Caro João Miguel, Acreditas em Grufalões e Bizarrocos?

É que essa história de “progressões automáticas” só por causa do tempo de serviço – não sei se és dos tempos das diuturnidades, mas eu ainda me lembro – não existem na carreira docente. Já sei… vais dizer que os relatórios que fazemos e que são avaliados todos os anos são uma treta (é capaz de isso ser verdade), que as acções de formação não servem para nada (depende, eu só faço as estritamente necessárias, mas que me sirvam para aprender alguma coisa e há algumas assim que escapam à formatação do ME para flexibilidadces e inclusões) e que as quotas para a progressão em três escalões são uma mentira (olha que não, olha que não… este ano as do 2º e 4º escalão foram mais magras que uma criança subnutrida do sudão do sul, passe-se a comparação politicamente incorrecta).

Já sei que te informaste – afinal, não és o mst que tudo escreve nada sabendo, até porque se fosses nem escrevia isto e levava a caravana sem parar – mas acredita que te informaste pela metade, junto do pessoal do costume e aproveitaste para repetir o velho estribilho da “progressão sem mérito”. Mas… se os resultados dos alunos portugueses melhoraram de forma consistente nos testes internacionais na última década, quem achas que teve o “mérito” de os ensinar? O Crato, o Tiago, a MLR?

Vá lá… dá um passo em frente e ousa ir além das tertúlias do costume e pergunta quanto é que um tipo ganha em anos de carreira por fazer um doutoramento (numa universidade decente) enquanto dá aulas ou quantos anos temos estado parados no mesmo escalão, com ou sem mérito.

Todos conhecemos maus professores. Até eu que dizem que os defendo de tudo e mais alguma coisa. Mas fazer disso argumento de vida como se fosse a regra é capaz de ser um bocadito exagerado.

Um gajo tem de escrever todos os dias, mas não precisa riscar o vinil (mesmo estando de novo na moda).

Muit’agradecido.

Beaker-Bunsen

9 opiniões sobre “Caro João Miguel, Acreditas em Grufalões e Bizarrocos?

  1. E só mais uma coisinha :há maus professores, pois há! E, agora pergunto, para que servem os diretores e afins, se preferem não incomodar ninguém, em vez de, chamar à pega quem deve ser chamado e não andarmos todos a ser tomados pelo que só alguns fazem? Querem diretores só para abanarem a cabeça e a patinha como os decors da canção israelita!?

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  2. Não faz jornalismo de investigação. Umas “crónicas”, ou seja, lança bitaites, segue paragonas. Continua como boneco colado aos gatos fedorentos, pelo que de jornalista tem muito pouco.

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