Ontem ainda passei pela RTP3 para ver o que tinham para dizer acerca dos professores os “jovens” José Eduardo Martins, Pedro Adão e Silva e Rui Tavares. O meu grau de simpatia em relação a cada um é muito diferente, pois acho que só nos seu próprio partido é que JEM terá quem não goste dele, mesmo quando se discorda das suas posições. Pensa pela sua cabeça, é educado no trato (na forma e substância) e, depois do desastre do PSD em Lisboa, anda a aproveitar-se das mínimas (ou médias) contradições na geringonça para as destacar. Faz o seu trabalho político e pronto, nada a acrescentar. Quanto a Pedro Adão e Silva, o nosso político do surf e delfim de Maria de Lurdes Rodrigues para trabalhos sobre políticas públicas, desde que se teve a confirmação do seu envolvimento naquela teia “comunicacional” do engenheiro, percebe-se que diz o que certo PS precisa que se diga para evitar “desvios” ou “excessos”. Duplica o mesmo discurso dos tempos do mandato da sua mentora e do “engenheiro”. Faz isso com aquele ar engomadinho de quem se acha bem falante, mas limita-se a reproduzir chavões sem fundamento factual mas faz isso com o ar de estar mais do que certo, porque ele é professor, mas “superior”.
Já o Rui Tavares, que criou um movimento/partido de tipo europeísta-radical-caudilhista (o Livre sou Eu e se não acreditam digam-me mais dois nomes de dirigentes da coisa), para servir de muleta ao PS, lixou-se porque o Bloco e o PCP lhe tiram qualquer hipótese de ser ele o parceiro parlamentar do governo. E agora leva o seu tempo a dizer “já viram como eles fazem exigências que eu não faria?” E foi isso que ele fez no programa de ontem, limitando-se a destacar como são pouco razoáveis as exigências do PCP e do Bloco acerca da carreira dos professores. Talvez, assim, consiga ser ele a muleta do próximo mandato, se conseguir que alguém vote nele e perceba o que vale esse tipo de voto, uma colaborador dócil e compreensivo.
Quanto aos professores, para os três que falam – em forma de papagueio da “progressão automática”, sem mérito e só com a passagem de tempo dos professores, deixaria aqui a seguinte passagem em letra de lei em site oficial:
A progressão aos 3.º, 5.º e 7.º escalões depende, ainda, dos seguintes requisitos:
-
Observação de aulas no caso da progressão ao 3.º e 5.º escalão;
-
Obtenção de vaga, no caso da progressão ao 5.º e 7.º escalão.
O que significa três momentos distintos de estrangulamento (por vagas/quotas) na progressão e de avaliação em contexto de sala de aula.
Mentem (eles e tantos outros) de forma consciente ou são apenas ignorantes? Pessoas com tão “superior” formação académica e política poderão ser mesmo assim tão desconhecedores e aceitam ir falar para as televisões sem se informarem devidamente?
Se não acreditam fica aqui mesmo o pedacinho do DL 75/2010 de 23 de Junho.

(claro que os júdices, moitasdedeus, maquesmendes, adõesesilva arranjarão uns pretextos para dizerem que não mentiram, que coiso e tal, mas são apenas discípulos da “pós-verdade”; estão eles todos errados e nós certos? Sim!)
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