… ocorre quando as pessoas deixam de sentir (ou nem chegam a sentir) a escola como um espaço seu, o qual não se preocupam em defender e preservar. E não falo dos alunos. Falo quando os “pessoais” começam a encarar isto apenas como o sítio onde se vem justificar o recibo mirrado de final do mês. Sim, é uma estratégia de sobrevivência individual natural, mas, a curto ou médio prazo, acaba por provocar a quase extinção comum.
Cada vez mais ,Paulo. Aliás, acho muito sintomático a quantidade de professores que estão a concorrer no concurso interno na 1ª prioridade. Estamos a falar de colegas com muito tempo de serviço, que supostamente já teriam criado “raizes” numa escola que considerariam como a “sua” segunda casa, o que não acontece.
Nos últimos concursos na minha escolas só entraram colegas à volta dos sessenta. Vêm dar novo fôlego à escola, rejuvenescimento, apesar da idade? Nada disso. Vêm desencantados, esmorecidos, cansados. Nem se identificavam com a escola anterior, nem se identificam com esta. Estão prontos a sair. Estão a concorrer outra vez. E vão continuar a concorrer, até esgotarem forças. E a escola? Qual escola? As escolas transformaram-se em fábricas de qualquer coisa, que já ninguém sabe o que é. Alguém está preocupado? Não. Quem está, está, quem não está, não faz falta. É mais um número.
No últimos anos saíram da minha escola pessoas (professores e funcionários) que lhe deram os melhores anos das suas vidas: 20, 30, 40 anos de serviço. Alguém agradeceu? Nada. Rei morto, rei posto, quando há (funcionários em contratos a prestações; professores contratados em contratos a prestações, que estão uns tempos e depois vão embora). Os alunos? Umas vezes têm nota, outras não. Não faz mal. Até agradecem. Ficam só com a nota de dois períodos e se for negativa melhor ainda: passa logo a 10, que é para ninguém ficar prejudicado. É o rigor no seu melhor.
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Estive a ver no meu grupo… hã pessoal com 60 anos a querer mudar… com 30 e mais anos de serviço.
Para onde?
O ar está mais respirável em quantas aldeias gaulesas?
Eu ainda respiro bem, mas… vem aí muita coisa…
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Felizmente já estou fora do filme. Mas, fico estupefacto quando vou ao Blog do Arlindo. Vejo os “nervos” pelos #s dos colegas candidatos a este concurso nacional. Enorme confusão ( integração de candidatos vindos do privado,etc ,ultrapassagens pela dta e esq. ) só pode ser um horror. Colegas com dezenas de anos de serviço (contratados ) que desesperam para conseguir vincular. Vincular num QZP que lhes permitirá trabalhar …( pode ser Setúbal, Lx, Cascais ,Sintra, Caldas Rainha,Amadora ,etc -QZP7). Acho isto tudo inacreditável. Tudo isto é péssimo para o normal funcionamento das escolas.Que falta faz o chamado ” amor à camisola “, a integração dos novos,etc. Voltar a ouvir dizer ; A Minha Escola !
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Os tempos que correm não está propício a professores criativos. São um empecilho para direções musculadas ou a sindicatos.
https://duilios.wordpress.com/2018/05/30/opiniao-de-carlos-santos/
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“Direções musculadas”, que simpático…!!!!!!
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Direções estúpidas, retrogradas, isso sim. Que nada percebem de pedagogia. Que nada percebem de gestão de recursos humanos. Que nada percebem de psicologia das organizações. Que só estão lá para ganhar o subsídiozito e vergar a espinha ao que ainda resta do MEC, outros tantos como eles. Espécie atrai espécie.
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Obrigada por espelharem aquilo que sinto. Não concorri, pois concluí que me iria arrastar para outra escola. Quem nos salva desta gente?
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A passagem de Conselho Executivo para Direção, de Escolas para Agrupamentos, do não letivo como sendo letivo , das “não barreiras” nas passagens de escalões para “barreiras e a diminuiçao do poder de compra minou a escola à fartazana.
Onde estiveram os sindicatos nestes 11 anos?
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Este “clima” ainda é o menos mau.
Daqui a um par de anos quando os estacionados nos 4º e 6º escalões concluirem que ficarão por aqui eternamente e ,por outro lado, serem ultrapassados pelos bem relacionados com as Direções. Então,sentiremos olhares cheios de revolta e desabafos contundentes…
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Daqui a um par de anos? Em que país vive, colega? Isso já acontece há muito! Na minha escola houve muitas progressões com água benta aquando da transição de estrutura de carreira e aquando da aquisição de supostos graus. Precisamente por aqueles “bem relacionados” com as direções…
Que não tenham ilusões. Tudo é possível, porque é tudo feito entre portas, sem conhecimento ou fiscalização, nem do MEC, nem da inspeção. Fecham os olhos, passam uns anos e… fait accompli! Quem vem atrás e dá pelo erro fica de boca calada. Dá muito trabalho, muita chatice, corrigir a coisa. Depois, deixa ficar mal quem autorizou a coisa, voluntária ou involuntariamente, por negligência ou incompetência. Tá-se. Prescreveu, prontos. E assim acontecem as ultrapassagens. Uma vergonha.
Aconteceu com frequência de mestrados e doutoramentos incompletos, sem grau e voltou a acontecer em 2010 com a mudança na estrutura da carreira ao abrigo do regime especial em que umas escolas descontaram o período congelado e outras não. Como tudo se passa dentro de portas da escola, o MEC nem sonha. Uma alegria.
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Colega, como diz e bem ,as situações ( os supostos graus) que descreve são,nesse momento,um segredo para a grande maioria dos colegas.
No entanto,aquelas que eu indico serão do conhecimento geral da escola e,por isso, mais facilmente identificáveis. Capice?
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O bloqueio nos 4º e 6º escalões deveria ser uma das lutas prioritárias dos sindicatos TODOS os anos.
É uma afronta para todos. Para quem lá está e para quem progrediu sem esses mesmos bloqueios.
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Também concordo com o colega. Mas,infelizmente,a maioria dos colegas ainda não percebeu o verdadeiro sentido do congelamento eterno… Enfim
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