De Certa Forma, Admiro As Pessoas…

… que se acham indispensáveis ou insubstituíveis. Mesmo no pouco que sei fazer razoavelmente bem, acho que haverá sempre quem o possa fazer de forma pelo menos satisfatória até aparecer alguém que fará, por certo, melhor do que eu.

Empurrao

(agora apetecia-me fazer um comentário que baralharia tudo, por causa das proximidades)

Também Lá Por Fora…

… a História e pouco querida, porque é comprida e chata e tal. Cá querem “competências superiores”, mas com aprendizagens inferiores. Obrigado à AC pela referência.

AP World History course is dropping thousands of years of human events — and critics are furious

Since 2002, the AP World History course has covered thousands of years of human activity around the planet, starting 10,000 years back. But now the College Board, which owns the Advanced Placement program, wants to cut out most of that history and start the course at the year 1450 — and some teachers and students are appalled.

The College Board, which is a nonprofit organization, announced recently that it was making big changes in the course, and said it would publish an updated course and exam description next year for the 2019-2020 school year. The more than 9,000 years that will no longer be covered in AP World History will instead be put into a new series of courses the College Board is creating for high schools that can afford to purchase it, called Pre-AP World History and Geography.

But some teachers and students have protested, saying the new course will eliminate vital material that students need to make sense of later periods, and that it will be too centered on Europe.

clio

Efectivamente

Educação de alunos com necessidades educativas especiais: a profecia cumpre-se

Cumpriu-se o “chiquíssimo” discurso neoliberal centrado na educação do “somos todos iguais”.

(…)

Quanto ao segundo ponto, no que concerne à sujeição do Decreto-Lei n.º 54/2018 ao preceituado no Artigo 24 da CDPD, para além do enigma de não se inserir (ignorar) a designação de “necessidades educativas especiais”, operacionalizando-a, e de não se considerar o papel da educação especial na educação dos alunos com NEE, ele parece apenas considerar, categorizando, contrariamente à substância implícita no texto do diploma (não categorização), as necessidades dos alunos cegos (artigo 14.º) e surdos (artigo 15.º), mantendo-se “mudo” no que respeita às necessidades específicas dos alunos com outro tipo de NEE como, por exemplo, alunos com perturbações emocionais e do comportamento, com autismo ou com dificuldades de aprendizagem específicas (dislexias, disgrafias, discalculias). Ou seja, a categorização reaparece nestes artigos, embora se refira unicamente a uma parcela diminuta dos alunos que se inscrevem no espectro das NEE (cerca de 1 a 2%), discriminando todos os outros.

Igualdade

Ao Engano

Eu sei tudo o que há de arbitrário nos exames. Mas quando se anda com alunos ao colo durante três anos e se lhes dá classificações de 17 ou mais e depois chegam ao exame e, de forma sistemática, descem 10 ou mais valores… é capaz de existir qualquer coisa de errado e nem sempre a culpa é celibatária ou apenas do iavé, da desconcentração, do “sistema”, do trump, dos exames em si mesmos.

Flecha-alvo

Entre a Honra e O Efémero (Com Adenda)

Tenho lido algumas declarações das duas tendências acerca da (des)continuidade até dia 31 de Julho. Vou concentrar-me em dois argumentos que me chamaram mais a atenção, um aqui em comentário a post e outro, de um colega da minha escola, que conheço desde os tempos da Faculdade, quase 35 anos de discordâncias e colaborações.

O argumento do lado da continuidade prende-se com a questão da “honra” que se perde ao parar agora a greve. Compreendo e aceito essa visão, mas acrescento-lhe duas ideias. A nossa “honra” (numa acepção limitada) ficou comprometida logo em Abril de 2008 e custa muito a recuperar algo que depois voltou a ser conspurcado em outros momentos. Mas, mesmo que a tivéssemos recuperado por completo, será que parar a greve no dia 31 não adia apenas a questão? Dia 1 de Agosto a “honra” já volta a estar no prazo de validade? Sejamos claros a esse respeito: no dia 13 ou no dia 31 apenas se discute a extensão da coisa, não a essência. A “honra” (volto a dizer que nunca acepção limitada) só ficaria a salvo com um prazo indefinido para a continuação da “luta”.

O argumento do lado da descontinuidade que me chamou a atenção, foi o do meu colega Vítor Barros que escreveu algo como a luta não poder determinar-ser em função de “combatentes efémeros”. Eu discordo dessa análise porque me parece evidente que sem ser coma  confluência de muitos “efémeros” nunca se conseguirá uma manifestação de verdadeira força e unidade. Porque aos do costume já toda a gente conhece os automatismos e poucos são os que levam a sério quem vai sempre atrás do guião da “revolução permanente” (excepto no Verão). Enquanto os “permanentes” não perceberem que não chegam e que dependem da mobilização dos “efémeros” andaremos sempre numa de exibir pergaminhos para dar a entender que se tem maior legitimidade do que os outros. Portanto, não é por aí que a argumentação se deve fazer e há que ter a lucidez de o perceber. Porque as rendições ao ritmo de pizzas foram sobre obra dos “permanentes”.

convergente-centro

 

Adenda: depois de escreve o post foi-me enviada a informação que, em coerência, o S.TO.P. já apresentou um pré-aviso de greve até 31 de Agosto (de que não tomei ainda conhecimento directo). Admiro a atitude, se assim é, embora possa acabar numa certidão indesejada.