Mas Quais “15 Anos” Por Amor de Todos os Santos, Incluindo o Beato das Neves e o Pitoniso Ferreira?

Vamos lá a entender uma coisa. Em circunstâncias normais, um professor que entrasse na carreira no dia 1 de Setembro de 2003, teria completado 15 anos de serviço no dia 31 de Agosto de 2018 e estaria a iniciar o 16º ano de carreira a 1 de Setembro de 2018, ou seja, no último ano do 4º escalão.

Nas circunstâncias peculiares em que vivemos, esse docente terá menos de seis anos de serviço para efeitos de progressão na carreira e a 1 de Setembro de 2018 ainda estaria a menos de meio do 2º escalão da carreira docente.

A terminar o 4º escalão está muita gente com 25 anos ou mais de serviço.

Toda e qualquer comparação feita com base na ficção de que aos anos de serviço reais de qualquer professor de carreira corresponde a remuneração que lhe deveria ser devida é uma absoluta falsidade, uma manipulação despudorada da verdade. Seja com a chancela da OCDE ou de qualquer outra instituição. A credibilidade que me merece é equivalente ao voto de um qualquer deputado porfírio numa resolução parlamentar.

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A sic balsemânica insiste em amplificar isto em prime-time. E nem é bom falar na “carreia”, sem sequer usarem revisão no que inserem nestes quadros. Como calcularão, mesmo que não tivesse que fazer, nunca aceitaria ir comentar este género de fretes em antena aberta, com os herdeiros dos abrantes à solta.

Cruzes, Credo!

Não me digam que a “bonificação” tem uma maçã na boca ou uma cereja no topo para quem estiver sem dar aulas há mais de 20 ou 30 anos?

Costa promete a Mário Nogueira surpresa na lei das carreiras

Entretanto, parece que recuámos 20 anos (não apenas na flexibilidade curricular) e que estamos de regresso aos encontros entre Guterres PM e Nogueira SPRC.

Primeiro-ministro recebido por manifestação de professores em Paredes de Coura

Entretanto, em semana de regresso de walking dead, não poderia faltar o Albino II:

“Se as escolas nos querem nas reuniões, nas festas, eventos, seminários, já não é tão verdade que gostem de nos ver discutir as questões de organização e pedagógicas”, disse Jorge Ascensão.

Thriller

(se a “surpresa” for a eliminação das quotas no acesso ao 5º e 7º escalão, eu como a maçã e a cereja, se for de outro tipo… já encomendei fraldas para adultos incontinentes…)

 

Chegou a Cavalaria

Os professores portugueses ganham menos do que a média dos seus colegas dos outros países que pertencem à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), mas, em comparação com os restantes trabalhadores nacionais que têm cursos superiores, auferem um salário 35% mais elevado. Os dados são do relatório anual Education at a Glance que é apresentado esta terça-feira, em Paris.

Claro que pouca gente irá ler que:

É a própria OCDE quem sublinha no relatório publicado esta terça-feira que os números sobre a diferença entre os salários dos professores e dos restantes trabalhadores com um curso superior devem ser olhados com prudência. Os autores do estudo apresentam o caso da Grécia onde a proporção de pessoas sobre-qualificadas no mercado de trabalho leva a ganhos médios maiores dos docentes em comparação com trabalhadores com as mesmas qualificações. “Isso pode explicar que os salários dos professores sejam mais altos do que os dos trabalhadores com formação similar”, lê-se no relatório.

Cavalaria