Claro quer teremos de colocar o PSD em primeiro lugar, não tanto por terem perdido uma imensa massa de votos e percentagem em relação a 2013 ou mesmo de câmaras, mas pelo facto de se terem tornado uma espécie de partido de província, completamente cilindrado nas zonas urbanas e em especial nas grandes cidades, se exceptuarmos em Cascais com o dinheiro do seu casino. O PSD profundo e conservador, sobrevive, já o PSD das zonas mais dinâmicas é quase pulverizado. Se é por causa da liderança nacional ou das más escolhas locais (do género, se é para perder que se queimem est@s), não interessa muito. A verdade é que o PSD deixou de ser uma alternativa ao PS e mesmo à direita vai ter muitos problemas em controlar um CDS acima do esperado. E o seu pessoal político é, em regra, de uma mediocridade confrangedora, mesmo quando está auto-convencido do contrário.
Mas se formos analisar a questão de peso relativo em relação às posições anteriores, é impossível não constatar que o PCP foi o parente pobre da geringonça nestas eleições, perdendo 9 câmaras para o PS, algumas delas emblemáticas na margem sul: o Barreiro que parecia segura e Almada que nunca tinham perdido. No Alentejo, mais perdas. Mais de 60..000 votos perdidos, acredito que muitos de parte de eleitorado que antes era fiel, mas que percebeu que o PCP tem sido o pilar mais útil mas menos relevante da geringonça nacional, até porque não tem conseguido que se notasse a sua influência decisiva na governação. A maioria das reversões passam ao lado do seu eleitorado, por muito que se diga o contrário, Já o Bloco tem as matérias fracturantes a seu favor. Para mim, é pena que a relação de forças na área metropolitana de Lisboa se altere de forma tão radical, pois esta era uma zona onde o PS não tem conseguido fazer avançar a municipalização da Educação e agora corre-se seriamente esse risco. A menos que o PCP/CDU tenha coragem em assumir por completo o que diz serem as suas convicções.

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