Há resistência às políticas educativas onde menos se espera (?). O director do Santo IAVÉ é um “crítico do ensino que se faz em Portugal”.

Agora reparem no seu currículo e sorriam por ser possível alguém fazer carreira durante 25 anos nos meandros do ME (atenção que faz exames há 30) e estar contra o ensino em Portugal.
A explicação é simples… está a favor de todas as políticas desenvolvidas, mesmo que sejam de sentido contraditório, mas estará contra a prática pedagógica dos professores, sempre os maus da fita:
A raiz do problema estará muito mais na forma como o ensino é encarado pelos professores: eu tenho de dar o programa. Têm uma matriz cheia de conteúdos e pensam que têm de passá-la toda aos alunos para cumprir o seu dever. E ao fazê-lo, numa aula expositiva, não fomento a cooperação, o diálogo, a interação, nada daquilo que são competências essenciais para a vida social, profissional e do futuro daqueles jovens.
Hélder de Souza tem parcialmente razão nas críticas que faz? Sim, há professores que dão aulas mesmo muito chatas e que despromovem qualquer sentido crítico.
O que Hélder de Souza parece não querer “atingir” é porque isso acontece em muitos casos. Porque isso seria denunciar a pressão feita sobre as escolas e professores por parte daqueles a quem ele tem servido ao longo das últimas décadas e que exigem o registo de tudo o que não foi dado em grelhas, aplicações e outras justificações.
Já uma outra afirmação sua dá-me alguma esperança… desde que o IAVÉ faça exactamente o que ele diz, porque o “raciocínio” não está errado. Aliás, afirmo isso há demasiado tempo, sempre que me dizem que há “treino” para os exames ao longo da maior parte do ano, pois essa é a forma errada de tratar as coisas. O “treino” deve ser apenas para aspectos formais ou truques e faz-se em pouco tempo antes dos ditos exames.
A resposta de Helder Sousa é surpreendente: não vai haver provas para a flexibilidade. No fundo, o que espera o diretor do IAVE é que com a flexibilidade os alunos estejam mais preparados para fazer exames, embora para isso seja preciso deixarem de se preparar para os testes. Paradoxal? Nem por isso, se seguirmos com atenção o seu raciocínio.
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