A Estratégia Governamental

É simples, parece que tem potencial de eficácia, mas se lhes correr mal os efeitos poderão ser tão maus como há perto de uma década.

Fundamentalmente aposta em:;

  • Ignorar a greve no Ensino Básico e fazê-la prolongar até um ponto em que acha que a opinião pública (diferente de publicada) se virará contra os professores, com o apoio de organizações como a sempre prestimosa Conmfap, acabando a greve por perder mobilização.
  • Apostar no argumentário da “equidade e justiça” para parecer que os professores estão a pedir algo irrazoável.
  • Arranjar alguns truques jurídicos para assegurar que o acesso ao Ensino Superior é assegurado.

Enquanto isso… o ministro ausenta-se e deixa o SE Costa em operações de “charme” de proximidade com os directores e a SE Leitão com a missão do “combate político” público (afinal, foi para isso que a promoveram no PS).

Perante isso, é interessante ler este fact-check para se perceber melhor como o PS conseguiu envolver os parceiros da geringonça num palavreado que nada contém de concreto, ao contrário do alguns tentam afirmar. Veja-se, por exemplo, sobre a tal resolução 1/2018:

António Costa respondeu da seguinte forma: “Não confundimos uma resolução aprovada por iniciativa dos Verdes, que é uma recomendação ao Governo, com aquilo que consta da lei do Orçamento do Estado“. Quando fala “na iniciativa dos Verdes”, Costa tenta tirar força ao fator mais importante dessa resolução: foi aprovada pelo PS. O primeiro-ministro é aqui habilidoso na mensagem que transmite: o Executivo não responde por aquilo que o PS aprova no Parlamento.

contorcionismo

 

13 opiniões sobre “A Estratégia Governamental

  1. A teoria agora, até da Sra. Manuel Ferreira Leite, é de que se repuserem aos professores terão que repor a todos os outros funcionários… então mas não repuseram já a parte dos funcionários públicos? Quando lhes deram os pontos do tempo congelado pensaram que os professores, polícias, etc, iriam ficar indiferentes? Esta gente está a falar para idiotas e não há contraditório.

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  2. Não há dinheiro para os professores, mas há para enterrar mais de 800 milhões no novo banco. Há pouco ouvia aquele comentador de economia da antena 1, Nicolau Santos, para aí já não faz mal enterrar dinheiro. Engraçado, o tal comentador sempre tão preocupado com as contas e as derrapagens nem uma palavra crítica sobre isto. Vergonha

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  3. O tempo corre contra os professores. Daqui a umas semanas grande parte dos grevistas estará a pensar nas suas férias em contraponto com o efeito nulo das suas ações.
    Espero eu que,mais uma vez,esteja muito errado.

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      1. E lá continua você a meter-se na minha vida pessoal.

        Muito gosta certa gente de se meter na minha vida pessoal, de cidadã e por aí fora.

        Porque hoje o dia me correu bem, o que lhe vou doar é esta frase, abrindo uma excepçaõ – a de não me meter na sua vida. Mas, caramba, uma mulher não é de ferro:

        “Safoda esta merda! Porque é que você não foi para stripper?!”

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  4. Mais, a sua intervenção inteligente e/ou curiosa teria sido o questionar o k faria então ao meu sb de férias.
    Mas como prefere ir pelo caminho mais infantil e cobarde, explico aos restantes membros do painel que estejam interessados:

    – apresentava-me na escola após as férias, fazia 1 m daquela conversa de chacha do costume e ….entrava de greve por 1 mês.

    Será que a fenprof pode decretar uma greve destas para mim?

    Mário Nogueira, se leres isto, faz-me o obséquio. Afinal há quase 40 anos que sou sindicalizada e ainda não rasguei o cartão nem irei rasgar.

    Sem serviços mínimos, colégios arbitrais, pontes, calhar em dia de teste, feira de Carcavelos, black Fridays, saldos de Verão, etc.

    Greve indeterminada, ligeiramente objectivada, sem perder de vista o algoritmo e o holístico.

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  5. Quiçá fará mais sentido no contexto do post e da situação que estamos a viver do que a “resposta” palerma que obtive sobre o “doar” o quê a quem.

    Já a gaita no enterro ….confesso que é um tema que não me desagrada esmiuçar.

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