Sou suspeito, gosto pessoalmente de Maria Emília Brederode Santos, apesar do contacto pouco mais do que ocasional e de uma sensível divergência em algumas posições. De tod@s @s bostonian@s é de longe a melhor. Acho que o seu pensamento pedagógico é algo datado, mas, curiosamente, está a par dos actuais governantes da área, a começar pelo SE Costa que apresenta como inovação aquilo que foi escrito e apresentado há décadas por aquela que parece vir a ser a próxima presidente do Conselho Nacional de Educação. Por muitas razões, será um mandato pouco dado a polémicas e à tentativa de intervenção pública no sentido de condicionar activamente as políticas educacionais. O que é bom, por um lado (o de não transformar o CNE num think tank politicamente orientado), mas mau, por outro (porque corre o risco de se tornar pouco relevante ou uma espécie de apêndice da geringonça educativa).
Como cargo de topo de uma carreira dedicada à Educação, mesmo se não muito mediática para a opinião pública, compreende-se. Mas, como referi, corre-se o risco de consolidar um salto atrás no tempo, mesmo à medida das flexibilidades do SE Costa e dos sucessos martelados pelo guru Verdasca.