… que uma centelha do génio de Goscinny se reencontre a cada novo álbum do Astérix, ao longo de quase 40 anos. Se é bem verdade que os tempos catastróficos dos últimos álbuns de Uderzo a solo estão claramente ultrapassados, ainda há muito de pastiche bem comportado em vez de verdaeira reinvenção (nem o Uderzo deixaria). Se A Zaragata, Astérix e os Normandos ou O Domínio dos Deuses são 9,5/10 e O Pesadelo de Astérix ou Astérix e Latraviata são 2/10 (com boa vontade e quase só por causa do desenho), este andará pelos 6,5/10, talvez 7 por causa do gozo com os Lusitanos (o Biscatês e o Àsduasportrês) que têm sempre o carro empanadom chegam em último e levam a taça por serem perseverantes (agora diz-se “resilientes”).
(já agora, uma experiência… se forem a uma fnac, bertrando ou mesmo grande superfície comercial, reparem que ao expositor do novo Astériz praticamente só se chegam tipos acima dos 40 anos…)
Eu fui uma, na casa dos 40 (45, pronto…), que hoje o comprou. Já todos o lemos, inclusivé o adolescente de 15 e meio, que tem a colecção completa herdada do progenitor. Somos todos fãs. Quanto a este, gostei das piadas @s rodovias em perfeitas condições e em constantes manutenção (not!) / subornos / corrupções / chic-espertismo / paus-mandados / e o “fazer pela vidinha” de algumas personagens. E também me recordou os desenhos animados “wacky races”. E as fatias de presunto, ai as fatias de presunto…falta mais participação do chefe da aldeia, bem como o peixe podre a voar!
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