… independentemente das dúvidas quanto aos motivos, o desenfreado ataque do PCP (a ecoar o da Fenprof há perto de dois meses) à ILC e, muito em especial, o lançamento de nuvens de suspeição sobre a sua origem e os propósitos da sua comissão original. Perante as acusações veladas que são lançadas está alguém dentro do PCP interessado em apresentar provas ou farão como o “vargasdoboné” dos tempos do Umbigo (agora instalado, enquanto lutador aposentado em bom tempo, no faceprof) e limitar-se-ão a fazer alusões vagas, de uma forma hábil que pode ser sempre apenas uma “dúvida” e não mais do que isso? Irão concretizar o que (não) sabem sobre os promotores da ILC e sobre as suas “tenebrosas” ligações?
Porque mente o PCP, independentemente das dúvidas quanto à sua eventual falta de informação, em coisa tão facilmente verificáveis? Que “lei” está no OE para 2018 que prevê a recuperação do tempo de serviço docente? O artigo 19º diz outra coisa, completamente vaga.

Está o PCP, independentemente das dúvidas quanto às suas motivações, a servir objectivamente como muralha d’aço do governo e do PS nesta matéria?
Está, o PCP, independentemente das dúvidas quanto à sua estratégia de alianças a curto ou médio prazo, a servir de agente provocador para que o pessoal da ILC se concentre neste tipo de ataques e descure os seus objectivos?
Sendo o PCP um partido com paredes de vidro, independentemente das dúvidas quanto ao que o move neste particular, gostava que não usassem cortinas de fumo, com comunicados do “colectivo”, em que ninguém se responsabiliza por dar a cara no “combate” contra quem sempre a deu, não receia as alusões maldosas e quando faz ataques não se refugia em gabinetes de imprensa ou centrais de comunicação como a do “outro lado das notícias”.
A iniciativa ganhou projecção mediática nos últimos dias, depois de ter atingido as 20 mil assinaturas necessárias para que seja discutida pela Assembleia da República. Entre os promotores contam-se Luís Braga, o professor que mais tem dado a cara na comunicação social, e Paulo Guinote, que, para além do lugar cativo no Público, tentou desmobilizar os professores da manifestação nacional, em entrevista ao Diário de Notícias.
(a entrevista está aqui para quem quiser ler, mantendo tudo o que nela afirmei; quanto ao “lugar cativo” no Público, onde voltei a escrever após quase dois anos de interregno, teria a acrescentar que escrevo também com muito orgulho no Jornal de Letras, mas não sou colunista residente de prosas breves no Correio da Manhã)
Gostaria que percebessem uma coisa… no meu caso, desde que me meti nestas confusões, sempre disse que no dia 1 de Setembro seguinte estaria na minha escola e sempre o cumpri. Ao contrário de gente que, independentemente das razões quanto às origens da sua desafeição em relação ao quotidiano escolar, fica tosquiada num curto parágrafo, porque já se esqueceu de ser professor e não passa de um operacional político, um sindicalista vitalício.
Com eleições na Fenprof marcadas para 2019, sobre um eventual abandono, Mário Nogueira, de 60 anos, afirma apenas que ainda pensa voltar a dar aulas. Di-lo sem grande convicção, o que nele é uma raridade.
Está o PCP, independentemente das dúvidas quanto às razões, consciente da impopularidade de certos “representantes” nas salas de professores deste país?
Já agora, acham mesmo que é atacando-me política ou pessoalmente que ganham alguma coisa?

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