Logo que esteja disponível online, o vídeo do debate de ontem no Expresso da Meia Noite (SIC) sobre o arranque do ano lectivo no qual se percebeu que existem apenas dois problemas no sistema educativo nacional e que são as pessoas que nele trabalham todos os dias.
- O pessoal não docente, porque é pouco, embora exista alguma felicidade entre @s director@s porque receberam recentemente 200 auxiliares para 811 agrupamentos.
- O pessoal docente, por causa dos concursos serem “anuais” (problema da SE Leitão) e de não existir “autonomia” para reconduzir ou contratar directamente os professores (problema dos directores).
Quanto ao mais, parece estar tudo excelente e todos os “actores” estão alinhados com a flexibilidade e a inclusão, que são políticas excepcionais. A “tensão laboral” foi escassa e ficou-se quase só pela lapela do Mário Nogueira, ali bem contida, sem afloramentos mais do que esporádicos.
Embora eu seja contra conversas muito azedas ou empolgamentos adjectivais excessivos, também me desgosta muito quando aparecem quatro personagens que parecem seguir um guião previamente distribuído e em que o desalinhamento é mais formal do que substantivo. E em que o plano da vida interna das escolas e dos problemas concretos do seu quotidiano se limitam às questões da “gestão”. Sobre os atropelos que vão acontecer com os reposicionamentos nem uma palavra.
A novidade foi o sindicalista Mário Nogueira distribuir uma generosa quantidade de “colegas” à directora e ao director que estavam presentes na sala. Ficámos todos foi sem saber se eram colegas de programa, de geringonça alargada ou mais do que isso. Mas foi interessante como inflexão discursiva do “radicalismo”.
Pode ter-me escapado qualquer coisa importante, porque ia passando para um canal com música a sério, daquela em que a harmonia não parece uma encenação para dar a entender que todos se entendem maravilhosamente e só há umas criaturas chatas – os professores – que atrapalham que decide, quem gere e quem negoceia.

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