As aprendizagens “essenciais” para HGP têm algumas curiosidades resultantes do esforço por cortar conteúdos, de modo a conseguir encaixá-los no tempo disponível para a disciplina. Ou seja, são “essenciais” porque não há tempo para mais. Mas há outro tipo de curiosidades, de tipo conceptual, ao tentarem encaixar o discurso na retórica do Perfil do Aluno. Só assim se entende a seguinte passagem, relativa à transição para as sociedades neolíticas (5º ano):
Eu leio isto e vou em busca das “noções de cidadania” no resto da lista de aprendizagens… numa perspectiva de longo prazo.
Mas não as acho, nem sequer em dois momentos (eu até já nem falo no caso da implantação da República) naturalmente essenciais para a criação e desenvolvimento de uma noção de cidadania e de cidadãos: instauração do regime liberal e da democracia. E acho estranho.
Então… não sabes que isso da cidadania já não tem nada a ver com a História? O “longo prazo” é na nova disciplina, a dos 25 minutos semanais…
Na mente tosca dos nossos visionários educativos, a História não serve para compreender o mundo; é só aquela coisa chata dos “conhecimentos enciclopédicos” e uma câmara de torturas que obriga os meninos a fazer coisas tão horríveis como ter de decorar datas…
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Já lá vão uns anos – não são poucos – que escrevo sobre a aversão à História ou mesmo à sua mera instrumentalização.
Um exemplo… há quase 12 anos:
https://educar.wordpress.com/2006/08/08/os-constritores-da-memoria/
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