O Medina e o César a dizerem que queremos retroactivos? Estão assim tão mal informados ou são apenas mentirosos? Até que ponto vai descer a argumentação? Ao que parece foi dito à Fenprof que ou fazia uma contra-proposta descendo dos 9.4.2 ou então não havia mais amesendações com pizzas para ninguém.
As listas elaboradas pelo IGeFE para cabimentação das progressões dos docentes permitem que aposentados, falecidos, já progredidos, subam outra vez…
Eu estou cansado de dizer que se for 250 milhões até é capaz de ser muito… e posso explicar porquê. Porque se fosse verdade cada professor em situação de progredir ganharia mais 500 a 600 euros por mês… que, como sabemos, é o que passamos a ganhar mais com a subida de um par de escalões… é só multiplicar os 9,5 euros que passei a receber mais com a subida ao 6º escalão.
Garanto que ninguém foi apanhado mais de surpresa do que eu, em especial quando ainda às 21.24 me chegava um sms da produção a confirmar que a questão da “negociação governo/professores” era para ser abordada. Em nenhum momento, antes de me sentar, me foi dito que o tema central eram os resultados das provas de aferição.
Dito isto, dei a cambalhota possível, depois de ter estado a ouvir os tacticismos do José Manuel Fernandes e antes de um tipo que desconheço estar a falar como se percebesse das motivações de alunos do 2º ano.
Agora é esperar que o artigo de amanhã no Público não apareça a falar de espargatas.
Porque isso é questão menoríssima quando o que está na ordem do dia é papaguearem todos o mesmo guião.
Se não tiver um furo a caminho, estarei uns minutos hoje na RTP3, pelas 21.30 a tentar desmontar algumas falácias argumentativas e números inflaccionados que andam a ser usados pelo actual PM e todos aqueles que querem manter uma guerra com os professores, como se esse fosse o sinal de “firmeza” que seduz o eleitorado do amorfo centrão.
Certamente que não terei por lá gente ao nível governamental. A sério que me divertiria ver lá o deputado silva, porfírio de sua graça para explicar porque assina umas coisas a dizer x e depois aparece a defender y poucos meses depois, como aqueles homens para todas as estações desde que seja verão no nabal.
Serão mesmo apenas alguns minutos, pelo que será mesmo na base do “essencial”. Como espero que seja a ILC. Batam-me devagarinho se me esquecer de alguma coisa mesmo, mesmo importante. Porque para as apenas importantes quase certamente não haverá tempo.
Por exemplo:
Para efeitos de análise do tubérculo:
Só para complementar… nas carreiras gerais, um Excelente dá 6 pontos e o Muito Bom dá 4, o Bom dá 2. Para subir de posição remuneratória chegam 10 pontos. O que significa que se pode subir de posição em 2-3 anos, enquanto 9 dos 10 escalões da carreira docente são de 4 ou mais anos de permanência obrigatória, mesmo com Excelente todos os anos.
Parece que é a isto que alguns inteligentes chamam progredir três vezes mais depressa. Sim sei que há quotas e chefias chatas em todos os lados.
E que revelaria lucidez, humildade e sentido estratégico, perante o bloqueio negocial, seria a alteração de posição de alguns sindicatos em relação à Iniciativa Legislativa de Cidadãos para recuperar o tempo de serviço docente. Afinal, mesmo fora do Parlamento, sem qualquer iniciativa, o Governo ameaçou com um rotundo ZERO. Afinal, o grande “perigo” de isto ser debatido no parlamento em forma de proposta de Lei foi acenado de forma precipitada e a verdade que foi a estratégia negocial “responsável” que conduziu ao bloqueio total.
Não seria boa ideia, rever o caminho, apoiar a ILC e forçar uma clarificação na Assembleia da República, em que cada deputado seria confrontado com a sua (in)coerência em relação a posições e assinaturas recentes?
Pensem nisso. Esqueçam lá o orgulho por um momento e pensem no que é verdadeiramente melhor para a classe docente e não para esta ou aquela organização. Há tempo. Falta mais de um mês e pouco mais de 5000 assinaturas. Mais valia chegarmos lá todos juntos…
Em fazer textos a desmentir afirmações de articulistas ou opinadores da nossa triste praça mediática baseadas em números que são falsos ou truncados pela propaganda governamental. A progressão dos professores custaria 600 milhões de euros todos os anos; os professores progridem mais depressa que os outros funcionários e tudo por aí abaixo. Se gente com acesso fácil a informação e educação/formação para perceber que não é assim insiste em falsear o que passa para a opinião pública, alguma razão terá. pelo que dificilmente mudará de argumentos, por muioto que se lhes enfie pelos olhos que não é verdade o que dizem ou escrevem. Fiquem, pois, a latir sozinhos no seu próprio labirinto.
O Meu Quintal 