21 opiniões sobre “Uma Ideia, Já Que Andamos Numa de Consultas”
e entretanto, as direções começam a marcar reuniões de trabalho para preparação do ano letivo com base nos decretos-lei publicados esta semana, dos famigerados flexibilidade curricular e educação inclusiva. Estando ainda em marcação de reuniões de avaliação até dia 13, não sei qual a motivação psicológica para trabalhar nessas reuniões…
Devem ficar assustados com tanta regalia observada no dia-a-dia e tão comentada por aí.
“Apenas 1,3% dos jovens admitem vir a ser professores
O que queres ser quando fores grande? A pergunta, não nestes termos exatos mas semelhantes, foi feita a alunos de 15 anos de todo o mundo nos testes PISA (Programme for International Student Assessment), a maior avaliação na área da Educação a nível internacional. Entre os jovens portugueses, só 1,3% responderam querer ser professores. Portugal é mesmo um dos países onde a profissão é menos ambicionada. Os jovens não a querem no futuro. E os que a exercem no presente também não estão satisfeitos. Quase metade está em estado “preocupante, crítico ou extremo de exaustão emocional” e mais de 80% querem reformar-se mais cedo, concluiu um inquérito a 15 mil professores divulgado ontem. Juntando os dois indicadores ao acentuado envelhecimento da classe, pode estar a formar-se uma tempestade perfeita, que deixará o país com escassez de docentes a médio prazo.” Expresso
Este é o argumento mais válido para desmontar a teoria dos privilégios dos professores. Os nossos alunos testemunham diariamente os nossos “privilégios”e, portanto, não os querem para eles! São mais inteligentes que os contratados para denegrir a imagem dos professores nas redes sociais.
Esta situação vai hipotecar o futuro do nosso país, pois quem forma todos os profissionais são os professores. E não vale a pena as elites pensarem que escapam a isso; a origem dos professores irá ser a mesma, quer se trate do ensino público, quer do privado.
Nao é por ai.
No pico da massificação do ensino, anos 80, chamaram todo o tipo de gente desempregada para o ensino.
Sabes bem disso.
Engenheiros, instrutores de ginástica, estudantes universitários, monitores, etc etc etc..
Mas os tempos são outros, Pretor, Os alunos já não são os mesmos, e ainda menos os pais e o ME o país é o mundo.
Muita gente, no pós 25 de Abril ,saiu por aí e participou nas campanhas de alfabetização, Está a ver alguém a fazer isso, hoje? Aliás, o que menos se quer é ser alfabetizado.
Eram tempos mais generosos, apesar do perigo das utopias.
Convenhamos, quem quer este pesadelo? Se exceptuarmos um ou outro momento onde ainda nos sentidos válidos, a nossa vida profissional é um horror.
Há muito silêncio, muita vergonha. Muitos colegas são diariamente humilhados, maltratados pelos seus alunos. E pelos pais destes e pelo ME. O sistema é tão perverso que destrói qualquer um. Os processos disciplinares que nunca conduzem a nada de substancial são um “Processo” kafkiano.
A impotência do professor é quase absoluta..
Do ” Hey, Teachers leave them kids alone” passamos ao ” Hey, Kids leave them teachers alone”
Tirem-me deste filme! Ou melhor, desta música.
Não entendo esta frase do referendo ” a todos os professores afectados”.
Não fomos todos afectados?
Ou, mais uma vez, estamos a dizer que os professores do topo da carreira não foram afectados e que não lhes “evaporizaram” a cerca de década de trabalho congelado.
Já agora, gostaria de ver outras perguntas, nomeadamente sobre os 2 DL saídos ontem na CS e o “novo” OAL.
Insisto que tem de se equacionar outros cenários no caso de não ser possível a recuperação de todo o tempo. Outro tipo de propostas como por exemplo:
– extinção das vagas para acesso aos 5º e 7º escalões (que será o aspeto mais determinante na progressão…);
– aumento anual do salário base equivalente à taxa de inflação, no minimo;
– extinguir a obrigatoriedade de registar no horário a componente não letiva do trabalho no estabelecimento;
– idade da aposentação, no máximo, aos 65 anos ou atingindo no minimo os 40 anos de serviço, sem penalização;
– redução da componente letiva para exercicio de cargos de coordenação pedagógica: 4 tempos letivos para a direção de turma (onde se inclui APDT e atendimento aos EE); até 2 tempos letivos nos outros cargos.
– bonificação na ADD ou em dias de férias, para quem é nomeado para correção de exames nacionais e/ou trabalho no secretariado de exames e/ou outros projetos extracurriculares;
– limite máximo de 4 turmas para lecionação;
Não recuperando os 9 anos, então todo o tempo não recuperado seria compensado com estas propostas.
Não é petulante, Pretor. É verdade. Eu sou do tempo em que os professores escolhiam o Conselho Directivo/ Executivo; e os Coordenadores. Havia democracia na escola, e muito trabalho por carolice. Não havia a treta da componente não lectiva, mas havia muitos projectos, muitos clubes. Ninguém pensava em MB e Excelentes. E tudo funcionava. E era sério. E era bom trabalhar. E havia muito trabalho colaborativo, mas não sabíamos que se chamava assim.
As pessoas, reformadas, iam à escola com regularidade, pois tinham saudades. Hoje, quem parte, desaparece.
É melhor hoje, Pretor?
Acha que é petulância?
Bom fim-de-semana!
100% de acordo, Maria!
Eu também sou desse tempo e revejo-me nas suas palavras. Quando inventaram a palavra projecto, nós já os fazíamos há séculos! Não precisávamos de nome para a coisa. Como diz, as coisas funcionavam bem, sem pretensões. Dava gosto criar clubes e fazer visitas de estudo, etc. Agora não. Perdeu-se tudo. A machadada decisiva foi de facto o novo regime de gestão das escolas. Anti-democrático e opressivo. As escolas passaram a aprender a melhor forma de matar o bom professor.
Dou aulas ha 25 anos, tb sou desse tempo.
A questão não é essa, a questão é a existência da tal necessidade ou não.
Quando existir necessidade de profs tudo fica igual aos anos 80, que remedio. Por isso acho que apesar de ser assunto do dia é mais uma “não questão”.
De maria para Maria : revejo-me na frase ” Hoje, quem parte, desaparece”. Frase reforçada com uma outra, abaixo , da autoria de Manuel:” As escolas passaram a encontrar a melhor forma de matar os bons professores”. Tremendo! É triste ,mas é verdade.
e entretanto, as direções começam a marcar reuniões de trabalho para preparação do ano letivo com base nos decretos-lei publicados esta semana, dos famigerados flexibilidade curricular e educação inclusiva. Estando ainda em marcação de reuniões de avaliação até dia 13, não sei qual a motivação psicológica para trabalhar nessas reuniões…
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Reuniões a que horas?Coincidentes com as reuniôes de avaliação?!!!
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não são coincidentes.
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… eu votei ” sim”, mas … que acordo? Vai haver um acordo?
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“Se…”
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… estava a ironizar, Paulo. ( Sorry, mas não acredito ) Mas se houvesse, duvido que os sindicatos ouvissem quem não é sindicalizado)
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Ficava melhor …” Qualquer acordo entre … ” , digo eu.
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Devem ficar assustados com tanta regalia observada no dia-a-dia e tão comentada por aí.
“Apenas 1,3% dos jovens admitem vir a ser professores
O que queres ser quando fores grande? A pergunta, não nestes termos exatos mas semelhantes, foi feita a alunos de 15 anos de todo o mundo nos testes PISA (Programme for International Student Assessment), a maior avaliação na área da Educação a nível internacional. Entre os jovens portugueses, só 1,3% responderam querer ser professores. Portugal é mesmo um dos países onde a profissão é menos ambicionada. Os jovens não a querem no futuro. E os que a exercem no presente também não estão satisfeitos. Quase metade está em estado “preocupante, crítico ou extremo de exaustão emocional” e mais de 80% querem reformar-se mais cedo, concluiu um inquérito a 15 mil professores divulgado ontem. Juntando os dois indicadores ao acentuado envelhecimento da classe, pode estar a formar-se uma tempestade perfeita, que deixará o país com escassez de docentes a médio prazo.” Expresso
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Este é o argumento mais válido para desmontar a teoria dos privilégios dos professores. Os nossos alunos testemunham diariamente os nossos “privilégios”e, portanto, não os querem para eles! São mais inteligentes que os contratados para denegrir a imagem dos professores nas redes sociais.
Esta situação vai hipotecar o futuro do nosso país, pois quem forma todos os profissionais são os professores. E não vale a pena as elites pensarem que escapam a isso; a origem dos professores irá ser a mesma, quer se trate do ensino público, quer do privado.
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Nao é por ai.
No pico da massificação do ensino, anos 80, chamaram todo o tipo de gente desempregada para o ensino.
Sabes bem disso.
Engenheiros, instrutores de ginástica, estudantes universitários, monitores, etc etc etc..
Nao é por ai.
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Mas os tempos são outros, Pretor, Os alunos já não são os mesmos, e ainda menos os pais e o ME o país é o mundo.
Muita gente, no pós 25 de Abril ,saiu por aí e participou nas campanhas de alfabetização, Está a ver alguém a fazer isso, hoje? Aliás, o que menos se quer é ser alfabetizado.
Eram tempos mais generosos, apesar do perigo das utopias.
Convenhamos, quem quer este pesadelo? Se exceptuarmos um ou outro momento onde ainda nos sentidos válidos, a nossa vida profissional é um horror.
Há muito silêncio, muita vergonha. Muitos colegas são diariamente humilhados, maltratados pelos seus alunos. E pelos pais destes e pelo ME. O sistema é tão perverso que destrói qualquer um. Os processos disciplinares que nunca conduzem a nada de substancial são um “Processo” kafkiano.
A impotência do professor é quase absoluta..
Do ” Hey, Teachers leave them kids alone” passamos ao ” Hey, Kids leave them teachers alone”
Tirem-me deste filme! Ou melhor, desta música.
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Fez um retrato perfeito do “meu estado de alma”. Eu, não pensava duas vezes.
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Os tempos são sempre outros e são sempre piores nas outras gerações. A nossa é que era boa. Nunca penso assim, é um pensamento demasiado petulante.
Sabes perfeitamente que quando ha necessidade tudo serve. Sempre foi e sera assim. Não te iludas que agora é diferente.
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Não entendo esta frase do referendo ” a todos os professores afectados”.
Não fomos todos afectados?
Ou, mais uma vez, estamos a dizer que os professores do topo da carreira não foram afectados e que não lhes “evaporizaram” a cerca de década de trabalho congelado.
Já agora, gostaria de ver outras perguntas, nomeadamente sobre os 2 DL saídos ontem na CS e o “novo” OAL.
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Desculpem, não é referendo. Enganei-me. É sondagem.
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Insisto que tem de se equacionar outros cenários no caso de não ser possível a recuperação de todo o tempo. Outro tipo de propostas como por exemplo:
– extinção das vagas para acesso aos 5º e 7º escalões (que será o aspeto mais determinante na progressão…);
– aumento anual do salário base equivalente à taxa de inflação, no minimo;
– extinguir a obrigatoriedade de registar no horário a componente não letiva do trabalho no estabelecimento;
– idade da aposentação, no máximo, aos 65 anos ou atingindo no minimo os 40 anos de serviço, sem penalização;
– redução da componente letiva para exercicio de cargos de coordenação pedagógica: 4 tempos letivos para a direção de turma (onde se inclui APDT e atendimento aos EE); até 2 tempos letivos nos outros cargos.
– bonificação na ADD ou em dias de férias, para quem é nomeado para correção de exames nacionais e/ou trabalho no secretariado de exames e/ou outros projetos extracurriculares;
– limite máximo de 4 turmas para lecionação;
Não recuperando os 9 anos, então todo o tempo não recuperado seria compensado com estas propostas.
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Não é petulante, Pretor. É verdade. Eu sou do tempo em que os professores escolhiam o Conselho Directivo/ Executivo; e os Coordenadores. Havia democracia na escola, e muito trabalho por carolice. Não havia a treta da componente não lectiva, mas havia muitos projectos, muitos clubes. Ninguém pensava em MB e Excelentes. E tudo funcionava. E era sério. E era bom trabalhar. E havia muito trabalho colaborativo, mas não sabíamos que se chamava assim.
As pessoas, reformadas, iam à escola com regularidade, pois tinham saudades. Hoje, quem parte, desaparece.
É melhor hoje, Pretor?
Acha que é petulância?
Bom fim-de-semana!
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100% de acordo, Maria!
Eu também sou desse tempo e revejo-me nas suas palavras. Quando inventaram a palavra projecto, nós já os fazíamos há séculos! Não precisávamos de nome para a coisa. Como diz, as coisas funcionavam bem, sem pretensões. Dava gosto criar clubes e fazer visitas de estudo, etc. Agora não. Perdeu-se tudo. A machadada decisiva foi de facto o novo regime de gestão das escolas. Anti-democrático e opressivo. As escolas passaram a aprender a melhor forma de matar o bom professor.
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Dou aulas ha 25 anos, tb sou desse tempo.
A questão não é essa, a questão é a existência da tal necessidade ou não.
Quando existir necessidade de profs tudo fica igual aos anos 80, que remedio. Por isso acho que apesar de ser assunto do dia é mais uma “não questão”.
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De maria para Maria : revejo-me na frase ” Hoje, quem parte, desaparece”. Frase reforçada com uma outra, abaixo , da autoria de Manuel:” As escolas passaram a encontrar a melhor forma de matar os bons professores”. Tremendo! É triste ,mas é verdade.
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Não consigo votar!
O “botão” circular roda sem parar.
Será só no meu computador?
Já tentei várias vezes e sem sucesso.
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