Um Imenso Esforço Orçamental

A secretária de Estado Leitão esteve ao início da noite na SICN a defender, com o maior dos escrúpulos, as letrinhas, palavras e parágrafos da “Declaração de Compromisso” com os sindicatos, pelo que deduzo que os termos finais lhe agradam e servirão os seus objectivos. A cada pergunta, saía-lhe um confiante “vamos a isso!” Fiquei tão preocupado quanto antes em relação ao quanto (tempo a recuperar), como e quando (durante quanto tempo) do processo. Tudo parece suficientemente vago para parecer um “acordo” mas depois ser pouco mais do que nada.

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Dito isto, gostaria de destacar, com o meu exemplo particular, o “enorme esforço orçamental” de que se fala com o descongelamento das carreiras. Estou no 5º escalão e, se os deuses ecuménicos o permitirem, mudarei em Março de 2018 para o 6º Isso implica passar do índice 235 (aquele inventado há uma década) para o 245 (onde já deveria estar há mais de 8 anos (sem o primeiro congelamento). Isso significa passar, em termos brutos mensais, de 2.137 € para 2,227,93 €. Em termos líquidos, dará um acréscimo mensal que – se eu vi bem – nem chega a 50 € que irão ser divididos em tranches semestrais de 25% até final de 2019.

E ainda tenho de gramar, por causa disto, com bocas de imbecis e idiotas nos jornais e nas televisões acerca dos “miseráveis” professores, que o mais que fazem é debitar baboseiras e ainda recebem por isso (este é apenas mais um a repetir a ladaínha dos professores que não querem ser avaliados)? Cuja “avaliação” e “mérito” são audiências e vendas em queda a pique? Ou uma secretária de estado toda inchada de si mesma, a armar-se em grande rigorosa quando a especialidade que mais lhe conheço é a de querer fazer passar por legítimos atropelos às leis?

Ide… ide… apanhar um síndrome vestibular mas dos muito agudos que demorem anos para ter alta.

 

À Atenção do Paulo Trigo Pereira (que ao Galamba nem Vale a Pena Explicar Seja o que For, Porque se Limita a Ter a Opinião que Lhe Mandam Ter Desde os Tempos do “Engenheiro”)

Com a preguiça que estou, fiquei-me por uma notícia já com um ano:

Desde 2008, sistema bancário já custou 20,3 mil milhões aos contribuintes. Em sentido contrário chegaram 6 mil milhões. Prejuízo vai em 8% do PIB.

 

Os alegados 650 milhões (que tanto os incomodam, que são “insustentáveis”, ao ponto de apelarem à “responsabilidade” do PSD) ao pé disto são peanurs, peeners… pinotes.

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São Opções

Escreve hoje no Público uma pessoa de que não me lembro de ter lido qualquer outra prosa, a não ser esta que uma pessoa amiga me enviou. Parece que está irritada com os professores e escreveu uma coisa confusa, da qual só se extrai que está chateada. Compreendo-a, em especial depois de ir ver o que conta de si mesma:

Por sugestão de um colega de faculdade, fui fazer testes à redacção do PÚBLICO para copydesk (função até aí por mim desconhecida). Fiquei. Provisoriamente, pensava eu. Estávamos em 1990, o meu curso era de Geografia, dava aulas em Setúbal e ia começar outra licenciatura: Filosofia da Ciência. Comecei, mas não acabei. Já que me tinha apaixonado pelo PÚBLICO, por informação e edição, fiz uma pós-graduação em Técnicas Editoriais e um curso de Escrita Literária.

A mim também irrita muita coisa. A expressão copydesk é uma delas. Mas gosto da função. Pena que enfim. As pessoas andem assim, sempre a querer que os outros estejam mal para que se sintam melhor. Ou menos mal. Há coisas que passam com remédios. Outras não. A mim não interessa nada quanto Rita Pimenta ganha, mas já me custa que ela use os valores brutos do salário dos professores, em especial o do mítico e deserto 10º escalão, para querer demonstrar qualquer coisa. Rita Pimenta também se afirma “jornalista”. Acontece. Também têm direito a opinião e a sentimentos. Na foto que apresenta, parece-me infeliz. Estados d’alma. Está irritada. Eu acho que estou há mais tempo na fila. Mas nunca fui em busca do salário dos copydesks/jornalistas do Público para demonstrar não sei o quê. A mim, o Público nunca pagou nada quando lá escrevi, mas não levo a mal que paguem a outros.

Até porque não acho que nivelar pela mediocridade (salarial ou outra), seja a melhor forma dos satisfazes pensarem que são bons.

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O Maçães e a Fotogenia da Sua Pendência Masculina

Bruno Maçães é aquele tipo de cromo de quem é fácil um tipo ter vontade gozar, até pela sua arrogânciazinha da treta. Em relação a ele sempre considerei as seguintes probabilidades:

  • 99,9% de ter uma pendência masculina por imperativos anatómicos da espécie.
  • 50% de pensar que deveria usá-la de algum modo para além da micção. Sei que é polémico, mmas mesmo quando dão em castos, há sempre ali uma pancadita marada por detrás daquele tipo de fisionomia nerd.
  • 0,00000001 de que achasse que alguém gostaria de partilhar algum tipo de proximidade com a dita pendência sem ser em troca de generosas compensações materiais.