Vamos lá a entender uma coisa. Em circunstâncias normais, um professor que entrasse na carreira no dia 1 de Setembro de 2003, teria completado 15 anos de serviço no dia 31 de Agosto de 2018 e estaria a iniciar o 16º ano de carreira a 1 de Setembro de 2018, ou seja, no último ano do 4º escalão.
Nas circunstâncias peculiares em que vivemos, esse docente terá menos de seis anos de serviço para efeitos de progressão na carreira e a 1 de Setembro de 2018 ainda estaria a menos de meio do 2º escalão da carreira docente.
A terminar o 4º escalão está muita gente com 25 anos ou mais de serviço.
Toda e qualquer comparação feita com base na ficção de que aos anos de serviço reais de qualquer professor de carreira corresponde a remuneração que lhe deveria ser devida é uma absoluta falsidade, uma manipulação despudorada da verdade. Seja com a chancela da OCDE ou de qualquer outra instituição. A credibilidade que me merece é equivalente ao voto de um qualquer deputado porfírio numa resolução parlamentar.
A sic balsemânica insiste em amplificar isto em prime-time. E nem é bom falar na “carreia”, sem sequer usarem revisão no que inserem nestes quadros. Como calcularão, mesmo que não tivesse que fazer, nunca aceitaria ir comentar este género de fretes em antena aberta, com os herdeiros dos abrantes à solta.