Mas Quem É Que, Exactamente, Sentiu Essa “Necessidade”?

O projeto, que contou com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) no âmbito dos seus princípios estatutários da educação, surgiu de uma necessidade sentida de adaptar as escolas, os professores, os pais, os familiares e os educadores ao rápido avanço das tecnologias e à forma como os jovens se relacionam com elas, disse Teresa Calçada.

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“As escolas hoje ainda não se adaptaram, daí o valor acrescentando de uma ferramenta como esta”, acrescentou Elsa Conde.

O MILD é a “resposta a uma necessidade”, para melhorar o uso técnico no dia-a-dia, é “um conjunto de instrumentos que melhoram a vida do utilizador e acrescentam poder a quem os usa”, sublinhou Teresa Calçada.

“A Internet é uma argamassa onde as relações se alteram e intensificam, como acontece nas redes sociais, e evidenciam que precisamos de ser proprietários de conhecimentos para não sermos esmagados por tecnologias poderosas e que só o ensino letrado nos permite entrar na sociedade de consumo de massas e mostrar que se pode acrescentar mais-valia sem ser esmagado”, considerou.

Se há coisa que eu tenho a absoluta certeza é que em especial os jovens não sentem qualquer necessidade de um portal imaginado por gente que pensa que sabe aquilo de que os jovens sentem necessidade ou que julga saber fazer algo que os atraia. Este tipo de portais deveria ser obrigado a publicitar quantas visitas recebem, para que se perceba o que efectivamente interessam ou que atenção conseguem cativar. Sem truques como aquele de usar como homepage obrigatória dos computadores o Portal das Escolas como acontece em muitas escolas. Reparem que nos últimos dois meses apenas foram feitos 10 links para o Portal em causa, sendo ainda interessante ver o nível de “autoridade” da página e do domínio de acordo com as mais elementares Moz Free Tools.

AutoridadePortal

Se é útil? Talvez… tem muita informação por ali espalhada, mas sei por experiência que está longe de ser aquilo de que nos lembramos em primeiro (ou décimo) lugar quando procuramos algo de interesse ao nível da Educação.

Façam os portais que bem entendem, mas, por favor, poupem-nos à conversa fiada do costume.

Alunos, Tecnologias, Competição

Ocupei parte das minhas aulas desta semana a aplicar mini-testes feitos no Kahoot e no Quizizz. A uma de 6º e a duas de 9º (há outros em espera…). Não posso negar que foi um sucesso e uma animação. Mas observando de perto, o que mais motivava os alunos e despertava o entusiasmo? O facto de observarem no ecrã a projecção da evolução da classificação relativa de cada equipa. E, por mim, tudo bem, desde que pelo caminho aprendam alguma coisa. Só que este gosto pela competição choca de frente com as teorias fofinhas que nos querem fazer acreditar que a disputa pelas classificações traumatiza as crianças e jovens.

(e, claro, senti-me bués moderno… mesmo quando a rede desatou a crashar e a “desconectar” a partir dos 8-10 pc’s ligados em acesa disputa…)