Agora é a ameaça – em nome de uma mítica “equidade” que nunca se aplica a outras situações e que é teorizada por Paulo Trigo Pereira (no Observador, claro) de um modo “técnico” mas tão labiríntico que induz uma narcolepsia fulminante – de aumentar os escalões da carreira docente para 7 anos em vez dos 4 actuais.
Ora bem: se acabarem com o sistema de quotas e nos devolverem os 9.4.2, a mim tanto se me faz.
Explico: cheguei com 53 anos ao 6º escalão. Mesmo que ultrapasse as quotas de acesso ao 7º escalão, chegarei ao 9º escalão na melhor das hipóteses aos 65 anos e nunca atingirei o nirvana celestial do 10º. Se me devolverem o tempo de serviço que querem apagar, passarei para o 3º ano do 8º escalão e poderei chegar ao 9º com 61-62 anos.
Portanto, por mim… se for essa a contrapartida, nada tenho a perder, vejam lá.
Portanto: acabem com as quotas e devolvam o tempo de serviço que até posso trocar umas ideias sobre esse assunto.
Só que – exactamente por questões de “justiça” e “equidade” não definidas por conveniências político-partidárias circunstanciais – acho que essa solução é apenas uma vingança política servida com a raiva e a bílis contida em algum PS desde a perda da maioria do “engenheiro” (aquele que só abjuraram à força, depois de durante anos terem ignorado tudo o que se passava mesmo à frente dos olhos de todos).
Há quem, estando no 1º e 2º escalão com 40 anos e mais, tenha de viver até aos 100-110 anos para chegar ao 10º escalão, em nome da “justiça” e da “equidade”. Mas esse é o sonho que anima o PS na Educação desde que em 2005 a “reitora” encomendou ao seu mentor académico o estudo sobre a forma como destruir a carreira docente. E estes são os seus herdeiros, sendo que o Tiago passa por ser ministro, mas, em boa verdade, é outra coisa.
(penso que de todas as múmias políticas falantes, só nos falta aparecerem o assis e o cavaco a escrever ou falar sobre os professores…)
1. Quando não se realize uma reunião do conselho de turma para efeitos de avaliação por motivo de ausência de um ou mais professores, a segunda reunião deve ser convocada, pelo diretor / presidente de CAP do AE / ENA, para o dia seguinte, nos termos do artigo 23.º, n.º 7, do Despacho Normativo n.º 1-F/2016, de 5 de abril, e do artigo 19.º, n.º 3, da Portaria n.º 243/2012, de 10 de agosto.
2. Na segunda reunião, se ainda não estiverem todos os professores presentes, o diretor / presidente de CAP do AE / ENA convoca uma nova reunião para o dia seguinte.
3. Para a terceira reunião, o diretor de turma (ou quem o substitua) deve recolher antecipadamente todos os elementos referentes à avaliação de cada aluno fornecidos por todos os professores, nos termos do artigo 23.º, n.º 8, do Despacho Normativo n.º 1-F/2016, de 5 de abril, e do artigo 19.º, n.º 4, da Portaria n.º 243/2012, de 10 de agosto.
4. Incidindo os pré-avisos de greve apenas sobre as reuniões de conselho de turma, os mesmos não afastam nem o dever de recolher, nem o dever de facultar os elementos referidos no ponto anterior.
5. Quando esteja ausente o diretor de turma, o mesmo deve ser substituído nos termos do regimento aplicável de cada AE / ENA ou, caso tal não esteja previsto ou não seja possível, pelo professor mais antigo presente no conselho de turma, de acordo com o disposto no artigo 22.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 4/2015, de 7 de janeiro.
6. No 1.º ciclo, na impossibilidade de reunir o conselho de docentes, a avaliação é atribuída apenas pelo professor titular da turma, uma vez que aquele órgão tem natureza meramente consultiva, nos termos do artigo 22.º do Despacho Normativo n.º 1-F/2016, de 5 de abril.
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Provas e exames nacionais
7. Os alunos cujas avaliações internas não tenham sido ainda formalmente atribuídas à data em que os exames e outras provas nacionais se devam realizar são admitidos condicionalmente às mesmas, nos termos do artigo 20.º, n.º 10, do Regulamento das Provas de Avaliação Externa e das Provas de Equivalência à Frequência dos Ensinos Básicos e Secundário, aprovado pelo Despacho Normativo n.º 4-A/2018, de 14 de fevereiro.
Renovações de matrícula e constituição de turmas
8. As turmas devem ser constituídas e lançadas na SINAGET, de acordo com o calendário que resulta do Despacho n.º 6/2018, de 12 de abril, tendo em conta as matrículas e as renovações de matrícula existentes em cada AE / ENA e de acordo com o número de turmas que foi atribuído em rede ao respetivo AE / ENA.
Lisboa, 11 de junho de 2018
A Diretora-Geral dos Estabelecimentos Escolares
Maria Manuela Pastor Faria
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Então solução é fazermos todos greve a partir da terceira? E as notas que têm de ser votadas?
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O que devemos fazer?
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Greve rotativa até à terceira e depois generalizada, de forma a não se perceber quem poderá substituir o DT.
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Então para que é que se fazem as reuniões?
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Olha… tanta importância para a reuniões, para faltar é preciso pedir ao Papa e agora…
Reuniao de Avaliação ate pode ser feita por Skype.
Acho que devemos mudar as burocracias das reuniões para sempre.
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E quem tem 20 anos de serviço, mais de 40 de idade e está no 1º escalão? Eu também estou no 6º e sei que nunca chegarei muito mais longe, . Penso que é essa a ideia dessa gente. A educação sempre teve umas coisas esquisitas: eu ainda fui efectiva-provisória.
Os titulares, o acesso aos 5º e 7º. e agora uma versão 3 do mesmo. Ou não percebem que a MLR continua “alive and kicking? Não votarei nestes nem naqueles. Em ninguém. Pela parte que me toca, a maioria absoluta será miragem ad eternum. É tudo “gente da mesma laia”: sem palavra, sem honra, sem decência. Só lamento que alguns de nós os tenham ensinado a ler. Ainda que mal. Às vezes, mesmo com toda a flexibilização, há gente que não aprende. E ainda queriam que fôssemos avaliados pelos resultados! Livra!
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Se não votares em ninguém, ontem voto não é contabilizado. Pode existir uma maioria mesmo se não votares. Só se votares em outro é que este não tem maioria. Lamento.
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Ontem= o teu
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Já não há males menores. Os males são todos maiores.
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‘Ora bem: se acabarem com o sistema de quotas e nos devolverem os 9.4.2, a mim tanto se me faz.’
Concordo em absoluto!
E todos os que equacionarem o que (não) temos e o que poderemos vir a ter concordarão também.
Grata, Paulo, pela lucidez da sua perspectiva.
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” Vocês querem 9 anos, não é? Peguem dá 2 anos e 9 meses em 2019 ( ou não) e os outros 7 ficam na permanência para a transição para os novos escalões. Se os escalões tiverem ou 7 ou 10 anos, façam as contas e ficam a zero. ” Um congelamento pós-modernista.
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A mim chegava-me poder deixar esta loucura de ministério em 2 anos , não seria pedir muito. Anda tudo no privado em pré-reforma aos 58 com boas rescisões e eu só peço a reforma aos 40 anos de serviço.
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(penso que de todas as múmias políticas falantes, só nos falta aparecerem o assis e o cavaco a escrever ou falar sobre os professores…)
Adorei…
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