Serve para Quê?

Recebi hoje o diploma relativo à minha participação na Comissão Científica de um recente Congresso de História da Educação. Não me serve absolutamente para nada em termos de carreira e coincidindo com com dias de aulas, só poderia participar de forma mais presente com recurso ao 102 (a 350 km de casa é complicado…), que é um por mês. Restou o prazer pessoal por ser de homenagem a quem foi, Se andasse umas tardes a espiolhar células do excel com bué de cores e fórmulas para parametrizar a avaliação dos alunos (mas a ideia não é ser global e holístico?) tinha créditos prá progressão. Parece que a formação contínua agora é assim, ainda mais do que já foi (sim, também há aquelas formações para gerir conflitos nas aulas que a quem deveria ensinar alguma coisa é como bater num muro… isto quando não é dada por quem já é o dito muro). Isto anda tão requentado que é pior do que roupa velha na passagem de ano.

orelhasburro01

 

Acho que Seria Mais Lógico, Coerente, Quiçá Mesmo Eficaz

Os alunos só iriam às aulas se quisessem aprender qualquer coisa, conhecimento, competência, capacitação, o que fosse. Mas que quisessem mesmo. Não querendo, poderiam ir para as talkings streets and alleys das escolas, mas não gritar, espojar-se no chão ou berrar para os telemóveis nos velhos corredores, muito menos esmurrar paredes, portas, janelas ou outros equipamentos de uso comum.

E os professores deveriam poder trabalhar e avaliar os alunos que querem aprender alguma coisa, garantindo a esses o sucesso, em diversos níveis conforme o desempenho, desde logo pela sua atitude. Quem quisesse aprender de forma activa teria direito a sucesso e a não “chumbar”, “ficar retido” ou “não transitar”.

Mais flexível do que isto não vejo. Em especial, se dispensássemos lições de moral, formação requentada e secretár@s com escasso ou nulo sentido de Estado. Quanto a ministr@s, nada contra @s ausentes.

Nemo

O Romance de Sócrates

Fechou-se apenas mais um capítulo, ainda a menos de meio do enredo. Os acusados são muitos e revelam uma teia de influências bem conhecida que embaraçaria qualquer república decente e deveria fazer alguns não acusados, mas periféricos a este sistema no mundo comunicacional, ganhar algum decoro nas suas intervenções. Não digam que não deram por nada, que era tudo normal. E, muito em especial, não digam que, por razões técnicas, não dá para provar, porque a gravação e tal, o testemunho e coiso. Eu sei que a vitória do isaltino dá força aos que acham que vale tudo, mas continuo a achar que se exige algum pudor a quem colaborou, por acção ou omissão, na tentativa de encobrimento.

Magoo2Magoo2Magoo2

A Docência em Tempos Digitais

Interessante, mesmo se não concordo com a quase redução do papel do professor a “coordenador” em certas fases do processo.

Technology and the New Professionalization of Teaching

(…)

The new professionalization of teaching, in sum, may require renewed investment in teaching, in teachers, and in teacher preparation. Digital technologies are not likely to replace adults as important guides and role models in students’ development. What digital tools could do, if well designed, well chosen, and well deployed, is make teachers more effective in both traditional and new roles, especially in their new role as coordinator.

To accomplish this, we can no longer afford to evaluate teachers on a single metric: the performance of their students on standardized tests. Teachers contribute to the education and development of children in numerous ways, and our educational institutions must devise systems that acknowledge and reward the full range of professional services that teachers perform. In particular, systems for evaluating teacher performance should take into account teachers’ shift from the center of the pedagogical exercise to the coordinator of a range of learning and mentoring resources. This will require that teachers receive consistent support as they learn how to shift from the focus of a student’s academic life to someone who helps students coordinate the digital experiences they need to grow intellectually, socially, and culturally.

tecno