É simples, parece que tem potencial de eficácia, mas se lhes correr mal os efeitos poderão ser tão maus como há perto de uma década.
Fundamentalmente aposta em:;
- Ignorar a greve no Ensino Básico e fazê-la prolongar até um ponto em que acha que a opinião pública (diferente de publicada) se virará contra os professores, com o apoio de organizações como a sempre prestimosa Conmfap, acabando a greve por perder mobilização.
- Apostar no argumentário da “equidade e justiça” para parecer que os professores estão a pedir algo irrazoável.
- Arranjar alguns truques jurídicos para assegurar que o acesso ao Ensino Superior é assegurado.
Enquanto isso… o ministro ausenta-se e deixa o SE Costa em operações de “charme” de proximidade com os directores e a SE Leitão com a missão do “combate político” público (afinal, foi para isso que a promoveram no PS).
Perante isso, é interessante ler este fact-check para se perceber melhor como o PS conseguiu envolver os parceiros da geringonça num palavreado que nada contém de concreto, ao contrário do alguns tentam afirmar. Veja-se, por exemplo, sobre a tal resolução 1/2018:
António Costa respondeu da seguinte forma: “Não confundimos uma resolução aprovada por iniciativa dos Verdes, que é uma recomendação ao Governo, com aquilo que consta da lei do Orçamento do Estado“. Quando fala “na iniciativa dos Verdes”, Costa tenta tirar força ao fator mais importante dessa resolução: foi aprovada pelo PS. O primeiro-ministro é aqui habilidoso na mensagem que transmite: o Executivo não responde por aquilo que o PS aprova no Parlamento.