Parece que estava com saudades que eu lhe aparecesse. Só que eu não gosto de cartilheiros e ainda desistia de fazer greve e era chato.
Parece que estava com saudades que eu lhe aparecesse. Só que eu não gosto de cartilheiros e ainda desistia de fazer greve e era chato.
O problema é que o poder reivindicativo da classe docente sempre foi frágil, onde a greve a aulas nunca teve efeito dissuasor proeminente. Uma greve é tanto mais impopular quanto mais impacto negativo provoca nos cidadãos, e por isso, é que tanta controvérsia se gerou na população e opinião pública quando ocorreram greves a exames nacionais e às avaliações, porque o efeito dissuasor dessas greves é deveras muito maior (e daí ter ocorrido um autoritarismo governamental que promoveu a modificação da legislação laboral incluindo os exames e avaliações nos serviços minimos). Neste capitulo da greve, os assistentes operacionais têm mais impacto que os professores: basta um determinado nº de operacionais fazer greve, a escola fecha e os alunos não entram; mas se por absurdo, todos os profs fizerem greve, a escola mantém-se aberta e os alunos estão no interior do recinto.
Por isso, na conjuntura atual, a força reivindicativa será maior de 3 maneiras:
– invadir as ruas, cortando o trânsito, e marchando em plena visibilidade (recorde-se as manifestações de 2008…) do que faltar um dia ao trabalho não havendo aulas (muitos dirão ‘é mais do mesmo’ mas sempre tem alguns segundos de noticiário televisivo e se ‘der molho com a bófia’ ainda mais evidência é dada; faltar mais de um dia teria um efeito bastante penalizador mas todos sabem que é individualmente impraticável para a maioria das pessoas).
– a classe docente ser mais corporativa, como outras classes profissionais já o mostraram nas suas reivindicações.
– cada profissional ser zeloso no exercicio da sua profissão, cumprindo escrupulosamente os deveres e direitos (a greve de zelo, mais insidiosa e invisivel, mas com efeitos brutais a médio prazo).
A alternativa é aceitar resignadamente o fatalismo de uma profissão descaracterizada, pouco acarinhada, maltratada, e assim (sobre)viver quotidianamente…
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A reunião de última hora entre representantes do Ministério da Educação e das Finanças e sindicatos de professores não evitou a greve de amanhã, que se mantém de pé
Considerar tempo dos docentes duplicaria a fatura.
No entanto, para além das objeções jurídicas que colocou a essa contagem, o governo tem outro obstáculo concreto à aproximação à posição dos professores: o custo que a contabilização dos nove anos de congelamento teria em termos orçamentais. De acordo com estimativas do governo, às quais o DN teve acesso, a aplicação da medida implicaria, só para corresponder às expectativas dos docentes, duplicar de 600 para 1200 milhões os custos estimados do descongelamento das carreiras. E seria aumentado ainda em perto de 400 milhões, elevando o bolo total para 1,6 mil milhões, dado o impacto que essa contagem teria noutros setores profissionais, nomeadamente nas polícias e nas forças armadas.
Mesmo sem contagem do tempo de serviço para trás, o descongelamento da carreira dos docentes custará, segundo os números do governo, 90 milhões de euros já em 2018, aos quais se somarão 83 milhões em 2019, 30 em 2020 e 60 milhões em 2021.
DN
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Se o DN escreve isso é garantido que é mesmo o que o ME quer que se saiba.
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Essas contas permitem perceber QUEM pagou (e continua a pagar) BES, CGD, FMI… varas, zeinalbavas, magalhães, parques escolares…socratices e outr@s
Ósdepois venham-me falar dos “privados”, seja lá quem forem, já que vem tudo mamar ao sector Público
Desculpem lá… mas o dia foi longo
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ou será que vai para este destino?
“o Governo prevê uma despesa de €600 milhões para responder à tragédia dos incêndios.” SICN (nov.2017)
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