É o de muita comunicação social que agora já sabe tudo sobre fluxos financeiros. Sim, houve excepções. Sim, havia o risco de sofrer consequências com as denúncias sem ter o suporte do material judicial. Mas… jornalismo do dia depois, segurinho, praticamente todos podemos fazer. Enfrentar as bestas, antes que elas dominem tudo é que é de homens (e mulheres) de barba rija.
O que Eduardo Dâmaso escreve na Sábado de 5ª feira é verdade e ele até é daqueles que esteve em publicações que correram os seus riscos, mesmo se há quem torça o nariz ao estilo. Mesmo se o estilo é adoptado logo que as coisas estão mais seguras. O que me canso de questionar é se ninguém desconfiava de nada do que se passava, pronto, ao lado. Achavam mesmo que era tudo normal que chovia ouro que dava para salpicar com tantos favores. Pois… apontar nomes e situações concretas é problemático, poderia criar mal estar entre colegas, levar a afastamentos e quem sou eu para saber exactamente quem, quando e como. Mas há tanto tempo que tanta gente se gabava de notoriamente estar a desfrutar acima das as possibilidades. Era só o Duarte Lima? A sério? Raios, eu que comprava tantos jornais em busca de informação… e ninguém sabia mais do qualquer comentador de café? E ainda me perguntam porque deixei um dos meus maiores prazeres/vícios… a compra diária ou semanal de papel impresso?
Como com o PS, andam agora muito apressados a denunciar o que já se sabe, sempre na esperança de – agitando uns quantos figurões – salvarem as tristes figurinhas que fizeram o cenário, o ambiente, o caldinho informativo de muitos anos (décadas?) de fretes ao serviço de poderes, dando a entender ao povinho muita mentira de forma voluntária, “plantada” progressivamente com menos decoro e subtileza.
Defendo uma “caça às bruxas”? Não, coitadas delas que não existem, apenas me interessaria saber qual era a corte dos agora demonizados. Porque eram muitos e andam a disfarçar… aposto memso que até já andam com tochas nos teclados, a ver se a cristandade nova lhes assenta bem. Não lhes desejo mal daqui para diante, apenas que saibamos o que fizeram em tantos verões e invernos passados.

Sábado, 3 de Maio de 2018
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