“Posso dizer que essa nota está já em apreciação nos nossos advogados, essa nota irá merecer uma queixa na Inspeção-Geral de Educação e Ciência (IGEC), amanhã [terça-feira] mesmo já será concretizada, mas também junto do Ministério Público. E no plano político iremos enviar a nossa posição para todos os grupos parlamentares, porque o que está aqui a ser feito é ilegal”,disse Mário Nogueira.
O Governo, pela esquerda baixa da DGEstE, cometeu um enorme erro táctico a vários níveis. Espero que a Fenprof perceba isso e ao seja preciso muito tempo para os advogados reagirem do ponto de vista jurídico.
A outro nível, ainda é muito cedo para explicar porque esta Nota Informativa foi um enorme tiro no pé da tropa fandanga do ME que parece ter feito renascer tudo o que de pior teve o socratismo-rodriguismo, incluindo o galamba mais novo a escrever como antigamente, depois de receber a cartilha da central de informação e propaganda.
Um texto bom para quem não tem paciência para procurar:
https://www.fenprof.pt/?aba=27&mid=115&cat=391&doc=11499
Sobre a ideia que se “agiganta” sobre a revisão da carreira docente, depois dos privilégios, do automatismo, dos méritos, e tudo o mais:
“A INTENÇÃO DE REVER A CARREIRA DOCENTE
São absolutamente falsas afirmações como a de que os professores exigem o pagamento de retroativos ou que progridem de 4 em 4 anos ou, ainda, que têm uma carreira melhor que outros trabalhadores. É verdade que, por norma, ganham mais que uma empregada de limpeza, o que parece cair mal a Miguel Sousa Tavares. Mas há professores nas AEC que ganham o mesmo que ou até abaixo dessa trabalhadora. Por outro lado, nenhum professor ganha como Miguel Sousa Tavares nem se comporta como ele. Estas mentiras têm, no entanto, um objetivo, que é o de rever a carreira docente.
É neste quadro que já se ouve dizer – e quem o afirma são dirigentes do partido do governo, governantes e alguns comentadores – que é necessário rever a carreira docente. Não, a carreira docente não precisa de ser revista, precisa de ser respeitada e é por isso que lutam os professores. O custo da carreira docente não resulta de qualquer situação de privilégio em que se encontram os professores, resulta do facto de serem muitos. Mais de 130.000, que são necessários ao país e que continuarão a defender um Estatuto que muito custou a obter, só o conseguindo 15 anos depois do 25 de Abril de 1974. Não faltaram, desde 1990, tentativas de o destruir, mas os professores nunca deixaram que isso acontecesse. Assim continuará a ser.”
(retirado do texto acima referido)
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