Precisamos de uma Escola para o Século XXI Como Lá Fora!

Número de alunos com maus resultados está a descer em Portugal. Na UE a situação está a piorar

 

Comissão Europeia alerta que a UE se está a afastar do que foi estabelecido como meta para 2020 no que toca à redução dos fracos desempenhos na literacia em leitura, matemática e ciências.

cabecinha_pensadora

(e os profes portugueses são do pior, claro, mesmo que os resultados melhorem… porque é tudo responsabilidade das equipas do ME desde o tempo dos afonsinos)

O Feitiço Contra os Feiticeiros

Desde MLRodrigues que a estratégia dos sucessivos governos na área da Educação tem sido desgastar e desmoralizar a classe docente ao ponto de não terem capacidade de reacção e revolta. A estratégia – com a colaboração, quantas vezes por fidelidades alheias, deste ou aquele sindicato tolhido por tutelas exteriores – conseguiu ter os seus efeitos, mas, curiosamente, é capaz de ser como aquelas voltas de 360º. As pessoas estão tão desmoralizadas e desgastadas que irão aderir em massa à greve de 15 de Novembro, nem que seja para ter um dia de descanso sem recorrer ao 102. Para mim, é uma razão mais válida do que muitas outras (do tipo fazer de correia de transmissão automática) e tão válida como saber-se que vamos irritar os mstavares (ortónimos e derivados) e porfírios desta vida airada, que é uma das coisas que me motiva especialmente.

E olhem que eu não sou mesmo dado a futurologias nestas coisas e nem sou daqueles grevistas militantes que vão a todas em piloto automático.

pieintheface

(e que quem andou em “diálogo com as escolas” não se deixe iludir pelo seu próprio reflexo no espelho… porque há por aí enorme equívocos…)

Os Porfírios Estão Preocupados?

É bom que estejam, apesar de se quererem mostrar muito seguros. Porque dia 15 são capazes de apanhar um susto, até há pouco inesperado, atendendo a tudo o que lhes é dito sobre a enorme adesão das “escolas” (leia-se “alguns directores” e uma variedade curiosa de “penduras” de associações amigas do SE Costa) às “inovações” em decurso.

Se há coisa que me vai parecendo cada vez mais verdadeira é que asnos velhos (e presunçosos, em especial quando se se querem esquecer do que já foram) têm muita dificuldade em perceber sequer onde erraram. E depois queixam-se e começam a ter pesadelos com o Mário Nogueira que, justiça lhe se feita, andou dois anos preso pela trela.

I9Nov17

I, 9 de Novembro de 2017

(e para que conste, não usei a imagem da 1ª página que é sacada de outro contexto e cuja utilização em nada ajuda a credibilidade da coisa…)

Há Currículo Flexível e Há Outras Coisas

Não me parece que seja razoável defender a semestralização de disciplinas como as Ciências, a Geografia ou a História para poder acomodar coisas como “Educação Rodoviária”, “Educação Financeira” ou outras coisas giras e que dá para brincar às aprendizagens para a vida (basicamente são áreas que lembram um pouco a velha lógica dos conhecimentos funcionais para os tadinhos e a Economia Doméstica para as meninas) e “escolas-alfaiate/sapateiro/picheleiro”.

Se são áreas que têm lógica no âmbito de clubes e actividades extra-curriculares? Claro que sim. Sem avaliação e tudo (ou nada), para ser mais atractivo. Já custa mais a entendê-las num currículo formal do Ensino Básico, defendidas por quem critica a “atomização” e “fragmentação” ou mesmo o “excesso” das áreas curriculares.

calvin-e-haroldo-direito-inalienavel