Não terá sido por acaso que a tese do Valter Lemos é sobre a relação da OCDE com as políticas educativas nacionais (em especial com o PS no Governo). Depois de uma pré-avaliação ao PAF(C) em que uma alargada delegação visitou 9 escolas em volta de Lisboa (8 favoráveis ao projecto) e da visita de 8 alunos a Paris, conduzida pelo SE Costa, para um almoço de trabalho com o especialista Andreas Schleicher, com cobertura ao que parece em convite exclusivo a uma televisão, com um aluno a debitar uma espécie de guião pré-formatado, sobram poucas possibilidades de acharmos que alguma coisa é feita com um mínimo de seriedade em tudo isto.
No passado, em algumas consultas públicas acerca de mudanças curriculares ou com relevo para a vida das escolas, ainda se conheciam- os contributos enviados. Agora, apenas se conhecem dois ou três se as organizações em causa as conseguirem (ou tiverem interesse) em disponibilizar para o público. O resto fica em arquivo, não sabendo nós se servem para alguma coisa (se forem contra as medidas propostas, mesmo que tenham divulgação, não contam, como um recente parecer do Conselho de Escolas completamente atropelado, apesar de sensato).
Veja-se o caso das “aprendizagens essenciais”… alguém conhece alguma posição pública oficial sobre o tema? O prazo anunciado para os contributos era dia 4 (parece uma espécie de dia fetiche), 2ª feira, mas o que lá se consegue encontrar hoje já é apenas isto: