O Quê? Não Pode! Mas Então Aquele Provedor Não Dizia Aquilo Que Coiso, O Discurso Contra os Professores Tinha “Larga Ressonância” na Sociedade?

E o MST no meio disto tudo? Quanto fel ainda deitará sobre o assunto?

Sondagem: portugueses ao lado dos professores na luta negocial com o Governo

E os moitadedeus? Miseráveis sondagens!

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(nem é que eu ache que isto é decisivo, mas “eles” é que dizem que as coisas são ao contrário… não que ter medo de lhes chamar mentirosos com todas as letras e a dureza correspondente à desonestidade de certas elites encostadas ao Estado…)

 

 

Teorias Sobre o Que Funciona nas Escolas

Andei em auto-formação há uns tempos (não dá créditos, é mesmo por gosto) e a ler coisas das pessoas que apoiam muito a flexibilidade nas escolas do século XXI e coisas assim como trabalhos de projectos e muita cooperação e trabalho colaborativo. Fui à bibliografia e ultrapassando as muito comuns auto-citações, lá dei com ou outro autor que desconhecia ou conhecia pouco. Então quando as obras até já eram do século XXI fiquei logo entusiasmado e activei o cartão de crédito na Betterworld Books e lá encomendei o meu segundo Marzano (este é de 2003).

E o que encontrei sobre aqueles que são considerados, logo a abrir, os factores a nível de escola que permitem melhores aprendizagens?

Tempo. Como parece natural, é o elemento de topo comum a estas duas classificações (por cá acha-se que ao semestre é que é bom e a despachar… como se fosse possível conseguir as coisas de forma imediata, como as reformas apressadas de governantes regulados pela vaidade e calendários eleitorais).

Oportunidade para aprender (o factor preferido por Marzano) definida como a possibilidade dos alunos aprenderem aquilo que se pretende ao nível do currículo. O que está relacionado com o factor anterior pois é difícil que os alunos tenham oportunidade de aprender sem tempo para isso ou obrigados a ritmos desajustados a uma aprendizagem significativa.

Estranhamente – ou não, depende das teias ideológicas de cada um@ – lá para o fundo estão aquelas coisas da liderança e da cooperação que por cá algumas almas bem intencionadas (e outras nem tanto) gostam de nos apresentar como fundamentais. Talvez sejam, mas surgem abaixo de uma coisa “horrível” que é a pressão para alcançar (os objectivos, as aprendizagens).

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Palpita e Pulsa em Mim a Curiosidade…

… pela “Plataforma RELEVO – Comunidade Nacional de Boas Práticas Educativas, projeto apoiado por várias entidades e atores educativos e que apresenta como objetivo central a divulgação e disseminação das boas práticas levadas a cabo pelos mais variados intervenientes no processo educativo – alunos, professores e outros profissionais de educação, diretores, pais e encarregados de educação, autarquias e organizações que desenvolvam um papel determinante no sistema educativo português” anunciada ontem pelo César Israel Paulo no Observador. Aposto que já adivinhei um punhado das entidades e atores envolvidos. Basta somar os rápidos entusiasmos e aos longos silêncios. Nem eram necessárias as inevitáveis fugas de metano.

Bebe a rir

São Fases

Ainda não terminou a dos policiais escandinavos (caramba, são mesmo muitos, aquilo de pouco tempo de sol nota-se bastante), muito menos a das séries de banda desenhada da Image (ou por cá das publicações da G. Floy), mas voltei aos muito portáteis poches  com as crises existenciais d@s frances@s e outros temas. São baratinhos, lêem-se depressa e andam melhor encadernados que alguns paperbacks ingleses.

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Mais Vale Não Dizerem Seja O Que For

Se é para dizer que vão fazer aquilo já a seguir, que enviam já daqui a minutos o que deveriam ter feito/enviado há muito tempo, e acabam a distrair-se ao primeiro milho lançado em forma de qualquer coisa, hoje, ontem, amanhã. Porque, pois é, se fosse assim com o chamado pilim mensal já se lhes dava toda a urgência com a inoperância alheia. E olhem que eu sou compreensivo com todas as naturais falhas de memória, porque até eu me esqueço de regar os nabos e os bróculos na quinta da vila.

Coelhorelogio

 

Simplismo Dicotómico

Vi parte de uma entrevista na RTP3 com João Magueijo em que ele se arrepelava com a “falta de cultura científica” em Portugal. E depois argumentava algo do género… pois, pois, é muito importante conhecer o Camões ou o Fernando Pessoa (e que até gosta do Herberto Hélder e tudo) mas é fundamental para o futuro ter conhecimentos científicos e  que quando fala com pessoas em Portugal a sua ignorância é enorme. Mas eu aposto que sabem nomear o Einstein ou o Pasteur ou o Fleming que podemos considerar uma espécie de clichés para as Ciências como o Camões e o Pessoa para as Humanidades. Porque se vamos entrar pelos detalhes da “cultura científica” quais os paralelismos que podemos estabelecer? Ao que equivale conhecer a teoria dos quanta? Às grandes batalhas da I Guerra Mundial? E a penicilina? Aos preparativos do Dia D?

Quando começamos com queixinhas deste tipo – de um lado ou do outro, sendo que agora o currículo está bem inclinado para as STEM – será que isso revela a faltra de cultura científica dos outros ou apenas os nossos próprios défices? EM vez de Herberto Hélder conhecerá Magueijo António Ramos Rosa? Em vez de Camões saberá quem foi Sá de Miranda? Em vez de Pessoa já leu Mário de Sá Carneiro? Acredito que sim. Percebo que simplificou o argumento, mas não é isso que se espera exactamente de quem acha que percebemos pouco de coisas complexas. Porque uma coisa é simplificar a complexidade para melhor compreensão e outra é ser simplista assumindo que os outros são simplórios.

No meu caso continuo fascinado com o gato de Schrödinger e com tudo o que envolve as probabilidades no comportamento das partículas foi essencial para eu perder qualquer crença em determinismos mesmo no mundo físico; apesar de não perceber nada da equação sobre a função de onda ou de não conseguir compreender todos (nenhuns?) os meandros da interpretação de Copenhaga.

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