E Nasceu Mais Uma Comissão

Para estudar uma recuperação mais “alargada” do tempo de serviço. Fiquei muito mais descansado, porque sei como as comissões funcionam entre nós. Com jeitinho, reúnem-se trimestralmente para ver como vão andando os trabalhos. Tudo com muito boa vontade negocial e por forma a parecer que alguma coisa se passou e foi conseguida. A ser conseguida, nunca o será antes de decidir se o IP3 fica mais “estreito” ou se compram menos uma lancha para a Marinha. A reunião de hoje serviu para parecer que algo aconteceu. Em boa verdade, nada aconteceu. Está exactamente tudo na mesma. Imóvel, mas com a tal comissão que “irá calcular quanto custa afinal recuperar o tempo de serviço congelado”, o que para mim é estranho, a menos que as Finanças tenham concedido que andaram a baralhar as contas. Mas não penso que seja disso que se trata, mas apenas de uma jangada de salvação para os “parceiros negociais” não perderem a face, nem o Verão por chegar.

Pessoalmente, irei amanhã – contra o que tinha pensado – à minha escola levar a acta para que alguém faça a reunião que eu até pensava fazer, até saber que isto teve o desfecho esperado, sem sequer um pingo de imaginação. Não, não irei fazer greve até final do mês, porque em rigor não percebo porque, em coerência, o S.TO.P. marcou essa data e não um período indeterminado, visto que a 31 de Julho estará resolvido o mesmo que no dia 13. Nada. Porque daqui até Setembro nada acontecerá. Já agora, em Setembro estarei incomunicável para propostas de “luta” da Plataforma. Que me ofendam por isso. Que os “lutadores” que nada arriscam atirem todas as pedras ou mandem os seus pretores atirar. Daqui para a frente, continuarei, no que for necessário, a defender a ILC sempre que isso me seja pedido. E tudo o mais será apenas a título individual. O colectivo voltou-me a falecer. Derrotismo? Au contraire… estou habituado a travar batalhas e guerras quase perdidas à partida. Mas que sejam minhas, porque andar a fazer de alvo para diversão alheia, chateia-me um bocado.

Vanishing

A quem não perceber, não farei um desenho porque tive quase sempre 3 a Desenho (sim, no Preparatório) ou Educação Visual, excepto em alguns finais de ano, por piedade docente, para que não destoasse.

88 opiniões sobre “E Nasceu Mais Uma Comissão

    1. Eu proponho que o próximo passo seja aproveitar as férias para pensar bem para melhor agir… Neste momento estamos todos exaustos e ainda há tanto para fazer!!!

      Podemos aproveitar este tempo para começar, por exemplo, a desvincularmos nos de TODOS os sindicatos… e depois lá para outubro/novembro … pensarmos em quem nos pode mesmo ajudar, enquanto classe profissional…

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  1. Pois eu continuarei a fazer greve.

    Pelo S.TO.P e jamais pelos fofos do costume.

    Quanto à iniciativa legislativa, enfim parece que os promotores também nada aprenderam com o que se passou de 2008 em diante.

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    1. Há sempre sobredotados e gente burra. Estava quase para dizer que eu sou dos burros até me lembrar de parte do que escrevi sobre parte dos objectivos da ILC, pelo menos para mim. E que é identificar com clareza quem está do outro lado, o da “responsabilidade orçamental” que criticou tantos anos, a outros.

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      1. Paulo, não desejo desanimar mas também sejamos sinceros: o que irá resultar da ILC? Nada!
        Tanto a greve como a ILC são armas de combate contra a miserável liderança política que governa o país. A luta não terminou e deve ser levada para o quotidiano na escola, numa forma de guerrilha, como já foi sugerido no Quintal; sejam zelosos no cumprimento do trabalho e organizem-no de forma a não serem sobrecarregados (não revelo pormenores publicamente para não revelar ao inimigo a tática, mas quem tem experiência profissional saberá que tipo de atos deve encetar de modo a ir emperrando a máquina…)
        O que interessa é que não fomos ao chão sem dar luta e aqueles que não desistiram das suas convicções mantendo a greve até esta semana, muitos em condições de ameaça e chantagem de direções escolares, devem sentir-se orgulhosos de ter mostrado que não são lacaios nem animais amestrados (embora o orgulho não contribua para a qualidade de vida material…). Citando Alexandre O’Neil:
        “Você tem-me cavalgado
        seu safado!
        Você tem-me cavalgado,
        mas nem por isso me pôs
        a pensar como você.
        Que uma coisa pensa o cavalo;
        outra quem está a montá-lo.”

        No surrender!

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  2. Posso ser mais um dos burros, mas vou continuar a fazer greve. O encerramento do ano letivo só será feito em setembro, doa a quem doer. Estou bastante chateado e com uma raiva enorme, mas vou até ao fim. Em setembro é em agosto não contem comigo para greves. É agora que faz ainda algum dano, não temos que andar a reboque da plataforma sindical. Vou continuar a apoiar a luta do stop. Pena que muitos colegas pensem em desmobilizar, é isso que eles querem. A luta continua, até ao fim do mês. Depois veremos!

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    1. Chamem-me burra por achar exatamente o mesmo, mas esta luta só tinha lógica sem interrupção para férias. Os sindicatos seguem um guião que não é o dos professores, infelizmente.

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      1. Vergonhoso o que se passou… Greve era para entrar pelas férias, concordo plenamente ” Chamem-me burra por achar exatamente o mesmo, mas esta luta só tinha lógica sem interrupção para férias. Os sindicatos seguem um guião que não é o dos professores, infelizmente.” Fiz greve, para quê? depois de 20 anos num dos sindicatos da FENPROF, é desta que vou deixar de alimentar geringonças…

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    2. Eu compreendo a posição mas se num combate o objetivo é ‘partir a loiça toda’ então neste caso seria impedir o inicio do ano letivo, e tal só seria possível se a greve se prolongasse por agosto. Concordo com o Paulo porque até dia 31 os efeitos são os mesmos do que até dia 13, e em agosto teria de ser tudo feito permitindo o ano letivo começar em setembro. No final só sobrava prejuizo para a parte mais fraca…
      Acho que não é sensato parte dos agrupamentos concluírem as tarefas até final do mês (e já houve vários que concluíram até esta semana…) e só ficarem uns resistentes; isso não tem eficácia e é ‘suicidário’.
      Parar, reorganizar, planear novas táticas e atacar outra vez.

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      1. Atacar o quê?
        Se as próprias centrais sindicais – constituídas em Grandes Agências de Empregos para Amigos – nada conseguem (também por receio de perderem quotas de destacados por entre as centenas de “professores” que constituem as suas hordes), que mais pode um professor, por definição desprotegido e por hábito atraiçoado, fazer?

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      2. Em privado, posso sugerir várias coisas que um professor pode fazer no quotidiano da escola que desobedecem à cartilha do ME, incluindo contornar o crivo das vagas para o 5º e 7º escalões. O problema é que algumas dessas sugestões implicariam disponibilidade psico-emocional para enveredar por caminhos menos deontológicos, e isso seria uma enorme barreira colocada por muitos profs…

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      3. Mário sou do norte e conheço escolas que v-ao continuar a greve. N-ao temos que obedecer ao outro Mário. Esta luta já ultrapassou em muito os sindicatos. precisávamos que os nossos diretores tomassem uma posição e decidissem não haver condições para iniciar ano letivo a 17 setembro.

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  3. O Governo só complica as coisas… Afinal, para que foi aquilo dos serviços mínimos?! Ele devia ter-se lembrado logo da ideia da comissão técnica. Assim, eu, e tantos outros, teria evitado os descontos no salário por causa da greve. A menos que… (não, não pode ser, é uma hipótese diabólica…) A menos que a ideia da comissão tenha partido dos próprios sindicatos em forma de plataforma.

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  4. António… é claramente um um treinador à altura de uma selecção como o Brasil.

    Zé,
    Nunca, em momento algum, chamaria “burro” a quem defende a sua posição.
    Apenas respondi ao António que me acusou de não ter aprendido nada desde 2008.
    Aprendi e muito.
    E há coisas que nem vale a pena dizer que estão previstas nas estrelas e que aposto virão a acontecer nos próximos meses para “surpresa” geral.

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  5. é verdade….está escrito nas estrelas….este “teatro” é só para safar alguns sindicalistas e os partidos…atenção há eleições próximas…..não podem perder votos….em 2008 eles apropriaram-se do que os professores fizeram na rua…..e depois foi o que foi…a certa altura o stop lembra-me o BE embirrado…..não é melhor ou pior que os outros….está a tentar arranjar o seu espaço…mas por mim a greve já não adianta nada….

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  6. Tudo isto era demasiado previsível!

    O ME canta vitória. A partir do dia 13 julho as escolas derrotadas do nosso país ( acabrunhadas ) voltarão ao seu dia a dia, como se nada tivesse acontecido. Os colegas podem ir depois de férias sem pesos na consciência, pois uma nova luta surgirá em setembro…. outubro…novembro… dezembro… etc, etc ( e os diretores encantados) .

    Desculpem-me mais tudo isto é inacreditável!

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    1. E outros irão a 31, sem pesos na consciência e nada resolvido, como a 13.
      O problema foi terem-nos conduzido a este beco. Levaram mais de 2 anos a acordar (tocou a rebate nas autárquicas, mas… mais ou menos).
      Até dia 13, os “ortodoxos” não podem dizer que não fiz tudo by the book.
      A partir daí, nunca mais. Mesmo.

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  7. Compreendo Paulo e respeito o seu ponto de vista e também já estou à espera do que aí vem, mais uma vez, mas esta é mais uma maneira de mostrar aos sindicatos partidarizados que a sua força não é assim tão grande. Vou continuar até a conta bancária permitir e enquanto formos muitos na escola, depois vou fazer o que já muitos fazemos, serviços mínimos, os nossos filhos que nos perdoem. Com isto não estou a dizer que não vou ser profissional, como tenho sido, vou é dedicar-me à escola o quanto baste.

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  8. O Psd vai votar contra e a geringonça vai-se dividir: ps vota contra, PCP vota contra ou opta pela abstenção, o bloco vota a favor.. vale um jantar?

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      1. PSD e PS votam contra. PC verdes e CDS abstem-se. Bloco e PAN a favor. A ILC tem um flanco fraco: A reposição imediata dos professores nos escalões correspondentes. Fraco, porque atacável com a choradeira do não-ha-dinheiro, mas legal, ou seja, cada dia em que ele não é contado é uma inconsistência com a resolução da assembleia e é inconstitucional. Ao ser recusada, o passo seguinte imediato é a queixa ao tribunal constitucional e se não funcionar, a queixa ao tribunal europeu.

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  9. Deixar de fazer greve será fazer o jogo da plataforma e ME.
    Se os professores desistirem então nunca mais serão levados a sério por aqueles.
    Enfim,somos muitos mas fraquinhos.

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    1. Manuel… só um detalhe: propões a greve até 31 de Julho ou mais além?
      Em caso de mais além, perante uma requisição civil ou serviços mínimos em Agosto, qual a solução? Atestado médico por bullying profissional?

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      1. Pois que façam a requisição civil, mas eu não vou parar de lutar enquanto puder, se eles têm a bomba atómica eu vou obrigá-los a usá-la…

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      2. Em agosto temos direito a férias, ou vão dá-las em período letivo? Se formos até ao fim de julho fica tudo “encravado” e aí é que a greve tem verdadeiro impacto.
        Os serviços mínimos não são válidos para tudo.

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      3. A ILC vale tanto como as 300 petições que anualmente são “apreciadas” e liminarmente REJEITADAS em menos de meia hora sem nenhuma excepção e sempre no último dia da legislatura.
        Nem sequer é preciso seguir a política. Basta não se ser completamente distraído relativamente ao que se tem passado nos últimos 30 anos neste país.
        Que é Portugal, já agora.

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      4. Boa tarde Paulo!
        A prolongar-se a greve até 31 de julho, o governo/ME pode obrigar-nos a trabalhar num mês de férias? Se sim, pode obrigar-nos a fazer as reuniões, recorrendo à Requisição civil ou a novos serviços mínimos? E se assim for, não terá que nos pagar por estarmos a trabalhar, assim como indemnizar os colegas que já têm férias reservadas e pagas? Isso não seria demasiado oneroso para o Estado?

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  10. Então o que nos resta? Ser ovelhas, morrer no sexto escalão e reforma aos setenta!! Triste Sina a nossa! Com um bocadinho de sorte ainda me sai uma pé de meia.

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  11. Paulo, são estes blogs que ainda nos vão mantendo a par do que se passa. Se vocês não existissem aí é que era o silêncio total. É importante que continuem a ser transmissores de opinião e informadores de todos, principalmente professores. Vocês têm mais força que muitos sindicatos!

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      1. Já era de esperar… e estou em querer que não vamos conseguir chegar a bom porto com estes sindicatos.
        A criação da comissão não vai servir para nada e aqueles, como sempre, não defenderam os interesses dos professores!!! Talvez esteja na altura de se pensar em novas formas de luta, sem ser sempre a greve que só beneficia o Estado! Na minha escola a adesão à greve foi fortíssima, mas não serviu para nada…

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    1. Nós temos uma “força” muito relativa e sei disso há anos. A existir é como espaço de discussão alternativa aos canais convencionais.
      Este quintal tem esse mesmo objectivo.

      Se fosse para reproduzir discursos pré-existentes metia-me num qualquer colectivo 🙂

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  12. hummm, parece-me que está a fazer birra por não estarem a dar à «sua» ILC a importância que deviam?! É preciso saber perder, neste caso nem é bem uma derrota, a ILC precisa dos partidos, e são exatamente estes que estão a bloquear tudo, são exatamente estes que temos de combater… um amigo meu que viveu muito tempo em França disse-me um dia destes, um dos grandes problemas da educação em Portugal é que não tiveram um Maio de 68… concordo com ele, por cá deixa-se a luta a meio, entregam-se as armas aos inimigos que facilmente percebem como ganhar todas as guerras, basta esperar pacientemente pela desistência dos adversãrios! Se a ideia não era levar isto até às últimas consequências para quê começar?! Para dizer que estamos chateados?! Isso não era preciso fazer greve um mês… muito fraquinhos todos os que desistirem agora!

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    1. As notícias que me chegam da educação em França não são as melhores. Para além de sofrerem com todos os ataques a escola pública, a avaliar pelo que os adeptos fizeram em Paris quando a França ganhou, anteontem, os nossos bullies do ensino básico são uns meninos e a educação em França não surtiu o efeito desejado 🙂

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  13. hummm, parece-me que está a fazer birra por não estarem a dar à «sua» ILC a importância que deviam?! É preciso saber perder, neste caso nem é bem uma derrota, a ILC precisa dos partidos, e são exatamente estes que estão a bloquear tudo, são exatamente estes que temos de combater… um amigo meu que viveu muito tempo em França disse-me um dia destes, um dos grandes problemas da educação em Portugal é que não tiveram um Maio de 68… concordo com ele, por cá deixa-se a luta a meio, entregam-se as armas aos inimigos que facilmente percebem como ganhar todas as guerras, basta esperar pacientemente pela desistência dos adversãrios! Se a ideia não era levar isto até às últimas consequências para quê começar?! Para dizer que estamos chateados?! Isso não era preciso fazer greve um mês… muito fraquinhos todos os que desistirem agora!

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    1. Caro homónimo… a ILC não é “minha” como certamente saberá, embora seja dos 8 proponentes.
      Quanto ao Maio de 68, acabou com o Pompidou a ficar no poder e vários anos de Direita no poder.
      Historicamente, se foi até ao “fim”, mais valeria ter ficado a “meios”. Como nos EUA , por evidente falta de visão a médio prazo, levaram com o Nixon em cima.

      O problema de muitos voluntariosos é que sabem pouco de História e, em regra, dela só conhecem os lugares-comuns.

      Quanto a “birras”, as piores são as dos que ficam a espernear sem sentido, até ao fim, até o papá perder a pachorra a sério.

      Já disse, o último trimestre irá trazer-nos algumas “surpresas” altamente previsíveis. E não serão apenas ao nível da Plataforma.

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      1. Em vez de me dar uma lição de história seria mais fácil interpretar corretamente o sentido das minhas palavras e referir-se a isso… não me referia ao que deu o maio de 68 mas ao facto de ele estar presente como uma sombra sempre que os governantes «mexem» na educação. Ao facto de os governantes, ao contrário daqui, saberem (mesmo que inconscientemente) que as coisas se podem descontrolar e a luta passar dos limites…

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  14. Eu pergunto-me é quantos estarão depois dispostos a fazer greve em setembro»! Não havendo avaliações não dá para fazer bolsas de greves, vai doer bem mais na carteira, vão aderir bem menos, vão abandonar tão depressa que ninguém dará por isso… e deixam esta luta a meio, como é costume, para muitos não dá jeito, muitos outros estão cansados, mas lutar a sério é isto, se alguém achava que a «guerra» estava ganha à partida estava obviamente enganado, muito menos que a ganharia com facilidade!

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    1. Defina-me “luta a sério” e o que tem feito a esse respeito. Só para compararmos o que é que cada um acha que é a “sério”. Porque a mim parece que esse “a sério” é apenas a rotina repetida.

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      1. «A sério» é levar a luta até às últimas consequências e não desistir quando fará mais mossa. Cada um faz o que pode, não pretendo de forma alguma retirar-lhe o mérito que merece, nesta e outras matétias, mas também não deixarei de manifestar a minha discordância sempre que isso acontecer, como é este o caso!

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  15. Os colegas que não estão efetivos terão que gozar as férias obrigatóriamente até 31 de agosto, certo? E, infelizmente, são muitos….Portanto, se as reuniões não se realizarem até 31 de julho, penso que o ministério terá um problema grave para resolver porque não me parece que haja alguma forma de criar condições para a realização das referidas reuniões.

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  16. Maria Sousa,
    Infelizmente, não penso assim.
    1- n permitem a ninguém gozar férias até todas as tarefas estarem concluídas.
    2- caso se prolonguem por Agosto – pagam dias extra até tudo estar concluído.
    3- Podem inclusivé pagar dias n gozados de férias ( como opção e acordo ) ou transferir parte para o próximo ano.

    E as restantes tarefas ???

    E a divisão que isso vai provocar entre colegas ?

    Metidos num grande sarilho…empurrados para esta situação.
    Que agora deu à sola…transferindo para Outº /Setº.

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    1. Magalhães,

      “Podem pagar?”
      Mas “não há dinheiro”! Ou, para chamar a malta toda de férias, já há?

      Eu continuo a greve, para descobrir. E já garanti que as minhas turmas não vão poder fazer reunião, caso eu lá não apareça.

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      1. Alice,
        Infelizmente já arrecadaram bastante dinheiro com as greves feitas até agora. Basta isso para lhes permitir deixar prolongar a greve nas escolas excepção.Nessas ninguém é autorizado a partir para férias. E depois ? Divisões entre colegas a favor e contra.Cada vez será pior…e o que é lamentável foi ter esperado pelo final do ano para tentar negociar. 2 anos ??? Deram todos os trunfos.E a constituição de turmas ? E etc ??? Eu penso que o interesse de alguns representantes n foi a recuperação dos 942. Sim ,ganhar tempo e conseguir antecipar as próprias aposentações. Triste mas é o q penso.E por isso esta estratégia ,forma e a altura em que foi iniciada a luta.Todos os ingredientes para acabar assim.

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      2. Parabéns, vais fazer birra até 31 de julho.
        Depois levas as palmadas em agosto para aprenderes.Visto que com os teus 30 anos de serviço ainda não aprendeste que na Educação (ao contrario de outros meios) a falacia GREVE nunca resultou em nao nada.

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  17. Infelizmente, parece-me esta uma guerra perdida senão vejamos: mesmo que continuemos a greve até ao final do mês, muitos colegas contratados terminam os seus contratos este mês.
    Para além disto, e pressupondo que terminaríamos a greve dia 31 e que as reuniões não fossem marcadas em agosto, este ano temos concursos internos/externos. Deste modo, muitos docentes irão obrigatoriamente mudar de escola em setembro. Alguns contratados até poderão nem obter colocação, quem os obrigaria a se deslocarem enquanto desempregados?
    Creio que no decorrer da próxima semana, voltará a normalidade, com um gosto agreste, nos corredores das nossas escolas.
    Espero sinceramente que haja seriedade no tratamento deste tema em setembro e que a plataforma sindical, e sobretudo o STOP, a quem dou os parabéns, pois conseguiram sozinhos despoletar este grande movimento grevista, logo no início de junho, ao qual se atrelaram os restantes sindicatos por receio de perda de influência ( creio até que fora sempre o propósito destes últimos protelar a decisão para setembro/outubro).

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    1. Perdida a guerra só está para quem acha que ela está no fim… não para quem acha que ela está apenas no início! Querer ganhar uma guerra lutando apenas no seu início é o mesmo que uma equipa de futebol querer ganhar um jogo jogando apenas a primeira meia hora….

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      1. É preciso jogar o jogo todo, às vezes um prolongamento… e as grandes penalidades se for caso disso, mas ninguém desiste sem tentar tudo para ganhar!!!

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  18. “organizem-no de forma a não serem sobrecarregados”
    A greve serviu precisamente para isso, no caso concreto de se fazer uma reunião a 26 de junho (1ciclo) com a necessidade dos professores trabalharem todo o fim de semana afincadamente, após um ano letivo extenuante. A última reunião após greve acabou por ser a 9julho. Uma declaração diria “pagámos para evitar o sprint do estouro.” A visão de que o dia 11 ia ser “uma mão cheia de nada” estava já desenhada!

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  19. Eu proponho que o próximo passo seja aproveitar as férias para pensar bem para melhor agir… Neste momento estamos todos exaustos e ainda há tanto para fazer!!!

    Podemos aproveitar este tempo para começar, por exemplo, a desvincularmos nos de TODOS os sindicatos… e depois lá para outubro/novembro … pensarmos em quem nos pode mesmo ajudar, enquanto classe profissional…

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  20. Walkout walkout walkout walkout walkout ….just like they do in the US

    Já digo isto há mais de uma década. só uma greve sine die ,na boa tradição histórica sec. XIX. Ou estamos todos à espera da extrema-direita? They are lurking you know.

    Também vos digo que estive na manif dos Precários Inflexíveis (yep, I’m one of those outro Ministério a mesma m3rd4 governativa e a mesma “responsabilidade” centesimal). Fomos comidos de cebolada.

    But don’t give up

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  21. Uma humilhação. Resta saber como demoraram tantas horas a pegar na agenda para dizer ” Setembro”. E o que fizeram nas 4 horas e muitos minutos.
    Eu demito-me desta … chamem-lhe o que quiserem. Mas não lhe chamem negociação. Parem de brincar com as palavras e com as pessoas.
    Cumprimento dos deveres que constam no nosso contrato para não sermos “despedidos”. Enfim, o “Bom” da praxe. Cumprimento rigoroso das 35 horas; fim das actividades pro bono.
    Já está tudo tão desmemoriado que fizeram black out do que aconteceu em Paredes do Coura, num desfile de Carnaval obrigatório para os professores?
    Este Carnaval foi quase igual, apesar de voluntário.
    Confrangedor.
    Querem percentagens de MB e Excelentes? Que contratem animadores, que há para aí muito desemprego.
    Ser professor é uma missão? Não foi isso que assinei há mais de 30 anos. É um trabalho, e mal pago, ainda por cima.
    Ser marioneta de interesses de 3º não é para mim. Voto em branco/ nulo até ao fim dos meus dias.
    Sindicatos? Vão mas é trabalhar e acabem com este teatro todo. Já mete ” nojo” tanta palhaçada.

    Só lamento que seja preciso pagar as contas ao fim do mês. Não haver um a debandada geral nas escolas. Os pais, mais a malta dos sindicatos, e os secretários de estado, ministros, os 1º e os outros, e os opinadores de meia tigela que fossem ocupar o nosso lugar. No meio da arena. Com leões vorazes.
    Boa greve, colegas. A minha greve vai ser outra.

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      1. Essa pergunta não tem pés nem cabeça. E se for mãe? Temos que andar aqui agachados e a fazer tarefas de animação e no final ainda te cortam na pele! É isso? Somos pais, claro, por enquanto ainda não fomos estereotipados para podermos ser professores. A minha linha de pensamento vem neste sentido, fazer apenas o que a minha disciplina me obriga, festas, desfiles e projetos, os diretores que as façam, eles é que têm de corresponder perante a comunidade escolar. Eu sou apenas um professor de matemática.

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    1. O que fizeram nas 4 horas??
      Mamaram bolos, cafés e jantares à nossa custa.
      Tudo com muitas palmadinhas nas costas e desejos de “boas férias”.

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  22. Mas será que alguém esperava outro tipo de desfecho???!!! A sério???!!! Santa ingenuidade!!! Há quem fale em desilusão com os sindicatos (fenprofs e fnes desta vida), mas, “euzinho” já há muito que não tenho quaisquer ilusões sobre esses “profissionais” da luta, que até abdicam do prazer trabalhar com os alunos em sala de aula (trabalho de que tanto gostam) e até fazem o supremo sacrifício de partilhar umas meras fatias de pizza, quando “a fome aperta”!!! Quem ainda não percebeu que esses senhores (recuso-me a chamar-lhes professores) são meros agentes partidários/peritos em “coreografias negociais” e em nada defendem os interesses dos “zecos” que “estão no terreno” a trabalhar com os alunos, deve ser mesmo muito ingénuo e incauto!!! Não compreendo como ainda há colegas que continuam a pagar as “quotazinhas” mensalmente!!! A sério que não compreendo!!!

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  23. A greve deve continuar até 31 caso contrário vamos ser papadinhos por lorpas. Se assim fosse esta a opção da Plataforma, estariamos a dar um sinal ao governo que ou isto se resolve sem perdas ou o ano não vai arrancar com a paz que se deseja. Posto isto o que vai restar sem continuidade, é o vazio negocial porque mais uma vez o desgoverno conseguiu saltar por cima da plataforma descontinua do xadrês sindical comprometido.
    António Costa

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  24. Paulo Anjo Santos,

    Definir “a sério” como “até às últimas consequências” sem as definir é um silogismo sem utilidade.
    “Até às últimas consequências” é o quê? Greve por tempo indeterminado?

    A sério, não me incomodam discordâncias, mas preciso de entender o que é essa discordância.

    Há, por vezes, comentador@s que, sem qualquer tipo de coerência ao longo dos tempos, apenas apresentam “argumentos” contrários porque embirram comigo ou a minha “postura” ou “protagonismo”.
    Não é o seu caso, a menos que comentasse sob algum nick.

    Por isso, tento entender o que está a dizer…

    A outros comentadores sobre “vitórias/derrotas” ou sobre “lutas”. A verdade é que desde 2007 e o novo ECD da MLR não consigo encontrar para os professores de carreira qualquer vitória. A eliminação dos titulares deixou na mesma a perversão de quotas que estrangulam ainda mais a progressão.

    E irrita-me bastante a basófia de quem anuncia a cada ronda negocial uma vitória ou falsa boa notícia. Não passam de fala-baratos a desempenhar o papel que lhes foi atribuídos pelas cúpulas.

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  25. Boa tarde Paulo!
    A prolongar-se a greve até 31 de julho, o governo/ME pode obrigar-nos a trabalhar num mês de férias? Se sim, pode obrigar-nos a fazer as reuniões, recorrendo à Requisição civil ou a novos serviços mínimos? E se assim for, não terá que nos pagar por estarmos a trabalhar, assim como indemnizar os colegas que já têm férias reservadas e pagas? Isso não seria demasiado oneroso para o Estado?

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    1. Se quiser, claro …

      “Em privado, posso sugerir várias coisas que um professor pode fazer no quotidiano da escola que desobedecem à cartilha do ME, incluindo contornar o crivo das vagas para o 5º e 7º escalões. O problema é que algumas dessas sugestões implicariam disponibilidade psico-emocional para enveredar por caminhos menos deontológicos, e isso seria uma enorme barreira colocada por muitos profs…” Mário silva

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      1. Felizmente temos uma Direção que sempre, em todas as lutas, está do lado dos professores. Por isso não há “lutas” pelos Muito Bons. Os professores avaliadores já sabem, prioritariamente devem atribuir essas notas, aos colegas que deles necessitam para não esperarem por vaga. Nem tudo é um mar de rosas, mas pelo menos, conseguimos manter a sanidade mental.

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        1. Aqui a luta é mesmo pela prepotência dos Egos. Mas não faz mal, essas coisas de Bons e Muito Bons não nos afecta muito. Ninguém deixa de ser o que é por causa ‘disso’. E muito menos se perde a sanidade mental por tão pouco.

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      1. Se forem atribuídos Muito Bons não se perdem mais anos nesses escalões das quotas, à espera e vaga. Apenas isso. Não é correcto dá-los sem o devido mérito e presumo que seria isso que a ‘maria’ referia. Cheira-me a esturro tudo isto, no dia de hoje … enfim. Seja como for, no meu caso, não percebo nada destas coisas, acabei de escrever o que aprendi hoje ao esperar por papeis depois de bla bla bla ratoeiras é que não …

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  26. Paulo, até às últimas consequências significa não parar de lutar, uma vez que seja, levar isto até os obrigar a usar tudo e mais alguma coisa para resolver os problemas que vão sendo causados. Quando se diz que «as greves nunca deram em nada», eu pergunto-me se alguma vez as levaram fizeram mesmo greve até o ME e os governantes perceberem que estamos mesmo dispostos a tudo?! Se não perceberem isso obviamente vão fazer o que sempre fizeram, o que é usual acontecer, é só esperar que eles desistem… e se não desistirem?! Talvez ai percebam que o assunto se tornará mais complicado do que aquilo a que estão habituados!!

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