Quando aumentam os acessos, a coisa vai abaixo. Têm a certeza que fizeram a plataforma para funcionar ou é mesmo para testar a paciência dos cidadãos e a resiliência da cidadania?
Ou é apenas um inconseguimento?
Quando aumentam os acessos, a coisa vai abaixo. Têm a certeza que fizeram a plataforma para funcionar ou é mesmo para testar a paciência dos cidadãos e a resiliência da cidadania?
Ou é apenas um inconseguimento?
A Iniciativa Legislativa de Cidadãos para a “Consideração integral do tempo de serviço docente prestado durante as suspensões de contagem anteriores a 2018, para efeitos de progressão e valorização remuneratória” (todas as informações aqui sobre como aderir, apenas avisando que plataforma da AR não é nada amigável) tem enfrentado alguma resistência em certos ambientes sindicais que a esse respeito até produziram um comunicado e têm desenvolvido intervenções em redes sociais no sentido de retirar valor à proposta e dar mesmo a entender consequências negativas que tal iniciativa poderia ter.
Já tentei demonstrar em vários posts que as objecções levantadas são falacciosas (então receiam que apareçam propostas legislativas mais negativas? a geringonça que aprovou aquela resolução 1/2018 iria roer a corda? e é mentira que já exista uma lei a esse respeito, sendo caricato que insistam em citar um único artigo de conteúdo vago do OE para 2018), mas não há nada como mostrar mesmo as coisas, usando para isso as tabelas elaboradas pelo Luís Braga para esse efeito, que passo a incluir em seguida para que se perceba que o que este grupo de professores propõe é muito menos complacente com os truques governamentais (e ainda menos permeável a influências políticas e entendimentos em que certos lutadores profissionais são exímios quando são apertados por quem mexe os fios).
Reparem, então:
… porque eu acho que as pessoas devem ganhar bem. O problema está na forma como quem pode e legisla, consegue arranjar truques para se safar, enquanto são capazes de ter a lata desmedida de acusar os outros de defenderem interesses “corporativos” quando se queixam.
O deputado Ascenso Simões decidiu publicar o seu recibo mensal, para demonstrar qualquer coisa. Aqui fica:
O que eu percebo é que entre o “vencimento-base” nominal e o que recebe existe em termos reais existe um acréscimo de cerca de 2%, graças às tais alcavalas, por causa disto e daquilo, deslocação e tal.
Alcavalas que outros não têm, mesmo deslocados a mesma distância. Não é o meu caso. Mas, neste mesmo mês, dá para perceber que entre o tal vencimento-base nominal e que realmente recebo vai um corte equivalente a mais de um terço daquele. Ou seja, recebo 66,3% do que depois aparece nas comparações internacionais como sendo o meu salário. Já o senhor deputado recebe 101,9%.
Se os deputados recebem pouco e deveriam receber mais? Isso é outra conversa. Eu também acho que deveria receber mais, até porque tenho a certeza que trabalho mais horas, só que não faço parte do corpo legislativo que define as minhas condições remuneratórias.
Por fim… há países, muito idolatrados em outras matérias (caso de alguns países escandinavos, como a Suécia), em que os deputados (ou os governantes) não precisam de ser eles a publicar os seus recibos. São matéria pública, de acesso universal por qualquer cidadão. Chama-se a isso transparência.
Sim, o ano passado já aconteceu qualquer coisa parecida, mas..,
Regressemos às declarações do preclaro e sempre assertivo SE Costa:
Agora vejamos a “aplicação” da “dieta” ao 2º ciclo.
Matriz curricular em vigor:
Matriz curricular “inovadora” proposta:
De 9 disciplinas mais a Oferta Complementar e Apoio ao Estudo (e EMR para quem a queira), passamos para 12 disciplinas, mais a Oferta Complementar e Apoio ao Estudo (de onde sai o tempo para o “Complemento à Educação Artística”), mais EMR (para quem a queira).
O currículo cada vez se fragmenta em peças mais pequenas, sem que constituam um conjunto mais coerente.
Em matéria de tempo, nada muda. Apenas se retira tempo ao “Apoio ao Estudo” para distribuir pelos “complementos”.
Ou seja… chuta-se a “autonomia e flexibilização” para as escolas, mas dentro de um espartilho ainda mais apertado do que o anterior.
Mas alguém refere isto, nas sessões de agit-prop que por aí andam, com os encómios de magotes de professores e respectivas associações adestradas?
O rei vai nu em pelota, mas os cortesãos calam-se. E por “rei” não se entenda o pobre ministro Tiago que, coitado, apenas declama de forma pisca-piscante o que lhe colocam à frente, em forma de memorandos para a comunicação social.