Sindicalismo 2018-19 – V 2.0

Consegui colocar, por fim, os olhos na lista de reduções da componente lectiva para as organizações sindicais. Algo que, estranhamente, deixou de ser publicitado porque, ao que parece e alegadamente, algumas pessoas não gostavam de lá ver os seus nomes. O que é estranho porque eu teria orgulho em ser reconhecid@ como representante da classe que represento. As listas encontram-se apenas disponíveis para os olhos das direcções, no espaço reservado do SIGRHE, mas lá alguém teve a simpatia de me enviar as dos dois últimos anos.

Sindicatos2018

Nas 11 páginas podem encontrar-se 337 nomes, 143 dos quais com redução total da componente lectiva. Não, não se encontram lá alguns dos grandes líderes das federações sindicais, pois parece que esses são dispensados ao abrigo de outra tranche qualquer.  Pelo que os números totais devem ser mais elevados. Não irei publicar as listas nominais, porque não quero amofinar ainda mais algumas pessoas que querem que lhes estejamos agradecidas pela luta mas, ao mesmo tempo, não querem que saibamos quem são.

Ficam apenas os números, sem especiais comentários, excepto sublinhar que acho altamente estimável a prática do SPGL (e também do SPN, em menor escala) que prefere dividir o seu “crédito” por mais colegas, em vez de concentrar quase tudo nos mesmos, como acontece com o SEPLEU e o SPLIU (19 dos, respectivamente, 20 e 23 com redução nesta lista têm-na a 100%) ou sindicatos com menor representatividade em que as reduções são todas a 100% (SDPGL, Pró-Ordem, SIPPEB e ATE que eu desconhecia por completo e descobri ser o Sindicato dos Trabalhadores da Educação).

(quanto ao resto das siglas, phosga-se, desenrasquem-se)

Queria só acrescentar, com clareza, que acho que em alguns casos deveriam ser mais e em outros menos ou nenhuns, mas que esta publicação não vida constituir qualquer “ataque”, mas sim contribuir para uma transparência que os sindicatos deveriam ser os primeiros a promover junto dos seus associados.

Penso que não cometi nenhum engano de maior, mas se o fiz, certamente alguém me corrigirá e eu farei a devida adenda ou correcção, como com os dados do SPGL que, afinal, não tem mesmo nenhum elemento com 100% (coloquei erradamente um dígito na tabela que agora está corrigida).

Sindicatos Red

 

(sim, não há ninguém com 91-99% de redução)

31 opiniões sobre “Sindicalismo 2018-19 – V 2.0

  1. Parece-me uma grande falta de democracia.
    Os sindicatos deveriam divulgar, mas talvez só aos sócios era fácil saber.
    Parece-me que deveria ser obrigatório o ministério ter essas listas (com todos e sem tranches) disponíveis para todos sabermos. É o mínimo, porque além de serem pagos com os impostos, este é o ministério da educação – deveria dar o exemplo. Os próprios, também por ética nem deveriam aceitar esta situação.

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  2. Não imaginava .
    É mesmo uma grande pouca vergonha!!!!
    Siglas completamente desconhecidas.
    Mas vão progredindo na carreira docente… ao contrário dos Professores que trabalham diáriamente nas escolas.
    Grande Guinote ! É por estas e outras que está corja não te grama.

    PS – desconfio que a ilustre “colega ” F tb anda/andou nestas jogas.

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    1. O Magalhães, porque é que acha que eles lá estão? Para servir e defender os colegas? Eles passam de escalão sem avaliação e sem estar sujeitos a vagas.
      Há uns tempos, um deles, que já foi meu colega (no tempo em que ele dava aulas, porque eu continuo a dar aulas, ele é que não) disse-me mesmo que estava lá para progredir e que quando chegasse onde queria chegar mandava o sindicato dar uma volta. Não serão todos assim tão sabujos, claro.

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      1. José Chorão,

        Esse seu colega não sabia que “ser professor é uma profissão tão linda, com algo de sagrado”, como já escreveu noutro blog.

        Esse colega não sabe disto. É um herege!

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    2. Ó M,

      Tu não desconfias nunca de nada. Tu és mais do tipo “Eu bem que sabia que eu tinha razão! Eu não vos tinha já avisado?” “Abram a pestana!”

      Ehhhhh…..

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      1. M,

        Tu “desmascaras-me”, tu “topas-me a léguas”……

        Queres ver que moramos na mm rua, no mesmo piso…..na mm casa acho que não pode ser. Os meus cães já tinham dado pelo cheiro a fermol de tanto passares o tempo na picina…..

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  3. Talvez seja para dar nova vida ao ditado popular “Fazer o bem sem olhar a quem”.
    Trabalhar em prol dos outros sem esperar sequer que o seu nome seja reconhecido. Achei nobre. Bonito, mesmo. 🙃

    Isto, sim, é que é verdadeira grandeza da alma! 😇

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    1. Sim, sim. Eu até acredito que o Presidente do Benfica, segundo o próprio, não ganha um cêntimo de ordenado, é tudo por amor ao clube. Os sindicalistas também será por amor (eles é que sabem a quê). Acredito nisso tudo. Ainda há grandes almas….

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  4. Tanta gente inútil.
    Sempre me questionei a razão pela qual tantos colegas se deixavam levar pela “banha da cobra”.
    E as cotizações recebidas pelos sindicatos nem sabe os montantes recebidos? Se em alguns ordens profissionais foi o que foi…

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    1. Já respondi, pretor.

      Hoje estou com pouca imaginação porque cansada apesar de estar com uma grande vontade de rir talvez por isso mesmo.

      Uma vergonha!
      Um nojo!
      Que corja!

      (ai como gosto destas exclamações!)

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  5. Paulo, no SPGL não existe ninguém a 100% (provavelmente uma confusão com o SPDGL).
    E para que saibam também existem limitações de mandatos para o presidente da direção.

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  6. Por acaso fui ler aqui https://www.spgl.pt/estatutos-do-spgl

    O que diz o artigo 45º é isto 1 – O mandato dos Corpos Gerentes, do Conselho
    Geral e do Conselho Fiscal é de quatro anos:
    a) O exercício consecutivo dos cargos de presidente, vice‐ presidente, tesoureiro e coordenador de direção regional é limitado a dois mandatos.
    b) Poderá ser afastada a limitação prevista na alínea anterior quando tal for necessário com exercício
    de cargos em estruturas de federação e/ou confederação.

    Além da genérica redação manhosa, da exceção maldosa da alínea b) ainda pode dar-se a situação de alguém ter um cursus honorum assim: 2 mandatos de Coordenador Regional, mais 2 de Tesoureiro, mais 2 de VP e mais 2 de Presidente. A forma como está redigido permite essa interpretação (é consecutivo em cada cargo ou em todos?… e dá 32 anos de funções seguidas mais a exceção da alínea b).

    Eu diria assim:
    a) Ninguém, com a exceção do previsto na alínea seguinte, pode exercer cargos diretivos ou beneficiar de dispensas sindicais da atividade laboral no sindicato em mais de 2 mandatos consecutivos.
    b) Exceptua-se o exercício do 1º mandato de Presidente que pode ser exercido na sequência de 2 outros mandatos diretivos em qualquer cargo, sendo proibida, nesse caso, a recandidatura consecutiva.

    Vejam lá…. limitando melhor …. dava 3 mandatos a um Presidente que viesse de outras funções dirigentes….

    E sou eu a brincar, à pressa porque realmente me estou borrifando para os disparates que os associados do SPGL escrevem nos seus estatutos. Acho mal é que venham atirar areia para os olhos….

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  7. Luís Braga, fará a interpretação que entender. Agora, independentemente das areias em suspensão, está lá consagrado. E digo-lhe mais, costuma ser muito ativo nas redes sociais, mas no encontro, realizado no Porto, sobre a autonomia e flexibilidade curricular, promovido pela FENPROF não o vi tão critico (com o seu sindicato na altura) e com a FENPROF. Mas é importante saber estar!

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    1. Senhor….perdoai-me pois não sou digno de entrar nos vossos debates….
      Sei bem o que disse e não pequei nem por atos, nem palavras nem muito menos omissões. Não sou é obcecado por certos temas, como alguns são em me mandar bocas dessas.E sobre a flexibilidade, que era o tema, acho que fui tudo menos tenrinho…
      E já agora, ilumine-me, os encontros da Fenprof são casas mal frequentadas onde não se deva ir?
      Sobre os dados já vi que nada tem a dizer….pois.

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  8. o ano letivo transato uma docente mostrou-me um horário com 17 tempos de redução letiva de um delegado sindical (só tinha uma turma). A docente comentou que só soube que era delegado sindical no final do ano, pois nunca foi ele que esteve presente em reuniões sindicais realizadas na escola nem nunca divulgou que era delegado…
    quando se entra em modo de sobrevivência, trata-se da ‘vidinha’…

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