Calma, Porque em 2011 Também Houve Umas Coisas no Parlamento Que Deram Em Nada

Foi, na altura, sobre a ADD e depois apareceu um providencial veto presidencial que eu acabei ter estado sempre previsto.

Parlamento abre a porta para que tempo de serviço “congelado” conte para progressão

 

Com a semântica também como protagonista, proposta foi aprovada com a abstenção do PSD e CDS.

A Idade do Gelo ainda vai dar muito que falar. Basta ver como a brigada do reumático está aí de volta a destilar a velha bílis sobre os professores que não querem ser avaliados e progridem automaticamente, bem sabendo que isso é MENTIRA.

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Ora Bem, 9.900 Milhões de Euros Dá Quantas Vezes 600 ou mesmo 650 Milhões?

Centeno já mobilizou 9,9 mil milhões de euros para estabilizar a banca

O Governo elegeu a estabilização do sector financeiro como uma das prioridades. Entre empréstimos, garantias e recapitalizações Mário Centeno já mobilizou quase 5% do PIB.

Acrescento o comentário do Mário Silva sobre este tipo de prioridades, sendo que eu estava convencidíssimo que o sistema financeiro estava estável depois da chuva de milhares de milhões que já lhes deveria ter resolvido a seca.

Tantos comentadores a vociferar contra os salários dos professores, policias, militares, médicos, trabalhadores nas empresas, que têm de ser mais baixos porque o Estado ou empresas não podem pagar, e depois não têm a mesma indignação perante a organização criminosa bancária? Qual o interesse pessoal dessa gente que tanto tolera este terrorismo económico?
E onde está a indignação do BE e PCP, que sempre atacaram esta tolerância por parte do(s) governo(s) anterior(es)? E vão votar contra ou “engolir um sapo” em prol de outros interesses partidários?
Agora já se compreende porque se invoca falta de dinheiro(!) para o funcionamento dos serviços públicos e salários*X( angry
E também se compreende a porcaria de governação que sempre existiu e existirá, perante o panorama partidário que existe…*:-& sick
Calvin

E Depois Há Gente Assim

Em tempos contei a estória antiga de uma vizinha minha que era contra greves, porque “os patrões é que nos pagam e não os devemos chatear“. Há bocado, numa “rede social” li uma professora (!) a queixar-se das greves (assim, no plural, referindo-se aos professores) contra um governo que ela considera estar a restituir-lhe os direitos tirados pela “Direita”. É a opinião dela (e das pessoas que depositaram o seu laikezinho). No meu caso, lembro-me bem de quem decretou os dois congelamentos (Agosto de 2005, Janeiro de 2011) da progressão na carreira, que é a razão mais imediata da insatisfação (a estarem a repor alguma coisa é o que eles próprios começaram por tirar). E ainda há por lá malta a acusar quem se queixa do “povo” ser “amnésico”. E espelhos em casa? Ou umas ampolas de cerebrum ou memofante?

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(discutir política começa a andar ao nível dos debates sobre futebol caseiro…)

Uma (Parte da) Tarde Com o Bruno Vieira Amaral

Que veio partilhar os seus pensamentos com 4 turmas (um 6º ano, três 9ºs) sobre a importância da identidade, de sabermos quem somos, de onde vimos, como resistir aos preconceitos, como construir o nosso futuro, entre o que planeamos e as oportunidades que o acaso nos proporciona.

 

O Trio Era de Ecos

Ontem ainda passei pela RTP3 para ver o que tinham para dizer acerca dos professores os “jovens” José Eduardo Martins, Pedro Adão e Silva e Rui Tavares. O meu grau de simpatia em relação a cada um é muito diferente, pois acho que só nos seu próprio partido é que JEM terá quem não goste dele, mesmo quando se discorda das suas posições. Pensa pela sua cabeça, é educado no trato (na forma e substância) e, depois do desastre do PSD em Lisboa, anda a aproveitar-se das mínimas (ou médias) contradições na geringonça para as destacar. Faz o seu trabalho político e pronto, nada a acrescentar. Quanto a Pedro Adão e Silva, o nosso político do surf e delfim de Maria de Lurdes Rodrigues para trabalhos sobre políticas públicas, desde que se teve a confirmação do seu envolvimento naquela teia “comunicacional” do engenheiro, percebe-se que diz o que certo PS precisa que se diga para evitar “desvios” ou “excessos”. Duplica o mesmo discurso dos tempos do mandato da sua mentora e do “engenheiro”. Faz isso com aquele ar engomadinho de quem se acha bem falante, mas limita-se a reproduzir chavões sem fundamento factual mas faz isso com o ar de estar mais do que certo, porque ele é professor, mas “superior”.

Já o Rui Tavares, que criou um movimento/partido de tipo europeísta-radical-caudilhista (o Livre sou Eu e se não acreditam digam-me mais dois nomes de dirigentes da coisa), para servir de muleta ao PS, lixou-se porque o Bloco e o PCP lhe tiram qualquer hipótese de ser ele o parceiro parlamentar do governo. E agora leva o seu tempo a dizer “já viram como eles fazem exigências que eu não faria?” E foi isso que ele fez no programa de ontem, limitando-se a destacar como são pouco razoáveis as exigências do PCP e do Bloco acerca da carreira dos professores. Talvez, assim, consiga ser ele a muleta do próximo mandato, se conseguir que alguém vote nele e perceba o que vale esse tipo de voto, uma colaborador dócil e compreensivo.

Quanto aos professores, para os três que falam – em forma de papagueio da “progressão automática”, sem mérito e só com a passagem de tempo dos professores, deixaria aqui a seguinte passagem em letra de lei em site oficial:

A progressão aos 3.º, 5.º e 7.º escalões depende, ainda, dos seguintes requisitos:

  • Observação de aulas no caso da progressão ao 3.º e 5.º escalão;

  • Obtenção de vaga, no caso da progressão ao 5.º e 7.º escalão.

O que significa três momentos distintos de estrangulamento (por vagas/quotas) na progressão e de avaliação em contexto de sala de aula.

Mentem (eles e tantos outros) de forma consciente ou são apenas ignorantes? Pessoas com tão “superior” formação académica e política poderão ser mesmo assim tão desconhecedores e aceitam ir falar para as televisões sem se informarem devidamente?

Se não acreditam fica aqui mesmo o pedacinho do DL 75/2010 de 23 de Junho.

Progressão

(claro que os júdices, moitasdedeus, maquesmendes, adõesesilva arranjarão uns pretextos para dizerem que não mentiram, que coiso e tal, mas são apenas discípulos da “pós-verdade”; estão eles todos errados e nós certos? Sim!)