… se esta malta tivesse algum pudor e uma vaga preocupação em usar argumentos coerentes.
Porque são exactamente os mesmos que dizem que todos os alunos podem atingir os mesmos objectivos que depois aparecem a propor coisas curriculares giras e “ligadas ao concreto” ou que sejam “interessantes para os alunos” para que o sucesso seja garantido.
E, já agora, o pior preconceito é aquele que, para pretensamente ajudar quem é “discriminado” por razões sócio-económicas, pretende desenhar soluções curriculares “funcionais” que garantam o “sucesso para todos”, sabendo nós que isso irá esbarrar, fora da escola, com a triste realidade da falta de oportunidades para quem fica estigmatizado exactamente por essas soluções que nada garantem para além do triste e velho saber (mal) “ler, escrever e contar” (se possível com a ajuda da calculadora).
Quem quer mesmo ajudar os “coitadinhos” procura que eles deixem de o ser, não com condescendência e não acreditando – na prática – nas suas capacidades, mas sim com trabalho no sentido de eles conseguirem o melhor desempenho.