UM QUARTO CHEGA AO TOPO
O que foi enviado para a comunicação social no início da semana, para consumo acrítico e divulgação pelas escápulas habituais, não passou de um exercício de propaganda vergonhoso a lembrar outros tempos. Os números fazem-me lembrar aquelas coisas que se apresentaram nos tempos da troika como sendo “estudos”, mas que depois tinham os números errados, desactualizados ou truncados. E os números que o ME tem divulgado sobre os custos das progressões, do descongelamento ou da recuperação do tempo de serviço são sistematicamente falsos, mesmo não tendo eu acesso a qualquer informação privilegiada. Basta ter uma pequena noção dos valores em causa. dos mecanismos e tempos de progressão e fazer uns cálculos muito básicos. Ainda bem que a Fenprof decidiu, dois anos depois, abrir os olhos e aguçar o engenho que nem sempre teve disponível.
Eu sei que há quem diga que a culpa é das Finanças e de uma outra qualquer secretária de Estado, mas eu prefiro que a culpa seja solidária, incluindo quem quer passar pelos intervalos da chuva, alegando que não é da sua “área de competências”.
Ou bem que comem todos ou não há moralidade que aguente.