É verdade que ajudou não estar lá o Daniel Oliveira. Não vi o início, talvez se tenha demitido das suas funções em protesto com a amostragem das filmagens dos interrogatórios ao Sócrates e Salgado.
Mas lá fui vendo… quase 40 minutos, divertindo-me com a forma como a Clara Ferreira Alves e o Luís Pedro Nunes se zangavam sobre a relevância da divulgação das imagens em causa. Mas depois, claro, bateu-me ali qualquer coisa pela parte em que o LPN disse “percebe-se agora que…” (só agora??? raios, pá, sei que és muito mais espero e inteligente do que isso…) ou a CFA a dizer algo do género “quem é que imaginava que começando na História de Paris… (…) ninguém!” (quem é que imaginava??? ninguém??? muita gente, menos ela e os que, como um são tomé radical, só mexendo nas chagas pustulentas acreditaram que…) se iria “desembocar” no que se vai vendo.
Aí, perdi a pachorra para o que para mim ou é mera encenação para enganar os simplórios ou então uma ingenuidade imensa de quem se gaba de uma carreira jornalística feita de décadas de rigor e perspicácia.
Pelo meio, já ela e o Aurélio Gomes tinham desvalorizado a questão de se querer saber “no Facebook” quais seriam os jornalistas na lista de pagamentos do GES, falando da coisa, com a ajuda do Pedro Marques Lopes, com o ar divertido do género “ah… os jornalistas são baratos” ou que se vendem por pouco dinheiro. Por isso mesmo é que é importante saber quem andou a forrar primeiras páginas e miolos de jornais com notícias plantadas e aldrabices a passar por factos indesmentíveis. Que muitos ficam felizes com “quinhentinhos” já sabíamos a partir da lista de pagamentos proposta por um certo janela. Mas por começar por tão baixo é que convém saber a quanto se vende a mercadoria.
Enquanto não perceberem que a “limpeza” começa pela própria casa, por quem tinha o dever de informar e não de deformar (embolsando apenas um ou dois “pratos de lentilhas”, não interessa), isto continuará sempre o que sempre foi, mais ou menos bodes expiatórios em forma de ex-pm ou ex-ceo, usados com efeitos sacrificiais, para que tudo continue mais ou menos na mesma, só mudando os mandantes.

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