Que no Ensino Básico (já nem falo em escolaridade obrigatória, universal e gratuita) obriguem os alunos a pagar folhas de teste com carimbo da escola/agrupamento para poupar nas fotocópias das fichas de avaliação.
E depois falam em Educação para o Século XXI, toda digital e planos tecnológicos que custam milhões?
E vergonha na cara? Não há dinheiro sequer para as folhas em que obrigam os alunos a fazer os testes? Então o melhor mesmo é passarmos para o modelo em que não existem.
(e não venham com acusações aos zecos, porque isto são instruções para as poupadinhices como aquelas de pedir papel higiénico aos encarregados de educação e tal…)
Muita, muita pressa em querer apresentar um documento para fingir que se resolvem os problemas do concurso de Mobilidade Interna deste ano. Já há “ante-projecto” em alegre comunhão com as coisas do ensino artístico especializado. Fica aqui (PropostaAnteProjetoDLConcAntecipado), destacando o capítulo III em que se percebe que as coisas vão ser assim:
Quem, dos quadros (qe/qa/qzp) quiser concorrer, pode.
Quem não quiser e tiver horário, não é obrigado a concorrer.
Logo…
Aquelas vagas que já estão ocupadas com base nos desmandos da dgae poderão assim manter-se, pelo que a principal queixa dos professores “lesados” não tem, em meu entendimento, qualquer tipo de resposta satisfatória. As “ultrapassagens” ficarão “consolidadas” plurianualmente.
Quando eu era miúdo, havia um termo de uso comum em pessoal sulista e pouco liberal para quem se atrapalha e atardalha a falar: chamávamos a esses colegas os belhalhas (cf, aqui, p. 4, para os incréus). O termo ocorre-me quase sempre que ouço António Costa a falar, mesmo com papel passado debaixo dos olhos, porque é atroz a forma como ele massacra a concordância das frases, começando e terminando frases com o género e o número a dançarem o corridinho em braseiro bem ateado. E enrola a coisa, perde-se, retoma, aquilo parece que coiso e tal, vocês percebem, estão a ver, não se armem em elitistas. Em ambiente relax, tipo quadratura, poderia parecer até engraçado e acredito que exista que o que interessa acima da forma atabalhoada de dizer está a substância do que é dito.
Uma federação sindical decretou greve aos tempos não lectivos.
Outra federação sindical decretou greve aos primeiros tempos lectivos.
O ministro da pasta disse que defenderia os professores de uma forma “radical”.
O actual PM disse umas coisas completamente desconexas no Parlamento acerca do descongelamento da carreira docente e que iremos todos ter bué mais dinheiro por causa de não sei quê no irs.
C’um catano, isto parecem só sóis ridentes, em panavision, no horizonte!