Apenas a Modos Que Para Descargo de Consciência, Acaso Alguém Tenha Interesse

  • Há um par de semanas que só consigo aceder, salvo honrosas excepções, às minhas caixas de mail, após fazer duplo login, mesmo depois de descontar o tempo de mudança de aspecto do gmail e de alterar parte das palavras-passe. Comuniquei a “anomalia” ao gmail, mas… népias… tudo na mesma.
  • Hoje, o WordPress comunicou-me gentilmente por sms que alguém, ali pela hora do almoço, decidiu pedir a redefinição da minha palavra-passe de acesso a este Quintal (e por tabela aos arquivos do Umbigo e já agora de uns blogues de trabalho com os alunos).

Eu cá, se isto não é “falha técnica” do tipo plataforma do Parlamento, não me cansaria tanto, a menos que seja para apagarem algumas coisas comprometedoras que por cá andam para terceiras pessoas. Porque os meus “segredos” são desses, dificilmente fazem mossa ao quintaleiro, mas podem lançar faíscas em florestas ou pomares alheios.

Surdez

 

Olhás Aprendizagens Fresquinhas!

É agarrar, freguês, que vieram à rede mesmo ontem, para terminar o Agosto em beleza, que a aprendizagem assada em Setembro não é a mesma coisa.

Despacho n.º 8476-A/2018

Homologa as Aprendizagens Essenciais das disciplinas dos cursos científico-humanísticos de Ciências e Tecnologias, Ciências Socioeconómicas, Línguas e Humanidades e Artes Visuais.

Para variar em diplomas deste alcance, o preâmbulo é daquelas prosas doutrinárias que parecem saídas de um estudo publicado pelo IIE ali por meados dos anos 90 do outro milénio (altura em que os seus inspiradores/autores terão feitos os seus estudos especializados), tamanho é o salto conceptual que contém:

O XXI Governo Constitucional assume a educação como alicerce essencial para a valorização dos cidadãos, para a cidadania democrática e para o desenvolvimento sustentável do país. Numa sociedade baseada na aprendizagem, no saber e nas qualificações, uma educação de qualidade é condição fundamental para uma sociedade coesa e progressiva. Neste sentido, e tendo em mente a aposta numa escola inclusiva, a política educativa pretende garantir a igualdade de oportunidades e promover o sucesso educativo de todos os alunos, ao longo dos 12 anos de escolaridade obrigatória.

A promoção de um ensino de qualidade implica fomentar aprendizagens efetivas e significativas a aprender por todos, com diversos níveis de consecução, mas sempre tendo por base conhecimentos consolidados, que são mobilizados em situações concretas, favorecendo o desenvolvimento de competências de nível elevado.

A concretização destes objetivos partiu do reconhecimento da extensão dos documentos curriculares (programas e metas), questão sinalizada por diversos intervenientes educativos, designadamente professores, alunos e pais e encarregados de educação. A extensão identificada, sobretudo pelos professores, revelava-se inibidora de consolidação de aprendizagens, do aprofundamento do conhecimento essencial de cada disciplina, do desenvolvimento de competências de nível mais elevado, bem como um obstáculo à inclusão de alunos com necessidades específicas, dificultando práticas de diferenciação pedagógica.

Acresce que os documentos curriculares para o ensino básico e para o ensino secundário, aplicados ao longo das últimas três décadas, careciam de articulação entre si, tanto numa abordagem vertical como horizontal, bem como de uma atualização, já que, dada a sua dispersão temporal, resultaram de visões do currículo distintas e, em muitas situações, contraditórias.

Neste enquadramento, tornou-se premente uma reorganização curricular, em convergência com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Com este propósito, num processo de estreita articulação com associações de professores e sociedades científicas, em parceria com peritos e outras entidades, foram identificadas aprendizagens essenciais, que permitissem uma efetiva flexibilização e gestão curriculares por parte das escolas e dos docentes.

(continua por mais uns parágrafos… acreditem)

Tired2

Alguém Anda a Precisar de Uma Forte Pisadela nos Calos

Isto de ter uma Oposição feita a pedido dá nisto… a segurança de que nada pode acontecer e uma completa indiferença pelo Estado de Direito. O actual PM só aprendeu duas coisas: a não repetir o número de 600 milhões e a não falar tanto em “equidade e justiça” para comparar a recuperação total do tempo de serviço das carreiras gerais com a amputação de mais de dois terços desse tempo a uma carreira docente com um estatuto próprio e regras específicas de progressão. O que o actual PM pretende é a aplicação selectiva dos princípios da lei, sendo que, por ser de Direito, pareceria ainda mais pasmoso não fosse ele um “animal político” para quem as minudências jurídicas só servem para atrapalhar a boa “governança”.

Costa critica “finca-pé” de sindicatos sobre tempo de serviço dos professores

Costa já comeu de cebolada os sindicatos durante mais de dois anos… mas continua sem entender que é a larguíssima maioria dos professores que começa a perceber que na substância ele é MLR/Sócrates até à medula.

Danca

Estamos A Falar de Que Alunos?

Daqueles que ganhariam por ter a nota de EF em vez da de Filosofia ou História para entrar em cursos de Humanidades ou da de Matemática ou Biologia para entrarem em Arquitectura ou Medicina?

Educação Física. Maioria dos alunos foi prejudicada por não contar com esta nota para a média do secundário

É bem verdade que mesmo no Básico há uns ronaldos que mal colocam os pés nas aulas e têm “negativa” a quase tudo menos a EF…

Aposto que se existissem as disciplinas de “Técnicas de Observação do Tecto a Partir de uma Caminha Fofa” ou de “RPG e Anime à Fartazana para Quem Quiser” quase todos os alunos seriam beneficiados.

Demagogia1

(repito… a minha embirração não tem motivações pessoais ou familiares ao contrário do que certas criaturas gostam de insinuar… embirro sim com argumentações absolutamente disparatadas que acho equivalentes à dos tipos que andam a passear a lycra de bicicleta ao fim de semana, mas são incapazes de ir trabalhar com esse meio de transporte durante a semana, mesmo quando a zona é exactamente a mesma por onde fazem as passeatas)

(vamos lá a entender-nos… eu admiro bastante a capacidade de pressão do lobby da EF junto do ME e a forma como tornaram a sua disciplina como uma das dominantes no currículo da escolaridade obrigatória – ao contrário da inanidade do pessoal de História, mais tenrinho que uma ninhada de pintaínhos acabados de nascer – bastando ver a dimensão das listas de colocações que saíram há dias… mas isso é toda uma outra conversa)