Ora bem… eu gosto de confessar o meu pessimismo. E gosto dele, tendo sido desenvolvido em contacto e intensa interacção com a realidade. Graças a ele, é muito raro desiludir-me, pois tenho expectativas baixas em relação aos que as pessoas (não comecem a generalizar para os alunos, são pessoas, certo, mas para mim estão à parte) e mesmo instituições são capazes de fazer. Porque é habitual que correspondam apenas a essas mesmas minhas baixas expectativas. Quando as superam fico satisfeito, até mesmo feliz por fazerem algo melhor do que o esperado. Ou seja, é difícil eu ficar mesmo desanimado. E, sendo pessimista, esforço-me sempre para que as coisas sejam melhores, pois não acredito que elas surjam assim, naturalmente.
Já quanto aos optimistas, conheço de vários géneros, mas predominam dois tipos:
a) O optimista que, quando algo que esperava correr bem acaba por correr mal, se interroga sobre o que se passou e procura processos para melhorar isso.
b) O pateta alegre que, quando algo corre mal, sorri e diz que para a próxima é que é e faz muito pouco ou nada para isso.
No caso do slide abaixo, que está incluído na mesma apresentação de que ontem extrai a abordagem holística, parece-me que é apenas uma abordagem redutora, simplista, talvez mesmo simplória, diria mesmo que mononível, da falsa oposição pessimismo/optimismo. Porque eu posso queixar-me do vento, mas saber ajustar as velas. Mais importante… é essencial SABER ajustar as velas e não apenas ter o potencial para isso.
Por outro lado… detesto que me digam que é impossível voltar atrás, por duas razões: 1) porque querem fazer exactamente isso… voltar atrás. 2) porque detesto pessoas que em nome da flexibilidade, tolerância e abertura de múltiplas possibilidades me apresentam impossibilidades.

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