Vamos ser claros: a Autonomia e Flexibilidade Curricular só faz sentido se não for obrigatória, formal ou informalmente, porque há muitas maneiras de dizer que as escolas são livres de decidir, mas depois discriminá-las em apoios. Eu até posso concordar em gerir mais de 25% do currículo e já escrevi isso mesmo. Só que não acho correcto querer impor-se isso a toda a força, em especial quando o processo está inquinado por coisas estranhas, como saber-se que as coisas não correm bem em várias escolas-piloto, mas as suas direcções aparecerem publicamente a dizer que está tudo bem. Ou anunciar-se um sucesso enorme da experiência, quando ele é aplicada apenas numa turma de cada ano inicial. Isso já se fazia com os PCA.
A Educação voltou a ser um campo de luta ideológica e política? A verdade é que nunca deixou de o ser. Mas neste mandato volta a notar-se aquela deriva a que o PS já nos habituou quando quer usá-la como arma de arremesso político. Foi assim, em modo suave, com a paixão de Guterres (que deu espaço à primeira fase de “gestão flexível do currículo” que fracassou), e em modo agressivo com Sócrates e a sua pretensa política de modernização que deu mais jeito aos empreendedores do que à maioria dos alunos, com a Parque Escolar a criar uma primeira divisão de escolas, enquanto as restantes continuaram a debater-se com a falta de migalhas para reparações menores.
A “politização” das medidas educativas é uma evidência e o que eu estranho em alguns momentos é o “unanimismo” com que se tentam apresentar certas mudanças.
O Conselho de Escolas dividiu-se no seu parecer e expressou isso. Acaso, Filinto, a ANDAEP se reuniu e tomou posição formal sobre o assunto? E quantos participaram nessa decisão de criticar o parecer “politizado” do Conselho de Escolas? Acaso, Filinto, a adesão de alguns directores a esta medida não é, em si mesma, uma decisão igualmente “política” e táctica?
Até porque, relembremos as tuas afirmações há apenas mês e meio:
E um mês antes tinhas declarado o seguinte:
Explica-me no que é que o parecer do Conselho de Escolas difere do que afirmaste nos últimos meses…
Vou ser conspirativo: em Gaia percebe-se uma espécie de sagrada aliança socialista em redor de todas as políticas educativas do Governo, incluindo a questão da municipalização.
Então dr Filinto, queixa-se de os diretores não terem sido ouvidos!
Por que não se queixa de ser eleito por uma dezena de amigos ( interessados ou interesseiros…)…
Nunca o ouvi pedir que os professores fossem “ouvidos” na eleição dos diretores.
Nunca o ouvi pedir democracia nas escolas…
Nunca deve ter ouvido falar de coerência.
Por que não te calas?
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Este diretor é um capachinho que o governo usa para bater nos professores e agora nos colegas diretores. Quando não precisarem dele usam-no de alimpadura.
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Presidente de uma associação de diretores, que diz mal de diretores…é cão que não conhece o dono.
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Ele lá sabe…
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