Não me parece que seja razoável defender a semestralização de disciplinas como as Ciências, a Geografia ou a História para poder acomodar coisas como “Educação Rodoviária”, “Educação Financeira” ou outras coisas giras e que dá para brincar às aprendizagens para a vida (basicamente são áreas que lembram um pouco a velha lógica dos conhecimentos funcionais para os tadinhos e a Economia Doméstica para as meninas) e “escolas-alfaiate/sapateiro/picheleiro”.
Se são áreas que têm lógica no âmbito de clubes e actividades extra-curriculares? Claro que sim. Sem avaliação e tudo (ou nada), para ser mais atractivo. Já custa mais a entendê-las num currículo formal do Ensino Básico, defendidas por quem critica a “atomização” e “fragmentação” ou mesmo o “excesso” das áreas curriculares.
Haverá, avançando o tempo, uma cada vez maior apetência para lóbis financeiros e empresariais determinarem os currículos, adaptando-os às necessidades do mercado e à sua ideia social… É claro que isto não é feito às claras mas por detrás de universidades, que vendem a ideia de que as escolas estão no século passado; organizando doutos encontros reflexivos que apresentam como conclusão que Escola Pública só tem duas alternativas: ” ou mudar; ou mudar”! Mudar para aquilo que eles acham que deve ser a Escola do Estado e qual o papel seus colaboradores ( vulgo professores)…
Para dourar a pílula vem a conversa estafada do ir ao encontro dos interesses dos alunos e quejandos…
Nesta quadratura é importante eliminar disciplinas, ou aligeirá-las ao máximo: Filosofia (à séria, não uma patranhadas misturadas com orientalismo que estão a infestar os Agrupamentos com a bendita flexibilidade); A Historia; a Sociologia; a Literatura…
É o Homem do século 22, com o guião do Web Summit!
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