Angola

Não percebo a imensa subserviência que o nosso poder político tem em relação ao poder económico, desculpem, ao poder político em Angola (que com a habitual arrogância, nem retribui, apenas compra). Sim, temos lá muita gente, mas isso também é válido para a Venezuela e já foi para outros países com regimes que, enfim, fariam ruborizar quem defendesse a sério os direitos humanos. Ou só a Coreia do Norte é que coiso e tal? A História não pode justificar a falta de vértebras.

shin

Deveres de Sentido Único

Quantos de nós já fomos quase a trote fazer relatórios que nos são pedidos sobre determinad@s alun@s por esta ou aquela razão, pedo-psiquiatra, psicólogo, CPCJ que pediu ou porque a legislação assim o exige por questões de assiduidade ou outras?

O problema é que, pelo menos por experiência directa, raramente temos direito a um retorno com o mesmo nível de eficiência. Sobre as escolas e os professores recaem exigências múltiplas que procuram satisfazer no mais curto espaço de tempo possível, para que possa existir eficácia nas medidas. Mas de volta, quantas vezes a regra é o inverso?

Adianta estar há mais de sete meses à espera de saber no que resultou uma sinalização para a CPCJ de uma situação de risco? Ou há quase um ano para saber no que resultou uma consulta externa de psicologia, quando já é pedido ao dt um novo relatório bem circunstanciado? Mas não terão os professores que passam toda a semana com @s alun@s direito a informação relevante?

As coisas correm apenas de baixo para cima? A tal da “responsabilização” é apenas e sempre para os mesmos do costume?

sinal