Concursos de educadores de infância e de professores dos ensinos básico e secundário para o ano escolar de 2018/2019
Dia: 20 de Abril, 2018
A Fenprof Reage
De forma inábil e confusa:
Reparem que “a existência de projetos de lei sobre recuperação do tempo de serviço […] significaria o reconhecimento da necessidade de uma lei que estabelecesse o tempo a recuperar, abrindo espaço à admissão de projetos de leis prevendo a recuperação de todo o tempo de serviço, mas também de outros, prevendo apenas uma recuperação parcial”,
Isto é falso, nomeadamente na iniciativa que aqui se promove que não é uma “recomendação” ou “resolução”, mas uma lei que defende a recuperação total do tempo de serviço congelado. Caso existissem “outros, prevendo apenas uma recuperação parcial” é minha confiança que a maioria de esquerda que suporta este governo não os aprovaria, pois está em maioria na Assembleia da República e, em conjunto aprovaram a resolução nº 149/2017 e a resolução 1/2008.
Também é falso que já exista uma lei para recuperar o tempo de serviço e a remissão para o artigo 19º do OE 2018 é uma falácia, bastando para isso lê-lo. A única coisa que esse artigo garante é que existirão negociações. Não existe qualquer lei. O que é afirmado no comunicado da Fenprof é objectivamente falso.
Reparem que não existe qualquer referência ao “congelamento” e muito menos a uma recuperação total do tempo dos dois períodos em que ficámos sem progressão. Compare-se com o que é proposto na iniciativa legislativa promovida por cidadãos:
Mas a parte mais divertida é a forma “responsável” como a Fenprof pretende que tudo aconteça:
b) Para recuperar todo o tempo de serviço, a FENPROF, com o objetivo de viabilizar a sua concretização num quadro financeiramente sustentável, já apresentou ao governo, com conhecimento aos grupos parlamentares e divulgação pública, a sua proposta de grelha de recuperação, bem como a posição face à proposta do governo.
E ainda há quem não goste de eu considerar que são uma espécie de secretaria sindical do ME para empatar a malta.
Para fim de conversa: já me constou que andam a mobilizar recursos para esvaziar a iniciativa legislativa, aconselhando os seus mais acérrimos seguidores a não assinarem e, em vez disso, espalharem a mensagem deste lamentável e falacioso comunicado do secretariado nacional. O costume, quando alguém escapa da “asa protectora”. Há um horror imenso a que isto funcione. E parece que existe mesmo medo que as coisas fujam ao guião acordado com os parceiros governamentais. Porque os partidos da geringonça seriam directamente responsabilizados pelo cumprimento (ou fuga) daquilo que assinaram como cómoda “resolução”.
6ª Feira
Chegou. A próxima semana e a seguinte serão mais curtas, felizmente. Mas a 2 de Maio começa a romaria das provas de aferição. No caso da de 5º ano de EV/ET (são duas disciplinas, mas apenas uma prova a lembrar que isto já foi uma disciplina), para além do material requerido oficialmente, parece que as escolas também devem fornecer caixas (vazias) de ovos (em papelão? em plástico) e pacotes de cereais (alguma preferida? pode ser marca branca) para a realização da prova.
Sinto uma enorme vontade de comentar, mas ainda acabo a escrever coisas desagradáveis e, como disse, já é 6ª feira e cai a tarde no horizonte, com chuvinha e tal e coiso e é melhor ficar por aqui. E estas são as provas boas, as que aferem. Em 90 minutos que, em circunstâncias normais, é tempo para dois pedidos para ir ao dabliucê.
(e nem é bom falar que o IAvé se esqueceu que há disciplinas que em algumas escolas têm apenas um ou dois elementos e tal… enfim… o habitual conhecimento do terreno em enorme detalhe… sempre eu gostando de saber se aqueles conselhos consultivos com associações de professores disto e daquilo servem para alguma coisa)