Muito menos numa televisão pública. Que a “polémica” traz audiências e que as ofensas gratuitas do consultor de comunicação Moita de Deus (pretenso monárquico, alegadamente de um selecto inner circle do Presidente da República) a uma classe profissional trazem visibilidade ao programa. Ouvi isto em segunda mão (em primeira seria de um dos participantes) e só pude pensar que há quem participa naquele programa, colocando de lado qualquer escrúpulo ético em troca de share que justifique a avença e que o moderador ainda deve pensar que está no Canal Q. Porque uma coisa é a liberdade de expressão outra a expressão de ódio sobre toda uma profissão.
E se o argumento para tolerar aquilo é esse, então já pensaram que hã coisas que dão ainda mais audiências? Já pensaram convidar o Pedro Guerra e dizer-lhe que os professores são todos do Sporting?
(nunca tinha usado tanto a etiqueta “animalário” como nestas últimas duas semanas…)