Um Texto de 1996 Sobre Competências

Que fazia um interessante balanço do debate tido nas décadas anteriores sobre o tema. O aflitivo é que, por cá, há partes que poderiam ser usadas em powerpoints para “formação” com evidentes ganhos sobre o que circula como sendo pensamento inovador.

What is competence? What is competency?

Competence and competency. What is competence? How has it been reduced to competency? What is the impact on education and training?

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Excelente +

É, quase por certo (há sempre a hipótese académica de ser apenas Excelente), a avaliação que terá o pafismo educacional em grande encontro a realizar na Universidade do Minho em Julho, desta vez mesmo após o final do ano lectivo, para servir de engodo a quem duvida do bodo. Como outros encontros em torno deste tema, logo pelos nomes, percebe-se que o contraditório é indesejado, enquanto o encómio faz parte da encomenda, e é fácil perceber que a maioria das comunicações já nasceram feitas. Mas, como sabeis, eu sou um bota-abaixista sem remédio.

Onan

(uma coisa que eu aposto que não vai ser lá dita é que em diversas escolas e agrupamentos, os projectos de autonomia e flexibilidade andam a ser feitos na lógica do top down, sem qualquer participação activa da maioria da comunidade educativa, mas apenas de um núcleo selecto de “representantes”, em regra escolhid@s a dedo pel@s shor@s director@s e tanto mais assim quanto maior a proximidade com o governante responsável pelo nosso regresso a modelos de outrora com capa de novidade)

Amor/Ódio

A nossa classe política tem, em larga medida, um complexo enorme em relação ao seu valor académico e mesmo em relação à própria certificação das suas habilitações. Enquanto menoriza de forma permanente que tem qualificações mais do que públicas e reconhecidas, recria o seu próprio passado académico ou tenta contornar as formalidades para exibir o que não é ou fez. O caso Relvas foi apenas o mais evidente. O caso Pinho, com lugar patrocinado, um dos mais ridículos. Depois de muitos outros que inventaram currículos ou parte deles para parecerem ser algo é a vez de mais um querer dar a entender que foi alguma coisa lá fora, apostando em que ninguém vai verificar, de tão embasbacado, o título de visiting scholar. Há quem diga que somos um país de doutores com reverência pelos títulos académicos. Não me parece. Somos é um país de arrivistas complexados que, mal podem, querem exibir um pedigree académico que não têm, ao mesmo tempo que gostam de amesquinhar quem o tem.

A explicação de Feliciano Barreiras Duarte é ridícula em várias passagens, pois “garante que a «relação» como ‘visiting scholar’ se deu, ainda que a «estadia», por outro lado, não se tenha consumado.” Alguém o deveria informar que mesmo malta razoavelmente distante de Berkeley, sabe que é difícil ser visiting scholar sem “estadia”, pois aquele estatuto pressupõe que se passe tempo na Universidade a investigar e leccionar. Que um tipo que foi governante e é secretário-geral de um partido desça a fazer o que é considerado uma falsificação por parte da pessoa que alegadamente assinou um pseudo-certificado é deprimente mas não é novo. A mediocridade não se mede por ter ou não um certo grau ou estatuto académico, mas por aquilo que se faz para aparentar que se tem. Resta saber se a data não calha a um domingo.

BArreirasDuarte

(a direcção de rio começa a revelar-se um manancial de rigor e excelência)