Um Modelo de “Boas Práticas” Para 2018

As Webinares da DGE são um exemplo de aplicação criativa das tecnologias, de diferenciação pedagógica e comunicacional e de um modelo que faz lembrar a tele-escola mas em tom de fundo azul-cueca (ao pé disto os programas da UA na RTP2 eram verdadeiras obras-primas). Já tinha espreitado, mas esquecido, até que um mail amigo me fez recordar como pode ser imaginativa e apelativa a forma de comunicar destas pessoas que nos querem ensinar a ensinar. Há coisas verdadeiramente deliciosas, sugerindo eu que escolham a que acham melhor. Ficam algumas sugestões que vos poderão ajudar a adormecer felizes. Ou não.

A naturalidade é uma matriz do “projecto” e os dotes comunicacionais dos apresentadores e comentadores uma espécie de auge do apogeu dos píncaros da coisa em si. Eu acho que ver isto deveria contar como “formação” e dar créditos.

Querem destruir o interesse das e nas Humanidades? Eis um excelente esforço:

(esta gente vive neste mundo…e isso é que me espanta ainda mais… eu confesso que até acredito nas melhores intenções, mas o resultado é… é… é… deprimente)

As Cartolas e o Resto

Vai por aí algum alarido com os 57.000 euros para as ditas cujas que a CML vai usar na passagem de ano. Mas se fosse só isso… consultando as despesas da EGEAC no portal BASE encontram-se muito mais curiosidades relacionadas com o “Super Ano Novo”. Ontem contrataram-se 32 marionetas de fios, 2 de tamanho humano e um gongo por 21.000 euros. Lura e Bonga levam 20.000 para um espectáculo amanhã, sábado, e o de hoje da Ana Moura,a na Praça do Comércio, custa 23.000. Quando há dinheiro… há festa!

Money

Previsões para 2018 – 5

Burrocracia. Muita burrocracia. Ainda mais burrocracia com a necessidade de conceptualizar, projectar, planificar, cronogramar, implementar, registar, avaliar, reavaliar e relatorizar a flexibilidade e a autonomia. Tudo em triplicado, que é para a pegada digital não apagar a convencional. Achavam que os contratos de autonomia e o pnpse já levavam à produção de muita legitimação documental do (in)sucesso. Bem queiram ver como será agora, por muito que vos digam o contrário. Tal como os humanistas viciados em tecnologias, os flexibilizadores e autonomistas adoram a boa e velha rigidez das grelhas onde tudo se plasma em papel, pen, disco rígido e cloud. E então a reunite para preparar tudo isto, monitorizar, avaliar, reavaliar, reimplementar e re-reavaliar todo o processo?

Burocracia-escolar

(e nem falemos da necessidade de “formação” pós-laboral para re-ensinar/aprender o que já foi ensinado/aprendido – e por algum motivo quase caído no olvido –  há 20 anos…)