Leio almas penadas a clamar contra a derrota da SE Leitão e a exigência parlamentar de um concurso nacional que modere os atropelos cometidos em Agosto passado. Li mesmo um colega (?) a vociferar contra os do “quadro” e – garanto que cito com razoável fidelidade, só não estou para identificar idiotices tão grandes pelo nome – a escrever que não era justo ter de concorrer de novo porque alguém que estava à frente dele na lista de graduação tinha sido colocado onde não queria. Penso que o “professor” em causa nem conseguiu perceber a barbaridade do que escreveu. Ou seja, que um atropelo à legalidade deveria manter-se só porque ele ficou bem.
A essas pessoas que assim pensam, eu recomendo que esperem pela municipalização da Educação e – apesar das negações absolutas nesse sentido – num futuro em que o provimento de lugares para “projectos” com apoio de verbas canalizadas pelas autarquias seja assegurado em concursos locais ou que as próprias necessidades temporárias deixem de ser feitas a partir de uma lista nacional. Então é que vão aprender o que morde a sério a quem não tiver o cartão ou as conexões certas. E será muito “divertido” ver quem andou a clamar contra a municipalização a tomar posições em certos centros de decisão local… alegando que antes eles do que outros.
(já agora… esta luta por um novo concurso foi feita em grande parte à margem das organizações representativas oficiais e, por vezes, mesmo com a sua adesão contrariada a algumas iniciativas, pois até pareceram concordar com a tese da SE Leitão de que seriam 100-200 os “insatisfeitos”…)