Interessante

COHERENT CURRICULUM

(…)

Generally speaking, there are two main forms of curriculum coherence:

Vertical coherence: When a curriculum is vertically aligned or vertically coherent, what students learn in one lesson, course, or grade level prepares them for the next lesson, course, or grade level. Teaching is purposefully structured and logically sequenced so that students are learning the knowledge and skills that will progressively prepare them for more challenging, higher-level work. For a related discussion, see learning progression.

Horizontal coherence: When a curriculum is horizontally aligned or horizontally coherent, what students are learning in one ninth-grade biology course, for example, mirrors what other students are learning in a different ninth-grade biology course. In addition, the assessments, tests, and other methods teachers use to evaluate learning achievement and progress are based on what has actually been taught to students and on the learning standards that the students are expected to meet in a particular course, subject area, or grade level.

(…)

Reform

Generally speaking, the concept of a coherent curriculum grew out of the recognition that what is taught and learned in schools may not only be misaligned, but—in more extreme circumstances—random, disordered, and potentially detrimental to students. For example, in some schools teachers might decide what gets taught in a course based on personal preference, convenience, past habits, outdated instructional materials, and other factors unrelated to what is appropriate for or in the best interests of students. In addition, curriculum and instructional expectations for teachers might be uneven or nonexistent, which could lead to educational disparities that disadvantage some students. For example, one teacher might cover a lot of material in a given course, and teach it in an engaging way, while a colleague, teaching a similar course, might teach far less content and teach it comparatively poorly (disparities such as these have been well documented in educational research).

For these and other reasons, in recent decades government agencies and education policies, at both the state and federal levels, have either required or encouraged greater standardization in the education of students, with the general goal of improving educational quality and the academic achievement of students. Schools and districts have also embraced more coherent approaches to the design and delivery of learning experiences, either proactively or in response to changes in educational policies and state requirements. The basic rationale is that when educators are working and teaching in concert, and using developmentally appropriate and well-defined learning expectations, students will learn more and leave school better prepared. By exerting more control over the learning process, the reasoning goes, schools, districts, and government agencies will be able to improve educational quality and minimize the factors that have historically produced poor educational results—although whether certain strategies actually produce the desired results remains a source of ongoing debates.

brainstorm

Memórias a Propósito do “Conteúdo Funcional”

Há mais de 25 anos passei a colaborar com um grupo de trabalho do ME que tinha um nome enorme. Resumindo, eu passei a colaborar como guia de visitas de estudo de escolas do interior do país (mesmo interior, daqueles que nunca tinham visto rio largo ou mar, ao ponto de achar que era mar oceano ali diante da Torre de Belém) à zona histórica de Belém.

Quando entrei, em substituição de uma colega, passámos a ser 3 guias e éramos remunerados por esses dias de trabalho (um por semana, entre Março e Maio ou Junho, em regra à 6ª feira ou sábado) com uma quantia que tinha ficado acordada com os meus colegas desde o início do projecto.

Passados uns 3 anos, a coordenadora do projecto mudou e queria colocar uns quantos amigos na coisa, tentando que pelo menos um ou dois de nós saísse, para que a verba desse para os amigos. Como o nosso trabalho anterior tinha corrido bem e sido avaliado pelas escolas de maneira muito positiva, não foi possível correr com nenhum, nem sequer comigo, o tipo mais chato na contestação ao “esquema”, pois a direcção do grupo de trabalho não o permitiu.

Então, a criatura inventou um truque: em vez de sermos “guias” passávamos a ser “monitores” e, dessa forma, os requisitos para a função passavam a ser teoricamente outros – aquela história de “orientar” a visita nos espaços e não de a “guiar” com “explicações que eles nem querem ouvir” – e o pagamento deixava de ser pela tabela de licenciado para ser pelo escalão mais baixo (12º ano, salvo erro, menos 25% da quantia original) e assim era possível meter dois amigos da cunha e pagar a 5 “monitores”. Isto sem que aumentasse o número de escolas envolvidas no projecto. Os que entravam, sem qualquer experiência, saídos do curso da mesma universidade já então manhosa da “coordenadora”, esfregaram as mãos com a habilidade da sua mentora,

Quanto aos três da vida airada, continuámos com o mesmo “conteúdo funcional” a guiar as visitas, mesmo recebendo menos, porque na era pré-internet e telemóveis, os Jerónimos eram mesmo “descobertos” ao vivo, sem animações 3D, a Torre de Belém subia-se até ao topo e a flora do Jardim Agrícola Tropical não se explicava por si mesma. Os outros dois, acabaram por desaparecer na penumbra, mais cedo ou mais tarde, porque nem para “monitores” serviriam, pois nem o raio do dom Henrique na proa do Padrão um deles conseguia distinguir. E lá foram rodando outras pessoas, ao longo dos anos sempre com a remuneração de “monitores”, pela tabela baixa, mesmo se faziam o que sempre tínhamos feito como “guias”.

Quanto ouço falar no “conteúdo funcional” da docência como sendo o mesmo para todos, no sentido de justificar uma horizontalização salarial da carreira, lembro-me desta história por duas razões: a chico-espertice de quem induz a teoria para poupar qualquer coisa para gastar em algo que lhe convém mais e a parolice voluntariosa de quem entra no esquema, ajudando a lixar os terceiros, sem perceber que está a dar tiros nos próprios pés que poderiam servir para caminhar até mais longe.

Porque há “novos” (ou nem tanto) que parecem não perceber que um dia serão “velhos” e lamentarão o buraco que ajudaram a cavar.

eu-sou-o-burro

2ª Feira

A sério, pensava que fazer ditados era algo antiquado e pedagogicamente oitocentista. Parece que se for com a voz num zingarelho já é uma metodologia avançada e premiadas. Ou seja, muda-se o meio com que se faz, mas não o “paradigma”. Cá para mim, se o pessoal passar a fazer a tabuada num ecrã daqueles todos planos e transparentes já passa a ser pedagogia do século XXI.

espelho